Autores

Marques, G.N. (IFMA) ; Costa, A.C. (CEM GONÇALVES DIAS) ; Pereira, L.M. (IFMA - CAMPUS SÃO LUÍS, MONTE CASTELO) ; Raiol, M.S. (IFMA - CAMPUS SÃO LUÍS, MONTE CASTELO) ; Oliveira, A.C.C. (IFMA - CAMPUS SÃO LUÍS, MONTE CASTELO)

Resumo

Pensar em processos educativos que melhorem a aprendizagem dos alunos leva qualquer professor a se fazer constantemente uma reflexão crítica sobre como ensinar e quais ferramentas utilizar para alcançar o objetivo desejado por todos os profissionais da educação, o ensino de qualidade. A fim de conceber uma ferramenta tecnológica a mais para a evolução dos conhecimentos no ambiente escolar é que foram criados os laboratórios virtuais que abordam uma centena de assuntos diferentes, inclusive o ensino de química. Um exemplo de ambiente virtual utilizado para o ensino de química é o ChemLab, que abrange um conjunto de simulações realistas envolvendo muitos dos recursos vistos em laboratórios de química geral e que foi utilizado nas aulas de uma turma do ensino médio em São Luís - MA

Palavras chaves

Química; Laboratórios Virtuais; TICs

Introdução

Não existe uma definição mais acertada para a química do que ser que é a ciência que estuda as propriedades, composições e transformações da matéria. No entanto em várias escolas alguns alunos passam todo o seu ensino médio sem sequer participar de aulas práticas, o que interfere e muito no aprendizado do aluno. Na maioria dos casos isso acontece devido à falta de infraestrutura adequada ou quando há laboratórios não existem materiais e reagentes.O uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são muito eficientes quando se fala na assimilação dos conteúdos por parte dos alunos. Segundo Brandão (2002) a educação está sempre presente quando surge alguma ferramenta que possa auxiliar os professores em sala de aula. Isso segundo Galiazzi (2007) faz com que o atual contexto em que está inserido a educação, permita a formalização da visão de ciência e de conhecimento cientifico da química e sobretudo a confirmação de teorias estabelecidas.Nesse contexto quando o professor utiliza ferramentas virtuais como o ChemLab ele está motivando o aluno a também procurar métodos que possam complementar o seu aprendizado (QUEIROZ, 2004). Considerando as tecnologias de comunicação e de informação (TIC) como importantes para o processo de ensino aprendizagem, cabe ao professor determinar como e quando utilizar essas tecnologias e nada melhor do que fazer isso em conteúdos que necessitem de material físico que a escola não dispõe como é o caso de escolas que não possuem laboratórios.

Material e métodos

Ao escolher o laboratório virtual ChemLab as tarefas e as metodologias aplicadas, foram todas adaptadas para que o aluno pudesse comprovar e entender a teoria estudada nas aulas teóricas e assimilar da melhor forma possível o conteúdo de gases estudado na disciplina físico química. Percebe- se ainda a necessidade de trabalho sobre a mesma perspectiva de Soares et al (1999) a de que o ambiente virtual deve servir de base para o enfoque cooperativo e interativo dos alunos, o mesmo visto nos laboratórios de química, onde é necessário trabalhar em grupo para que não haja um desperdício de reagentes. Considerando isso foi realizado um estudo na escola pública Gonçalves Dias com alunos do segundo ano que apresentavam dificuldades nos conteúdos de físico química sobre gases. Para tanto foi utilizado o ambiente virtual ChemLab, que é um conjunto de simulações realistas envolvendo muitos dos recursos vistos em laboratórios de química geral, nesse espaço o aluno deveria escolher os gases entre reais e ideais, dos quais iriam trabalhar e identificar as equações que deveriam ser utilizadas em cada etapa.. Antes da utilização do ChamLab foi aplicado questionários como instrumento de levantamento de dados, para que ao fim da pesquisa fosse comparados os pontos positivos motivados pelo uso do ambiente virtual.

Resultado e discussão

Antes da utilização do laboratório virtual os alunos responderam um questionário que tratava sobre algumas hipóteses das quais resultava na dificuldade em aprender os conteúdos de físico química. Dos 36 alunos que participaram dessa pesquisa 87% responderam que não conseguem assimilar o que é ensinado, somente a partir do que ouvem e pontuaram que seria necessário algo além da sala de aula. Além disso em resposta às perguntas abertas das quais eles tinham a liberdade de escrever sobre outros aspectos que fazia com que eles não se saíssem bem nas provas anteriores, o que mais se destacou foi a resposta de uma aluna quando ele enfatiza que “não é que a matéria seja difícil, é que se torna-se quase impossível visualizar os assuntos que são dados, apenas levando em conta o que o professor diz ou escreve no quadro” (Resposta da Aluna). No questionário semi-estruturado respondido pela professora foi possível perceber ainda a importância dada por parte do professor em estar aberta a usar ferramentas que facilitem a aprendizagem dos alunos e ministrar aulas mais contextualizadas e que no caso dos ambientes virtuais como o ChemLab é uma oportunidade a mais de transmitir o conhecimento de uma forma mais desmistificadora do que realmente é a química.

Conclusões

Através desse estudo pode-se concluir que as ferramentas tecnológicas atuais ajudam muito na construção do processo ensino-aprendizagem tornando-se cada vez mais importante utilizar todas as ferramentas disponíveis para ajudar na construção do conhecimento. Além do mais a Química, por ser uma ciência experimental e que muitas vezes refere-se ao campo microscópico, necessita de especial atenção para melhorar os aspectos relacionados à aprendizagem. O uso das TICs tem mostrado ser eficiente não só na compreensão de conceitos, mas também como métodos avaliativos.

Agradecimentos

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO - IFMA CEM GONÇALVES DIAS

Referências

ChemLab << http://www.labsvirtuais.com.br/quimica.asp>> Acesso em 10/05/2015
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A Educação Popular na Escola Cidadã. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
Galiazzi, M. C.; Rocha, J. M. B.; Schmitz, L. C.; Souza, M. L.; Giesta, S.; Gonçalves, F. P.; Ciência & Educação 2001, 7, 249.
QUEIROZ, L. R. S. Educação musical e cultura: singularidade e pluralidade cultural no ensino e aprendizagem da música. Revista da Abem, Porto Alegre, n. 10, p. 99-107, 2004.
SOARES, Luiz Eduardo (org.) (1996) Violência e Política no Rio de Janeiro, Relume Dumará e ISER, Rio de Janeiro