Autores

Magalhães, A.C. (DQAFQ/UFC) ; Lima Filho, L.O. (DQAFQ/UFC) ; Andrade, E.D.L. (DQAFQ/UFC) ; Almeida, M.M.B. (DQAFQ/UFC) ; Fernandes, M.F.L. (DQAFQ/UFC)

Resumo

Aulas teóricas é a forma mais utilizada para transmissão do conhecimento. Utilizou-se a metodologia de aluno multiplicador em sala de aula. Realizou-se aula onde exercícios eram fornecidos aos alunos previamente distribuídos em grupos por questões. Com o auxílio do professor e deles próprios (grupo) as questões eram resolvidas, após isto, um dos membros daquele grupo passava para o grupo seguinte e neste ele “ensinava” o que tinha aprendido/resolvido no grupo anterior. Desta forma todos os grupos resolviam todas as questões. Os resultados demonstraram sensível aumento de rendimento dos alunos. O dinamismo nas aulas teóricas propicia ao aluno a oportunidade de ser atuante na relação ensino-aprendizagem.

Palavras chaves

MULTIPLICADOR; VETERANOS; RENDIMENTO

Introdução

A sedimentação do conteúdo em química é muitas vezes uma barreira para a bagagem de conhecimento, o aprendizado muitas vezes consiste na repetição de cálculos pré-estabelecidos e linha de raciocínio. Historicamente a disciplina de Química Analítica I aplicada a farmácia (analítica qualitativa) tem baixo rendimento no aprendizado dos alunos. Estes alunos seguem a linha clássica de aprendizado através de aulas expositivas. O uso de exercícios em sala de aula é de grande valia para o entendimento dos conceitos demonstrados em sala de aula, porém o aluno por muitas vezes torna-se agente passivo nesta formatação. A utilização de aulas expositivas para o ensino de química é pauta de discussão em muitos trabalhos e de um modo geral chegam a conclusão de que este modelo é falho (SILVA, 2011). Novas metodologias para o ensino tem sido objeto de estudo por alguns pesquisadores (VEIGA et all, 2013). Seguindo esta linha de novas metodologias, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar o rendimento de alunos veteranos da disciplina de Química Analítica I Aplicada a Farmácia empregando-se a utilização do aluno multiplicador em sala de aula.

Material e métodos

O uso do aluno multiplicador em sala de aula foi realizado em uma disciplina de Química Analítica I Aplicada a farmácia em 2015.1. Realizou-se aula onde exercícios eram fornecidos aos alunos previamente distribuídos em grupos por questões. Com o auxilio do professor e deles próprios (grupo) as questões eram resolvidas, após isto, um dos membros daquele grupo passava para o grupo seguinte e neste ele “ensinava” o que tinha aprendido/resolvido no grupo anterior. Desta forma todos os grupos resolviam todas as questões, utilizando linguagem simples com o conhecimento aprendido. Havia discussão e rediscussão das questões à medida que as informações eram repassadas para os grupos seguintes. Após os alunos realizarem as provas convencionais, avaliaram-se as notas obtidas, estas foram distribuídas em faixas e comparadas com os semestres anteriores (2014.2 e 2014.1). As provas aplicadas tiveram o mesmo estilo das provas aplicadas nos semestres anteriores, utilizadas para comparação. Levantaram-se gráficos para comparações em cada faixa de notas.

Resultado e discussão

Verificou-se que os alunos sentiam dificuldades nos conceitos apresentados anteriormente e também em disciplinas anteriores, muitas dúvidas sanadas propiciavam o entendimento das questões e a não memorização de fórmulas ou outras formas errôneas de aprendizado. No gráfico pode-se verificar que na faixa de notas péssimo houve um decréscimo de 19,78% em relação a 2014.1. Decréscimo também de 22,06% na faixa ruim em relação a 2014.2. Houve um aumento de 17,58% na faixa razoável e na faixa bom de 5,35% em relação a 2014.2. Na faixa ótimo também houve aumento de 5,95% quando comparado a 2014.1.


Gráfico – Distribuição do percentual de alunos por faixa de notas nos semestres de 2014.1; 2014.2 e 2015.1.

Conclusões

Os resultados demonstraram sensível aumento de rendimento dos alunos. Esta forma de dinamismo nas aulas teóricas propicia ao aluno a oportunidade de ser atuante na relação ensino-aprendizagem. Alunos veteranos trazem consigo bagagem conceitual que auxiliam no entendimento das questões. Muito há ainda a ser feito para que haja um ganho maior de rendimento. O uso de aluno multiplicador parece ser um caminho viável, haja vista os resultados apresentados.

Agradecimentos

Referências

SILVA, A. M. Proposta para Tornar o Ensino de Química mais atraente. Revista de Química Industrial, 2º trimestre, Volume único, p.7, 2011.

VEIGA, M. S. M.; QUENENHENN, A.; CLAUDETE, C. O ENSINO DE QUÍMICA: algumas reflexões, I Jornada de didática - o ensino como foco. In: I Fórum de professores de didática do estado do Paraná, Londrina-PR, 2013.