Autores
Silva, F.C.H.M. (IFPE- VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Perdigão, C.H.A. (IFPE- VITÓRIA DE SANTO ANTÃO) ; Lima, G.L.O. (EREM JOAQUIM OLAVO)
Resumo
Os uso de experimentos investigativos é uma das estratégias sugeridas para permitir a participação mais ativa dos alunos no processo de aprendizagem. O mesmo tem uma forte contribuição para o desenvolvimento das habilidades cognitivas dos alunos. Com isso, o presente artigo tem como objetivo o relato sobre as possíveis contribuições que os experimentos investigativos podem proporcionar aos alunos do 1º ano do ensino médio. Utilizou-se como campo de pesquisa a EREM Joaquim Olavo da cidade de Carpina PE. O trabalho é resultado de uma intervenção em âmbitos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID). Como resultados obtidos, constatamos que a abordagem investigativa experimental contribuiu significativamente para o desenvolvimento cognitivo da maioria dos alunos.
Palavras chaves
Ensino de Química; Investigação; Discente Ativo
Introdução
O desafio de um professor, na atualidade, consiste em tornar o ensino da Química mais atraente e dinâmico, com propostas de trabalhos diferenciados, que no início pode assustar o professor, por pensar que dará mais trabalho, mas os possíveis resultados conseguidos estimulará o docente a aprimorar ainda mais os métodos de ensino escolhidos e consequentemente despertará e promoverá uma nova visão, dos estudantes, com essa disciplina das ciências exatas (EICHER, PINO, 2000; FRANCISCO JÚNIOR, LAUTHARTTE, 2012). O uso de experimentos é uma boa estratégia para tornar isso possível. Porém, os experimentos realizados no ensino médio são na maioria das vezes totalmente encarregados de serem elaborados e efetuados pelo professor, tornando-se um experimento com característica de demonstração deixando os alunos em uma posição passiva e observacional nas aulas. Essa forma de realizar os experimentos tem grande eficácia quando o objetivo é deter a atenção do estudante, porem nos últimos 30 anos a postura construtivista tem trazido a ideia de tornar os alunos mais ativos durante as aulas e transformar o professor em um mediador. A experimentação investigativa é considerada por diversos pesquisadores como uma alternativa para melhorar e intensificar o papel do aluno na atividade. Essas atividades podem permitir uma maior participação do aluno em todos os processos de investigação, ou seja, desde a interpretação do problema a uma possível solução para ele (GIL-PEREZ, 1996). Essa forma de ensino é realizada normalmente através da inclusão dos alunos desde o inicio, partindo da escolha dos experimentos ate a sua realização. Durante todo esse processo o professor tem o papel apenas de auxiliar os estudantes, deixando-os com total liberdade para descobrir o novo.
Material e métodos
O projeto tem uma abordagem qualitativa onde o campo de atuação foi a escola de Referencia Joaquim Olavo da cidade de Carpina, Pernambuco. Teve como população amostra duas turmas de primeiro ano do ensino médio com média de 45 alunos por turma e seus respectivos professores da disciplina de química. O trabalho foi desenvolvido em laboratório, durante as aulas e em aulas vagas, através da introdução do experimento investigativo sobre misturas e densidade. O experimento foi selecionado de acordo com as aulas dadas pelo professor, fazendo com que houvesse uma relação com os conteúdos discutidos e os alunos conseguissem ver o conteúdo de misturas e densidade tanto na teoria quanto na prática. O experimento foi organizado da seguinte forma: as turmas foram divididas em duas pra uma melhor acessibilidade e segurança no laboratório. Na aula experimental foram formados cinco grupos com media de quatro alunos por grupo. Foi dado a cada grupo uma ficha com as instruções e informações necessárias para que o experimento fosse realizado. Todos os alunos tiveram a liberdade de manipularem sozinhos, com apenas o acompanhamento e auxilio do professor e bolsista do PIBID. Cada grupo ficou responsável por fazer um tipo de mistura diferente com as substancias escolhidas por eles. Após ter feito sua mistura cada grupo teria que identificar as características das misturas dos demais, fazendo com que eles conhecessem uma maior variedade de misturas durante a aula. A intervenção foi realizada nas duas turmas e após a realização do experimento foi realizado um questionário investigativo aos alunos e uma entrevista com a professora com o objetivo de saber se a intervenção se mostrou eficaz.
Resultado e discussão
Após a realização da intervenção pôde-se perceber o quanto o uso de
experimentos é importante para o ensino de química. A seguir, apresentamos um
trexo com um comntário da professora investigada, obtido por meio de
entrevista:
“Sendo a química uma ciência experimental é essencial que seja adotado em sala
de aula o estudo de fenômenos e fatos do cotidiano. A aplicação de atividades
práticas no ensino de química é uma contribuição significativa para o
desenvolvimento cognitivo do aluno, esta facilita o entendimento do assunto
visto em sala. As aulas experimentais ocasionam uma maior motivação aos
alunos”.
Os experimentos investigativos desencadearam posturas ativas dos alunos
durante a aula, pois os mesmos participaram diretamente de toda a realização do
experimento tendo apenas o auxilio do professor. Esse tipo de experimento
aumentou as possibilidades de aprendizagem do aluno uma vez que durante sua
realização os estudantes estavam sujeitos ao erro e tinham a chance de realiza-
los novamente.
De acordo com os questionários na turma A 83,78% da turma acha que as aulas
experimentais são importantes no ensino de que química e através da intervenção
81,08% da turma conseguiu ter uma melhor aprendizagem. Na turma B 89,36%
afirmou que a experimentação é importante e também 89,36% conseguiu ter um
melhor rendimento nas aulas. Esses resultado podem ser vistos nos gráficos.
A importância dos experimentos nas aulas de química no ponto de vista dos alunos.
Contribuições do experimento para aprendizagem dos alunos.
Conclusões
A aplicação de experimentos investigativos no ensino de Química contribuiu significativamente para o desenvolvimento cognitivo do aluno, facilitou e motivou o entendimento do assunto visto em sala. Os dados obtidos permitem afirmar que o experimento despertou o interesse e a curiosidade dos estudantes para o aprendizado de Química, além de ter facilitado o entendimento dos conceitos teóricos estudados em sala.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, ao PIBID IFPE/CAPES, aos discentes do EREM Joaquim Olavo, as técnicas do laboratório de Química do IFPE, e ao meu orientador Claudio Pe
Referências
ARROIO, A., HONÓRIO, K. M., WEBER, K. C., HOME-DE-MELO, P., GAMBARDELLA, M. T. P., SILVA, A. B. F. O show da química: motivando o interesse científico. Química Nova, v. 29, n. 1, p. 173-178, 2006
EICHLER, M., DEL PINO, J. C. Computadores em educação química: estrutura atômica e tabela periódica. Química Nova, v. 23, n. 6, p. 835-840, 2000.
FRANCISCO JUNIOR, W. E., LAUTHARTTE, L. C. Música em aulas de química: uma proposta para a avaliação e a problematização de conceitos. Ciência em Tela, v.5, n. 1, p.01-09, 2012.
GIL-PEREZ D.; CACHAPUZ, A.; CARVALHO, A.M.P.DE; PRAIA, J.; VILCHES, A. A Necessária Renovação do Ensino das Ciências. São Paulo: Cortez Editora, 2005
PICOLLI, F., SANTOS, S. S., SOARES, A. C. O ensino de química e a utilização de música. In: ENCONTRO DE DEBATES SOBRE O ENSINO DE QUÍMICA, 33.Unijuí, 2013.