Autores
Silva, L.S. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Perdigão, C.H.A. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA) ; Albuquerque, L.L. (IFPE - CAMPUS VITÓRIA)
Resumo
O presente trabalho traz o resultado da pesquisa-ação realizada em âmbitos do PIBID, que se desenvolve no IFPE campus Vitória de Santo Antão, em parceria com a EREM Joaquim Olavo e voluntariamente na EREM Manoel Guilherme da Silva. Após pesquisa foi desenvolvida uma atividade experimental, para ser aplicada com dois métodos diferentes, em escolas com praticamente o mesmo perfil. Em uma foi utilizado o método tradicional e na outra o método demonstrativo. A partir da análise comportamental dos alunos pode-se concluir que ambos os métodos despertam o interesse dos mesmos e a articulação dos métodos é viável, em função de outras variáveis, como: tipo do assunto, perfilda turma e instalações/equipamentos disponíveis.
Palavras chaves
Aulas experimentais; Ensino de Química; Didática das Ciências
Introdução
Muitos autores defendem o uso de atividades experimentais como uma forte ferramenta pedagógica para o ensino. Contudo, muitos professores não percebem que a atividade experimental de Química, abrange uma área muito grande de possibilidades que pode ser apresentada aos discentes, entre elas, a demonstrativa e a tradicional. Um dos problemas da prática experimental consiste na falta de estruturas física que a maior parte das escolas públicas possuem. Algumas não possuem laboratório, e as que têm muitas vezes não o utilizam, por falta de material ou por falta de professores habilitados. Para Gaspar e Monteiro (2005 p, 227-228) “Alguns fatores parecem favorecer a demonstração experimental: a possibilidade de ser realizada com um único equipamento para todos os alunos, sem a necessidade de uma sala de laboratório específica, a possibilidade de ser utilizada em meio à apresentação teórica, sem quebra de continuidade da abordagem conceitual que está sendo trabalhada e, talvez o fator mais importante, a motivação ou interesse que desperta e que pode predispor os alunos para a aprendizagem.” Este estudo teve como objetivo observar a diferença entre a abordagem demonstrativa e a abordagem tradicional. Assim, desenvolveu-se uma atividade experimental e aplicou-se com diferentes abordagens, em escolas com o mesmo perfil, para que fosse possível identificar qual melhor maneira de se desenvolver as atividades experimentais.
Material e métodos
A pesquisa foi desenvolvida na Escola de Referência em Ensino Médio Joaquim Olavo, na cidade Carpina-PE e na Escola de Referência em Ensino Médio Manoel Guilherme da silva na cidade de Passira-PE, no período de março a julho do ano de 2014, com cinco turmas do segundo ano do ensino médio, contendo aproximadamente 40 alunos em cada. Caracteriza-se como uma pesquisa-ação com abordagem qualitativa, pois, diante dos resultados, pretende oferecer subsídios para uma prática pedagógica que tem possibilidade de modificar a realidade apresentada, até então. Foi realizada uma pesquisa documental em sites, livros e revistas para a escolha de um experimento a ser trabalhado nas escolas citadas, sendo trabalhado em uma o método tradicional e em outra com o método de demonstração. Na primeira escola aplicou-se o método tradicional, onde os alunos foram divididos em grupos, e foram entregues um roteiro contendo um breve resumo teórico, materiais, procedimentos, resultados e conclusão. Os alunos foram quem realizaram o experimento, tendo contato direto com o fenômeno. Na segunda utilizou-se a mesma atividade experimental, mudando apenas o método, usando uma abordagem demonstrativa, onde apenas o professor tem contato manual com o sistema em estudo e o mesmo é observado pelos alunos, enquanto simultaneamente acompanham o desenvolvimento da teoria.
Resultado e discussão
Em ambas as escolas notou-se que a atividade experimental, promoveu o
interesse dos estudantes pela disciplina de Química. Sabendo-se que ambos
tem suas especificidades, porém o um mesmo fim que é a aprendizagem, esse
resultado corrobora com o que consta literatura.
Na Escola de Referência em Ensino Médio Joaquim Olavo, onde ocorreu à
prática tradicional, os alunos demonstraram aptidão na realização da pratica
experimental, e afirmaram perceber a importância e a presença desse
conhecimento em suas vidas, visto que para essa aula foram utilizados
materiais de fácil acesso e de seus cotidianos.
Assim, a atividade experimental tradicional auxiliou no envolvimento dos
alunos com o conteúdo trabalhado em sala de aula, visto que os alunos
obtiveram o contato com o fenômeno, e também promoveu uma melhor interação
entre os alunos e o Professor, trabalhando a afetividade, elemento de grande
importância no processo educacional. Em contrapartida, porém deixou pequenas
falhas no desenvolvimento das teorias envolvidas como a falta de uma
linguagem cientifica e ainda alguns aspectos do fenômeno passaram
despercebidos. No entanto, a aula serviu para os alunos perceberem a
natureza dos fenômenos.
Já na Escola de Referência em Ensino Médio Manoel Guilherme da silva, onde
ocorreu a prática experimental demonstrativa, pode-se notar que os
estudantes obtiveram um melhor rendimento em relação a teoria em questão,
por poderem observar simultaneamente o fenômeno e a teoria facilitando o
processo de ensino aprendizagem.
Conclusões
A partir dos resultados dessa pesquisa-ação, conclui-se que as atividades experimentais podem despertar o interesse dos alunos, independente de a abordagem ser tradicional ou demonstrativa. Ao trabalhar com atividades experimentais, o ideal é buscar sempre trabalhar com ambos os métodos, pois segundo os resultados da pesquisa, cada método tem muito a colaborar com a aprendizagem dos estudantes. Trabalhando não apenas o aspecto cognitivo, mas também o lado afetivo dos discentes. Contudo, esperamos estar contribuindo para pesquisas posteriores sobre o tema em pauta.
Agradecimentos
Agradecemos a CAPES pelo financiamento do PIBID, que é realizado no Instituto Federal de Pernambuco IFPE - Campus Vitória de Santo Antão e as escolas que foi desenvol
Referências
GASPAR A.; MONTEIRO I.C.C. Atividades experimentais de demonstrações em sala de aula: Uma análise segundo o referencial da teoria de vygotsky. Investigações em Ensino de Ciências, v 10, pp. 227-254, 2005.
FERREIRA L.H; HARTWIG D.R; OLIVEIRA R.C. Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química nova na escola, vol. 32, n° 2, maio 2010.