Autores

Santos, F.M.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Lima, N.C.G. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO) ; Silva, A.P.F. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO)

Resumo

O presente trabalho é uma reflexão sobre o conhecimento dos docentes sobre conceito de organizadores prévios e a utilização dessa ferramenta para o ensino de química do ensino médio a partir de atividades propostas pelos docentes, afim de avaliar a eficácia dessa ferramenta.

Palavras chaves

ORGANIZADORES PREVIOS; ENSINO; QUIMICA

Introdução

A complexidade de alguns conteúdos de química no ensino médio é um problema real nas escolas de todo o Brasil. Como consequência, é recomendado pelo Ministério da Educação que todos os professores busquem ferramentas que facilitem o aprendizado desses novos conteúdos. Uma das boas estratégias que vem sendo utilizadas pelos professores é a utilização de um bom organizador prévio. Segundo AUSUBEL, Organizadores prévios são materiais introdutórios, apresentados a um nível mais alto de abstração, generalidade e inclusividade que o conteúdo do material instrucional a ser aprendido propostos para facilitar a aprendizagem significativa. Segundo MOREIRA, a principal função do organizador prévio é servir de ponte entre o que aprendiz já sabe e o que ele deveria saber a fim de que o novo material pudesse ser aprendido de forma significativa. Diante desse contexto fica claro que a utilização de um organizador prévio está muito ligada à contextualização que o professor pode fazer de acordo com os conhecimentos já existentes entre os alunos, porém devem-se formular verdadeiros organizadores prévios, no intuito de que a “ponte cognitiva” seja eficaz. O objetivo desse trabalho foi avaliar a eficácia dos organizadores prévios no ensino de Química, utilizados como instrumento de aprendizagem pelos docentes do ensino médio de Caruaru/PE.

Material e métodos

Foram selecionadas 02 escolas da rede pública da cidade de Caruaru/PE. Durante o período de 12 meses foram analisadas aulas da disciplina de química em todos os anos do ensino médio, bem como as atividades que foram propostas pelos docentes, tendo como referência para a análise o uso de organizadores prévios, por fim foram usados métodos avaliativos dentre eles provas e seminários, para avaliar a eficácia no processo de ensino-aprendizagem a partir do uso de organizadores prévios.

Resultado e discussão

Após análise das aulas e das propostas de atividades dos professores ficou evidenciado que a grande maioria dos docentes escolheu a experimentação e jogos como organizadores prévios. Em muitos casos pode-se perceber que não há uma preocupação em adaptar esses organizadores prévios aos conhecimentos preliminar dos alunos, o que leva muitas vezes a um falso resultado de aprendizagem. Ficou evidente também que em muitos casos não há uma relação dos conceitos químicos anteriores com o conhecimento do dia-a-dia, o que vai de encontro ao objetivo de aprendizagem dos organizadores prévios. Os organizadores prévios não devem ser confundidos com sumários e introduções que são escritos no mesmo nível de abstração do material que se segue, simplesmente enfatizando os pontos principais desse material. Deste modo, fica claro a necessidade de uma capacitação/treinamento dos docentes para o uso correto dos organizadores prévios.

Conclusões

Apesar da tentativa de contextualizar e exemplificar para facilitar o aprendizado de conceitos químicos, os professores da cidade de Caruaru/PE vem falhando no processo de formulação de verdadeiros organizadores prévios. Este fato pode ser decorrente, da falta de familiarização com a teoria da aprendizagem significativa e organizadores prévios que são oriundas da falta de formação continuada ou de falhas durante o processo de graduação.

Agradecimentos

Referências

(Ausubel, D.P., Novak, J.D. ePHanesian, H. Educationa2 PsychoZogy: A Cognitive View. New York: Holt, Rinehart and Winston Inc., 1978.)
(SOUZA, C.M.S.G; MOREIRA, M.A. Pseudo-Organizadores Prévios como Elementos Facilitadores da Aprendizagem em Física, Revista Brasileira de Física, Vol. 11, nP 1, 1981)
(MOREIRA, M. A. ORGANIZADORES PRÉVIOS E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, Revista Chilena de Educación Científica Vol. 7, Nº 2, 23-30, 2012)