Autores
Silva, W.D.A. (IFCE) ; Almeida, B.R.P. (IFCE) ; Paula, N.L.M. (IFCE)
Resumo
Esta pesquisa buscou investigar e analisar as principais contribuições e dificuldades apontadas pelos bolsistas de iniciação à docência do subprojeto de Química do IFCE – Iguatu com relação à práxis escolar. Os dados foram colhidos através de questionários composto por perguntas abertas e fechada. Buscou-se trazer para o referencial teórico autores que contribuem para a discussão dos dados coletados e que apontam da importância da práxis no ensino escolar, especialmente na disciplina de Química. O foco da pesquisa foi estudar o subprojeto do IFCE – Iguatu, onde verificou-se que existe a necessidade de uma maior interação entre o coordenador de área, supervisores de ensino, bolsistas e escolas participantes.
Palavras chaves
Pibid; Química; Aprendizagem
Introdução
São perceptíveis no âmbito acadêmico as grandes discussões sobre novas metodologias e ferramentas pedagógicas que visem a uma melhor aprendizagem e que contribuam também para o professor enquanto profissional. Nesse âmbito, o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) vem se tornando um espaço de grandes estudos sobre essa temática que possibilitam aos seus bolsistas desenvolverem ferramentas que possam contribuir para a educação em geral (BRASIL, 2010). No IFCE – campus Iguatu teve início no ano de 2010, um subprojeto do PIBID no curso de Licenciatura em Química, contemplando as escolas de Ensino Médio Antonio Albuquerque e o Liceu, ambos no município de Iguatu/CE, agregando vinte bolsistas, dois supervisores e um coordenador de área. Atualmente o PIBID dobrou os seus recursos e seu principal objetivo é a inserção dos alunos dos Cursos de Licenciatura de Instituições de Ensino públicas e privadas na educação, para o fortalecimento da mesma. Buscou-se apresentar neste trabalho as metodologias utilizadas e desenvolvidas no “Curso de Aprendizagem de Química para a Cidadania” desenvolvidas nas escolas parceiras do subprojeto no município de Iguatu/CE pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e que são alunos do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – campus Iguatu. Este trabalho pretende mencionar os aspectos metodológicos trabalhados durante o desenvolvimento do subprojeto do PIBID.
Material e métodos
Este trabalho enquadra-se nos estudos descritivos, uma vez que se buscou fazer um estudo descritivo e exploratório sobre as metodologias utilizadas no “Curso de Aprendizagem de Química para a Cidadania” do subprojeto do PIBID de Química ministrado pelos bolsistas licenciandos em Química do IFCE – campus Iguatu nas escolas parceiras. Participaram desta pesquisa oito alunos do curso de Licenciatura em Química do IFCE - Iguatu, que foram durante algum período bolsistas do subprojeto.
Resultado e discussão
O PIBID, além de propiciar a experiência do ser professor ao bolsista,
fornece subsídios para que este cresça profissional e pessoalmente, fincando
o seu conhecimento na Instituição na qual se encontra, contribuindo para a
diminuição no número de evasão dos cursos superiores, especialmente nos
cursos de licenciatura. O subprojeto do IFCE - campus Iguatu funciona em
quatro escolas da rede pública estadual de ensino médio no município de
Iguatu/CE, sendo cerca de dez bolsistas para cada escola. O tempo de
participação no subprojeto como bolsista dos sujeitos da pesquisa foram de
01 a 02 anos (38%), menos de 01 ano (37%) e de 02 a 03 anos (25%), os
sujeitos relataram que em média conseguem entrar na bolsa a partir do
segundo período da graduação e só saem da mesma por volta do último período.
Sobre o funcionamento do Curso ministrado pelos bolsistas, estes disseram
que os alunos frequentam o curso uma vez por semana no contra turno escolar
e permanecem por volta de duas horas no curso, onde este por sua vez, estuda
a Química com uma maior contextualização experimentação e
interdisciplinaridade quando comparado à Química ministrada pelo professor
da sala comum. 92% dos sujeitos disseram que a principal contribuição do
PIBID é a experiência profissional adquirida nas escolas participantes, onde
alguns destes já saem contratados pelas escolas participantes por se
destacarem nas suas atividades. 63% dos sujeitos encaram a bolsa como um
estágio supervisionado, o que não é verdade, uma vez que, no PIBID o sujeito
torna-se mais ativo no processo educacional, enquanto no Estágio
Supervisionado, o sujeito torna-se mais passivo, apenas observando o
andamento da escola. 100% dos sujeitos disseram sentir falta de um maior
contato entre coordenador, supervisor e bolsista.
Conclusões
Apesar das dificuldades encontradas pelos bolsistas de iniciação à docência no desenvolvimento de suas atividades, estes consideram que o subprojeto do PIBID têm servido como subsidio para uma prática metodológica mais eficaz no ensino e aprendizagem de Química na escola em que atuam, uma vez que, antes da implantação do subprojeto, descobriu-se que no referido município existia apenas um professor licenciado na disciplina, realidade esta que está mudando graças ao subprojeto que vêm qualificando profissionais da área e que antes do término da graduação, já são contratados pelo estado.
Agradecimentos
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Instituto Federal do Ceará - Igu
Referências
BRASIL. Decreto nº 7.219, de 24 de junho de 2010. Dispõe sobre o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID e dá outras providências. Diário Oficial da União, n. 120, seção 1, p. 4-5, 2010.