Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: O QUE SE TEM FEITO NO PIBID-QUÍMICA DAS INSTITUIÇÕES BRASILEIRAS? UM LEVANTAMENTO A PARTIR DOS EVENTOS PROMOVIDOS PELA ABQ
AUTORES: Silva, K.S. (IFAL) ; Nascimento, M.C.M. (IFAL) ; Siqueira, E.F.V. (IFAL) ; Santos, E.B.R. (IFAL) ; Cordeiro, W.L. (IFAL) ; Lima, P.R. (IFAL) ; Freitas, A.J.D. (IFAL) ; Freitas, J.D. (IFAL)
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo apresentar as principais atividades realizadas na
área de química por meio do PIBID nas escolas públicas do Brasil. Desde 2008, o
PIBID vem proporcionando contato imediato dos licenciandos ao seu futuro campo de
atuação, dando-lhes espaço para que observem, reflitam e atuem com metodologias
diferenciadas, melhorando assim, o ensino das escolas públicas. As páginas de
publicação dos trabalhos apresentados no SIMPEQUI (25 trabalhos) e CBQ-Ensino de
Química (22 trabalhos) referente aos anos de 2008 a 2012 foram consultadas e os
trabalhos cujo título apresenta a abreviação “PIBID” foram analisados. Os
resultados mostram que a experimentação e o desenvolvimento de atividades lúdicas
são as prioridades durante a concretização do projeto.
PALAVRAS CHAVES: PIBID; Ensino de Química; Metodologias de Ensino
INTRODUÇÃO: O ensino de química vigente possui traços, ou é em sua totalidade, mediado
perante métodos tradicionais, deixando a desejar quanto aos objetivos amplamente
discutidos em eventos da área acerca de métodos inovadores que contribuam para
uma aprendizagem significativa. No sistema educativo vigente, faz-se necessária
a implantação de novas propostas metodológicas que auxiliem os alunos na
compreensão dos fenômenos químicos ocorrentes no cotidiano e que instiguem a
visão cientifica para a construção de novos conhecimentos. Assim, o ensino de
química deve servir “[...] como uma possibilidade interessante e inovadora para
lidar com a questão da construção do conhecimento em sala de aula” (MORTIMER;
MACHADO, 2011, p. 2).
O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID permite aos
alunos dos cursos de licenciatura vivenciar a realidade das escolas públicas de
educação básica, com a finalidade de valorizar o magistério, colocando-os frente
ao seu futuro local de trabalho e convivendo com o alunado desde cedo,
auxiliando através de metodologias facilitadoras para um aprendizado
significativo.
Nesse sentido, este trabalho mostra resumidamente e não de forma genérica,
algumas ações, em específico na área de química, que vem sendo priorizadas
durante o desenvolvimento do PIBID pelos discentes participantes de várias
instituições do Brasil.
MATERIAL E MÉTODOS: O Simpósio Brasileiro de Educação Química – SIMPEQUI é um evento anual que reúne
pesquisadores de todos os lugares e promove discussões na área de ensino de
química através de palestras, cursos e apresentações de trabalhos, os quais são
posteriormente publicados em página na internet. O Congresso Brasileiro de
Química – CBQ, também realizado anualmente, discute áreas da química em sua
totalidade, inclusive, ensino de química. Diante disto, a pesquisa de caráter
qualitativo consistiu em consultar os trabalhos sobre o PIBID publicados no
SIMPEQUI - http://www.abq.org.br/simpequi/edicoes-anteriores.html - e CBQ/Ensino
de Química - http://www.abq.org.br/cbq/edicoes-anteriores.html - nas edições
anteriores a 2013, e verificar as ações que vem sendo priorizadas durante o
desenvolvimento do PIBID pelos discentes participantes de várias instituições do
Brasil. Nesse sentido, considerando o ano de início em que as bolsas do PIBID
foram concedidas, a consulta foi realizada para os trabalhos publicados de 2008
a 2012. Foram analisados 25 trabalhos do SIMPEQUI e 22 do CBQ/Ensino de Química.
É importante ressaltar que foram analisados apenas os trabalhos cujo título
continha a abreviação “PIBID”, sendo, portanto, uma análise parcial e não se
referindo a todos os trabalhos relacionados com o PIBID.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No sistema educacional procura-se buscar fatores que auxiliem na aprendizagem,
de modo que cabe aos docentes perceber as dificuldades dos alunos e refletir
sobre suas práticas de ensino. A aula prática no ensino de química é um recurso
muito recorrente em debates e o mais sugerido, pois torna as aulas motivadoras e
mais esclarecedoras. Além de aulas experimentais, gincanas interdisciplinares e
atividades dinâmicas, é possível pensar em métodos lúdicos para mediar o
aprendizado e desenvolver conjuntamente outros elementos cognitivos. Nesse
sentido, “a atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do
educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando
mobiliza sua ação intelectual” (RIZZO, 2001 p. 40).
Das atividades desenvolvidas de acordo com os 47 trabalhos analisados (25 do
SIMPEQUI e 22 do CBQ/Ensino de Química) no período de 2008 a 2012, um percentual
de 32% referem-se a atividades experimentais ou oficinas, 21% a atividades
lúdicas como criação de jogos didáticos, outros dados são apresentados na tabela
1 e tabela 2.
As atividades que vem sendo desenvolvidas por meio do PIBID em âmbito nacional –
foram consultados trabalhos dos estados: AL, PB, RN, PI, GO, SP, AM, RJ, CE, PE
e BA – só confirmam a necessidade da inserção de metodologias diferenciadas nas
escolas públicas, pois geram melhores resultados.
Tabela 1
Relação de atividades priorizadas pelo PIBID.
Tabela 2
Quantidade de trabalhos analisados por ano.
CONCLUSÕES: Os trabalhos publicados e analisados permitiram identificar as problemáticas que
dificultam a compreensão da química e a intensificar o que deve continuar sendo
feito nas escolas, independentemente da presença dos bolsistas.
No entanto, é necessária a consolidação de aulas experimentais, extracurriculares,
interdisciplinares, lúdicas etc. no ensino médio e o professor precisa incentivar
os alunos a procurarem respostas para os fenômenos observados no dia a dia através
da aplicação dos conteúdos de química.
AGRADECIMENTOS: Ao Instituto Federal de Alagoas - Campus Maceió e à CAPES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2011.
RIZZO, G. Jogos inteligentes: a construção do raciocínio na escola. Ed. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2001.