Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: O papel da experimentação na aprendizagem do conteúdo de concentração
AUTORES: Sousa, J.S.M. (UFPI) ; Nascimento, T.L.A.B. (UFPI) ; Sousa, R.P. (UFPI) ; Moura, F.K.T. (UFPI) ; Pacheco, A.A. (UFPI) ; Silva, T.T. (UFPI) ; Silva, A.M. (UFPI) ; Silva, E.M. (UFPI) ; Cruz, V.F. (UFPI) ; Leite, C.M. (UFPI) ; Leite, C.M.S. ()
RESUMO: O presente trabalho foi realizado com alunos do 2° ano da Unidade Escola
Professora Maria de Lourdes Rebelo localizada na cidade de Teresina PI no ano de
2013, com o objetivo de levar novos conhecimentos práticos aos alunos na forma de
experimentação. Para cumprir os objetivos deste trabalho o dividimos em três
momentos. Dessa forma foi possível aliar teoria e prática e termos uma
aprendizagem mais eficiente.
PALAVRAS CHAVES: teoria e prática; ensino médio ; experimentação
INTRODUÇÃO: A química é vista pelos alunos do ensino médio como uma disciplina de difícil
compreensão, e por isso a grande maioria dos alunos diz não gostar de estudar
Química.
A literatura mostra que uma forma de mudar esse panorama de rejeição a Química é
o uso da experimentação, isto é, nas aulas de laboratório o estudante vivencia
do ponto de vista experimental a teoria.
Aulas experimentais possibilitam aos alunos a visualização da teoria sob outro
enfoque e por isso pode ser usada como ferramenta motivacional e facilitadora do
ensino-aprendizagem. Para Brasil(2006),os aspectos formativos das atividades
práticas experimentais não pode está restrito apenas a um caráter superficial
mecânico e repetitivo, devendo estar efetivamente articulado ao diálogo e
saberes teóricos.
O uso de aulas experimentais ou demonstrativas permite que o aluno perceba a
Química como uma ciência experimental, e que a partir dos experimentos é que as
teorias foram desenvolvidas; permite também o estimulo e desenvolvimento o
caráter investigativo, de observação, melhora a interação professor/alunos, etc.
O método tradicional de ensino mostra o professor como o transmissor do
conteúdo, enquanto que os alunos são os receptores da mensagem. Esta forma de
ensino apresenta pouco estímulo para alguns estudantes, sendo necessário o uso
de ferramentas que beneficiem a aquisição de conhecimento. Desta forma trabalhos
de pesquisa atuais desenvolvem metodologias diferenciadas com o objetivo de
melhorar a relação ensino/aprendizagem (Guimarães, 2009).
O objetivo deste trabalho é fazer uso de aulas experimentais para repassar
conhecimentos básicos de química.
MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho foi desenvolvido por bolsistas do Programa de Institucional de
Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID
Seleção do grupo de alunos para participarem das aulas experimentais - Foram
escolhidos 08 alunos do 2° ano do ensino médio da Escola Pública da rede de
ensino, Unidade Escolar Professora Maria de Lourdes Rebelo (Teresina-PI),
Tempo de Realização das aulas - O período foi de 04 horas, sendo 02 horas
desenvolvendo o tema: Redação Científica e normas de segurança; e 02 horas para
as aulas experimentais, realizadas em três etapas.
Execução: os alunos foram deslocados de suas salas para o Laboratório de
Ciências da Escola.
Primeiro momento: todos os alunos receberam cópias xerocadas do texto
explicativo Como elaborar um relatório, Na primeira parte foi relatado sobre a
estrutura geral do relatório, sendo que cada foi explicado detalhadamente.
Segundo momento: foi feita a exposição das principais vidrarias utilizadas em
experimentos de química – Esta etapa foi organizada utilizando imagens
ilustradas em slides, em seguida foi explicada sobre as normas de segurança em
laboratório, para que pudessem entender os riscos que um ambiente não conhecido
podem ocasionar se não estiverem com a vestimenta adequada. Também foram
destacados os comportamentos de ética laboratorial, por exemplo, sempre ler os
rótulos dos reagentes, usar os óculos de proteção e máscaras ao utilizar
reagentes que produzem vapores tóxicos, o manuseio dos reagentes e entre outros
atos de segurança.
Terceiro momento: execução do experimento “Preparo de uma solução”. Foi feita o
link entre o conteúdo visto em sala de aula – Concentração. Os cálculos, para
prever a massa a ser pesada, foram discutidos como usar as vidrarias para o
preparo das soluções e por fim procedeu-se a execução da prática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O experimento proposto pelos bolsistas do PIBID teve excelente aceitação pelos
estudantes, sendo que estes se mostraram empolgados com as aulas.
Segundo os estudantes selecionados as aulas:
1. Demonstraram que é possível fazer a associação entre a teoria e prática;
2. A prática de laboratório demonstrou a conexão com o assunto abordado
pelo professor em sala de aula,
3. Mostrou uma visão diferenciada de ver o conteúdo explorado.
Através do uso da ferramenta experimental foi observado que os alunos ainda não
tinham tido esse contato com a química experimental de laboratório, sendo isso
demonstrado facilmente pelo comportamento indisciplinado, como por exemplo,
brincadeiras fora de hora, observações que não condizem com o assunto proposto.
Os alunos que participaram da prática admitiram não conhecer as vidrarias e nem
sua utilidade, e que também desconheciam as normas de segurança no laboratório.
Foi observado nos alunos um comportamento de maior interesse em saber tudo que
se passava no experimento. Todos anotavam e prestavam atenção nos detalhes do
procedimento. Para eles a química naquele momento deixou de ser a matéria de
difícil compreensão, se tornando uma disciplina mais simples, agradável e
estimulante de estudar.
Diante disso fica claro que o uso da experimentação contribuiu para motivar os
alunos sobre os conteúdos da disciplina.
CONCLUSÕES: A partir desse trabalho podemos perceber que os alunos não tinham muito contado
com a prática de laboratório, sendo muito bem aproveitada.
Os alunos consideraram as aulas importantes, pois além de ser uma aula prazerosa
contribuiu para aprofundar os conhecimentos e para associar teoria à prática, além
de aprimorar a capacidade de observação e questionamento diante de novos conteúdos
da Química.
Contribuiu para o entendimento de que a utilização de novos métodos e estratégias
de ensino auxilia na construção de novos conhecimentos.
AGRADECIMENTOS: PIBID, CAPES, UFPI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Ministério da educação. Orientações curriculares para o Ensino médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC, Vol. 2, 2006.
GUIMARÃES, Cleidson C. Experimentação no ensino de química: caminhos e descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola, v. 31, p. 198-202, 2009.
ROSITO, B.; FERRARO, C.; COSTA, I.; ALBURQUERQUE. Experimentos em Química. 2ª ed. Sulina, Vol. 2 1981.
RUSSEL, J.B. Química geral. Editora McGraw-Hill, 1982.