Autores
Ramos, E.S. (IF GOIANO CAMPUS MORRINHOS) ; Silva, R.C. (IF GOIANO CAMPUS MORRINHOS) ; Lima, E.F. (IF GOIANO CAMPUS MORRINHOS) ; Silva, Y.M. (IF GOIANO CAMPUS MORRINHOS) ; Silva, V.M. (IF GOIANO CAMPUS MORRINHOS)
Resumo
A escola deve ser o local para o desenvolvimento do processo de construção do conhecimento. Uma maneira de tentarmos fazer isso é utilizando-se das tecnologias da informação e comunicação estabelecendo uma relação entre o ensino-aprendizagem, especialmente no ensino de Química que muitas vezes ainda segue uma sequência de conteúdos sem a preocupação das relações entre o nosso cotidiano e a Química. As turmas do 1º ano do ensino médio integrado em informática, composta por 52 alunos participaram da aplicação. As aulas fazem parte do PIVIC do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano Campus Morrinhos. Após a aplicação dos LVQs percebeu-se que os alunos ficaram mais interessados nas aulas e conseguiram relacionar os conteúdos trabalhados de uma forma dinâmica e interativa.
Palavras chaves
Ensino de Química; Tecnologias; Laboratórios Virtuais
Introdução
A crescente preocupação com o ensino, e especificamente com o ensino de Química, tem feito com que se busquem novas alternativas para tornar a Química uma disciplina mais atraente (ROSA; ROSSI, 2008). É preciso que os alunos entendam as razões e objetivos que motivam o ensino dessa disciplina. Isso poderá ser alcançado com a busca de ações alternativas para tentar se basear em aulas que os mesmos tornem as informações sobre determinados conteúdos vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia sobre a química. Uma das formas para tentarmos fazer isso é com o auxílio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), que são elementos importantes para o desenvolvimento pessoal e profissional do ser humano e sua inserção na escola diminui o risco da discriminação social e cultural, podendo atuar como coadjuvante para a renovação da prática pedagógica (SOUZA et al., 2004). Os laboratórios virtuais de química (LVQs) são um importante exemplo de ambiente virtual de aprendizagem, onde o estudante pode simular experiências, que possibilitem uma direta interatividade com os assuntos abordados em sala de aula (SOUZA; RODRIGUES; MARTINS, 2013). A utilização desses LVQs pode vir a contribuir para a aprendizagem dos alunos e também para o seu aperfeiçoamento profissional, visto que em nosso projeto trabalhamos com alunos do curso técnico integrado em informática. Os jovens possuem familiaridade com os ambientes tecnológicos, e ao usufruir desses recursos na sala de aula, acabam tendo facilidade no seu manuseio (CAVALCANTE; FERREIRA; MACÊDO, 2012). Nesse trabalho pretende-se apresentar os principais resultados da aplicação dos LVQs sobre os conteúdos de misturas e suas técnicas de separações, também apresentar reflexões sobre seu uso em aulas de Química.
Material e métodos
Esse trabalho é uma das etapas previstas no projeto “O laboratório virtual como recurso pedagógico no Ensino de química” do Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológico Voluntária (PIVIC) do Instituto Federal Goiano Campus Morrinhos. Os participantes desse projeto são alunos do 1º ano integrado do curso de técnico em informática e alguns professores do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano Campus Morrinhos. As aulas com o uso dos LVQs foram realizadas no mês de maio do corrente ano. Para isto utilizou-se o laboratório de informática utilizado no curso de informática. Esse laboratório continha 30 computadores com acesso a internet. Nos dois primeiros horários da tarde os alunos da turma A que fizeram as aulas e nos dois últimos horários os alunos da turma B. Os LVQs escolhidos para aplicação foram: A viagem de Kemi: Labirinto de separação; Revisando a aula –LabVirt; Zan zan em O que será que eu faço para... –LabVirt. O primeiro LVQs foi feito junto com o auxílio da aluna projeto PIVIC junto com os alunos, ela projetou o mesmo e foi fazendo passo a passo com eles. Nos outros dois os alunos puderam fazer sozinhos o uso deles. Na execução da aula, a aluna PIVIC e a professora sempre auxiliaram os alunos nas dúvidas que iam surgindo. Alguns computadores não funcionaram e alguns alunos tiveram que sentar em duplas, isso aumentou a interação entre eles e aula se tornou ainda mais dinâmica, pois ficavam trocando ideias quando precisavam. As aulas transcorreram da mesma forma nas duas turmas. Após a utilização dos LVQs os alunos responderam um questionário. As análises dos dados do questionário foram compostas por questões que analisam níveis de concordância de 1 a 5 por significado:nunca;poucas vezes;algumas vezes;frequentemente;nunca.
