Autores
Lima, N.C.G. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Santos, F.M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Sá, R.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)
Resumo
O estágio supervisionado é uma das mais eficientes formas de propiciar ao estudante a complementação profissional, pois o coloca em contato direto com a realidade da indústria, com o ambiente real de trabalho e com os mais diversos problemas técnicos. Licenciando, especificamente em Química, lidam em sua maioria com a realidade da sala de aula quando iniciam as cadeiras de Estágio. Várias são as dificuldades encontradas em ministrar esta disciplina para os alunos, pois se trata de uma ciência abstrata e para eles, “distante”, fugindo o interesse dos mesmos. Partindo desta realidade, muitas metodologias são introduzidas pelos professores para mudar o pré-conceito existente. Uma delas é aplicar um projeto com o objetivo de contextualizar o conteúdo didático com o cotidiano.
Palavras chaves
ESTAGIO SUPERVISIONADO; PROFESSORES; QUÍMICA
Introdução
A experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno, considerando que cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados. Ao chegar à universidade o aluno se depara com o conhecimento teórico, porém muitas vezes, é difícil relacionar teoria e prática se o estudante não vivenciar momentos reais em que será preciso analisar o cotidiano (MAFUANI, 2011). No que se refere ao ensino de ciências e em particular ao ensino de Química, observa-se que a construção de novas metodologias de ensino para promover a construção de forma ativa pelo aluno por meio da investigação e pesquisa é restrita na área da química e explora-se minimamente a formação de um pensamento químico e de um pensamento voltado para visualização prática, o que propõe dificuldades dos alunos em construir modelos (FRANCO NETO; SILVA, 2006). FERREIRA (2010) afirma que a construção de recursos didáticos empregados no Ensino de Ciências permite a ligação entre teoria e prática e os experimentos ou atividades práticas devem ser conduzidas visando a diferentes objetivos, tal como demonstrar um fenômeno, ilustrar um princípio teórico, coletar dados, testar hipóteses, desenvolver habilidades de observação ou medidas, adquirir familiaridade com aparatos, entre outros, permitindo o desenvolvimento do raciocínio crítico e reflexivo do aluno. Portanto, será utilizado neste projeto, o método de apresentação de vídeo e atividade em grupo, para abordagem do conteúdo de química orgânica: Classificação de cadeias carbônicas, relacionando-o com cosméticos, ou seja, encontrar compostos orgânicos na composição de algum cosmético e pesquisar sobre o mesmo quanto a sua estrutura e classificar a mesma, abordando o conteúdo de maneira agradável e relacionando com o cotidiano.
Material e métodos
As estratégias de ensino devem ser orientadas no sentido de permitir que o aluno tenha um aprendizado significativo, ou seja, algo que o faça perceber um sentido nas coisas que aprendem relacionáveis entre si e que possam ter uma aplicação para o seu dia-a-dia (CASTRO, 2000). Portanto, serão utilizados métodos em que os alunos busquem o conhecimento, mas de uma forma mais dinâmica e atrativa. A partir destas observações, serão ministradas aulas com o intuito de aguçar o interesse dos alunos e despertar os mesmos para a curiosidade de saber onde a química se faz presente em sua vida. A primeira atividade (aula 01) será a apresentação de um vídeo sobre os cosméticos com o nome: Aí tem química – cosméticos, onde aborda a origem e alguns componentes presentes nos cosméticos. E após este momento, os alunos terão que fazer uma pesquisa e um resumo sobre a história dos cosméticos. Logo após, a turma será dividida em quatro grupos que terão que escolher um cosmético conhecido, e procurar em sua composição, compostos orgânicos. A partir daí, os mesmos irão pesquisar sobre estes compostos, buscando informações sobre sua estrutura e a partir daí, diferenciar as principais funções orgânicas, classificá-las e também indicar algumas características físicas e químicas dos diferentes grupos funcionais, relacionando a pesquisa ao conteúdo que está sendo vivenciado em sala de aula (classificação das cadeias carbônicas). O cosmético junto com estas informações será levado na aula seguinte (aula 02) e os grupos discutirão suas descobertas e apresentarão ao grande grupo. Ao final desta atividade será aplicado um questionário, a fim de ter um resultado da atividade proposta.
Resultado e discussão
Com uso de um vídeo como recurso didático alternativo foi notável uma
mudança de postura por parte dos alunos, este vídeo contém a abordagem de um
ponto de vista químico de um assunto muito comum no dia-a-dia, cosméticos,
inicialmente notou-se que o vídeo conseguiu atrair a atenção para a química
e não somente para as curiosidades pelos cosméticos.
Passado o vídeo os alunos se mostraram muito eficazes nas pesquisas
propostas, parando para estudar conteúdos de química que não haviam ficado
claro para sequencia das pesquisas.
No término da pesquisa a aplicação do questionário deixou claro o avanço da
turma onde a grande maioria respondeu com facilidade as questões.
Conclusões
O professor de química tem inúmeras alternativas de contextualização que quando bem elaboradas certamente terão resultados positivos como o deste trabalho, tais propostas devem ser formuladas a partir da necessidade do aluno por isso é de fundamental importância que o professor conheça e saiba conquistar os alunos de suas turmas, a fim de facilitar a elaboração de um material didático alternativo eficaz.
Agradecimentos
Referências
CASTRO, E. N. F. et al., Química na sociedade: projeto de ensino de química em um contexto social; editora da Universidade de Brasília, Brasília, 2000.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Sn2g_3Li0Cg Acesso em: 20 de abril de 2015.
FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R.; OLIVEIRA, R.C. Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola.v., nº 2, p.101-106, Maio, 2010
FRANCO NETO, J. R.; SILVA, R. M. G. Recursos didáticos facilitam o ensino de química. I EQTAP – IV MOQUI – II JOQUI. ago. Urbelândia, MG, 2006.
MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível em:
http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=125
Acesso em: 20 de abril de 2015.
FRANCO NETO, J. R.; SILVA, R. M. G. Recursos didáticos facilitam o ensino de química. I EQTAP – IV MOQUI – II JOQUI. ago. Urbelândia, MG, 2006.