Autores

Morais, W.R.S. (UFAL) ; Soares, V.F. (UNEAL) ; Silva, C.B. (UNEAL) ; Silva, K.B. (UFAL) ; Santos, A.F. (UNEAL)

Resumo

A formação dos professores de química deve possibilitar ao futuro profissional, a capacidade de refletir sobre a educação em química, que deve ser vista como ferramenta transformadora interligada a realidade dos discentes. O presente trabalho teve o objetivo de realizar uma oficina temática sobre fitoquímica como uma proposta de aprimoramento para formação docente de química. A oficina temática iniciou com a teoria do estudo fitoquímico de plantas, seguido da realização da prática de triagem fitoquímica. Os graduandos foram participativos, desenvolvendo a prática de forma dinâmica e instigante, demonstrando que uma aula desse porte pode ser uma opção para o ensino. Portanto, a oficina proporcionou uma formação dinâmica com uma aula interativa para o ensino e aprendizagem.

Palavras chaves

Formação docente; Oficina temática; Prática

Introdução

Nos dias atuais o meio educacional tem buscado por profissionais com uma formação de qualidade, isto é, que sejam capazes de atuar em diversas áreas e com um amplo conhecimento científico, de modo que venha a contribuir com práticas de ensino inovadoras que possibilitem uma consolidação do conhecimento (MARTINS et al., 2013). As oficinas temáticas de modo geral, constituem o curso de formação continuada para docentes que atuam nas diferentes disciplinas relacionadas às ciências humanas, exatas e da terra. Segundo Marcondes (2009) “A reflexão e a prática reflexiva sugerem um olhar mais atuante do professor sobre seu próprio planejamento, à medida que este poderá servir de instrumento de sua própria atualização e de seu crescimento intelectual, além de aumentar a eficácia de suas atividades didáticas”. Diante da necessidade de fornecer um ensino de química capaz de motivar e interiorizar novas formas de conhecimento, é que se vêm enfatizar propostas metodológicas que possam auxiliar, e capacitar os graduandos no caminho da profissão docente (ABREU et al., 2008). O presente trabalho teve por objetivo apresentar uma oficina temática como uma proposta de aprimoramento da formação docente para o ensino de química.

Material e métodos

A oficina foi ministrada por integrantes do Grupo de Pesquisa em Química – GRUPEQ/UNEAL, para os graduandos do Curso de licenciatura em Química da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL, Município de Arapiraca –AL. A oficina foi realizada no Laboratório Multidisciplinar de química da UNEAL, iniciando com uma abordagem teórica sobre o estudo fitoquímico de espécies vegetais e metabólitos secundários. Para a realização da prática os graduandos formaram 4 grupos de 5 integrantes, e com o extrato etanólico das folhas do cajueiro foi realizada a triagem fitoquímica, como base a metodologia proposta por Matos (1989), a qual foi trabalhada com algumas adaptações, para realizar a identificação dos seguintes metabólitos: fenóis, taninos, flavonas, flavononois, xantonas, chalconas e auronas. A identificação ocorreu por mudança da coloração até observação de formação de espuma abundante no colarinho conforme exposto no protocolo da prática. O resultado final foi exposto em uma tabela no quadro para um momento de socialização, e a oficina realizada teve uma carga horária total de 5 horas.

Resultado e discussão

Foi possível perceber que a oficina temática configurou o conhecimento didático interligado a realidade, e uma formação continuada apropriada para divulgar um conhecimento mais amplo da química, acarretando na retomada de uma postura docente com uma reflexão e autoavalição de atitudes, vistas como comportamentalistas em resposta à oficina realizada, como a participação interativa e dinâmica. Sendo assim, foi possível proporcionar aos graduandos um crescimento profissional e intelectual da prática docente, além da sua contribuição para os futuros e atuais docentes da licenciatura em química. No decorrer da prática de triagem fitoquímica os grupos fizeram a exposição dos seguintes metabólitos, resultados do teste fitoquimico: saponinas, taninos, flavonas, flavononois, chalconas, xantonas e auronas, estes identificados no extrato etanólico das folhas do cajueiro. Esse modelo de aula fortalece a formação dos docentes proporcionando, possibilidades diversas de abordagens metodológicas para aulas.

Conclusões

Portanto, através da promoção da oficina foi possível perceber que a mesma contribui de forma significativa na consolidação do processo de formação dos professores de química, atuando no desenvolvimento de habilidades docentes que visam contribuir com o processo de ensino-aprendizagem.

Agradecimentos

Ao Grupo de Pesquisa em Química - GRUPEQ, Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL e a Universidade Federal Alagoas-UFAL.

Referências

ABREU, D. G.; CAMPOS, M. L. A. M.; AGUILAR, M. B. R. Educação ambiental nas escolas da região de ribeirão preto (sp): concepções orientadoras da prática docente e reflexões sobre a formação inicial de professores de química. Quim. Nova, Vol. 31, No. 3, 688-693, 2008.

MARCONDES, M. E. R.; CARMO, M. P.; SUART, R. C.; SILVA, E. L.; SOUZA, F. L.; J. R, J. B. S.; AKAHOSHI, L. H. Materiais instrucionais numa perspectiva CTSA: uma análise de unidades didáticas produzidas por professores de química em formação continuada. Investigações em Ensino de Ciências – V14(2), pp. 281-298, 2009.

MARTINS, L. M.; NETO, J. M. M.; SANTOS, F. F. P.; SANTOS, M. S. F. Experiências adquiridas com o ensino da disciplina de processos químicos no curso de engenharia de produção. Revista de ensino de engenharia, v. 32, n. 1, p. 1‐7, 2013.

MATOS, J. M. D; MATOS, M. E. O. Farmacognosia: curso teórico – prático. Fortaleza: Edições UFC, 1989.