Resultado e discussão
Depois da aplicação dos LVQs, aplicou-se um questionário para 52 alunos que
participaram das aulas. Esse questionário continha 9 questões sobre o que os
eles haviam achado sobre as aulas com a utilização dos LVQs e com relação
aos conteúdos contemplados. Para a análise iremos considerar as três
questões objetivas, o qual foi analisado utilizando escala do tipo Likert.
Na primeira questão os alunos responderam se “O uso dos laboratórios
virtuais ajudou você a estabelecer melhor as relações que existem entre as
misturas e as técnicas de separação?”. Na figura 1, verificamos que a
maioria dos alunos afirmou que auxiliou sempre e muitas vezes, completando
83% juntas.A segunda questão foi perguntada “Você considera que os
laboratórios virtuais auxiliaram na sua aprendizagem?”, temos que 90% dos
alunos responderam que o seu uso auxiliou na aprendizagem. Isso vai ao
encontro do que Souza et al., (2004), que de acordo com os percentuais
gerais que ao alunos deram de resposta no questionário mostraram que o uso
de ambientes diversificados de aprendizagem precisam ser mais utilizados
pelos professores. E em nosso caso o uso deveria ser mais intenso, devido
aos alunos serem do curso integrado em informática. Em conversas com alunos,
percebeu-se que eles utilizam das salas de laboratório de informática apenas
pelas disciplinas técnicas do curso.Na questão três os alunos foram
perguntados: “Existe a necessidade de conhecimentos prévios sobre o conteúdo
para trabalhar com os laboratórios virtuais?”. As respostas: 27% dos alunos
disse que sempre precisa; 15% respondeu que precisa muitas vezes; 42%
algumas vezes precisa; 10% raras vezes precisa do conhecimento e 2% que
nunca precisa do conhecimento prévio, relacionado a importância do professor
nesse processo de ensino e aprendizagem.
Conclusões
Após as aulas e a aplicação dos LVQs pudemos concluir que os alunos gostaram de utilizar os mesmos para sua aprendizagem, pois relataram em conversas que assim as aulas ficam mais dinâmicas e interativas. E que assim a Química se apresenta se forma diversificada aos alunos podendo despertar mais interesse neles. O uso das tecnologias vem como uma ferramenta de auxílio ao professor e não podemos descartar ela. Devemos conhecer mais e estarmos abertos a outros meios que favoreçam as relações que existem dentro da sala de aula e também com a relação ao ensino e aprendizagem de nossos alunos.
Agradecimentos
As autoras agradecem aos alunos do Instituto Federal Goiano Campus Morrinhos que participaram da pesquisa e a organização do 13º SIMPEQUI.
Referências
CAVALCANTE, A. I. C.; FERREIRA, M. K. A.; MACEDO, L. N.. Objetos de aprendizagem do LabVirt como ferramenta no estudo de química: uma experiência com alunos de ensino médio. In: VII Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação-CONNEPI, 2012, Palmas- TO.
ROSA, M. I. P.; ROSSI, A. V. Educação química no Brasil: memórias, políticas e tendências. Campinas: Átomo, 2008.
SOUZA, F. A. G. de; RODRIGUES, G. C.; MARTINS, H. G. Contribuição do Laboratório Virtual de Química – Virtual Lab – para o Ensino-Apredizagem das Reações Químicas Inorgânicas, I Encontro de Pesquisa em Ensino de Ciências e Matemática: questões atuais, Unigranrio, Duque de Caxias, 2013.
SOUZA, M, P.; SANTOS, N.; MERÇON, F.; RAPELLO, C. N.; AYRES, A. C. S. Desenvolvimento e Aplicação de um Software como Ferramenta Motivadora no Processo Ensino-Aprendizagem de Química. XV Simpósio Brasileiro de Informática na Educação – SBIE – UFAM – 2004.