11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: A Utilização do Jogo Mahjong Químico como facilitador da Aprendizagem.

AUTORES: Rodrigues da Silva, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Matos Lopes, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Lima de Menezes, F. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Cristina Azevedo da Costa, I. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Sales da Silva, D. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ)

RESUMO: Com o aumento significativo de trabalhos sobre jogos em química, este trabalho tem o objetivo de demostrar a utilização de um jogo chamado Mahjong Química, utilizado como uma estratégia de ensino para a aquisição de conceitos químicos. A aplicação do jogo facilita, e até mesmo desperta interesse no aluno demonstrando como as atividades lúdicas podem ajudar no ensino de Química. O jogo Mahjong foi aplicado numa escola parceira do Subprojeto de Química (PIBID), Escola de E.E.F.M Camosina Ferreira Gomes, com 46 alunos em Sobral – Ceará. Com o uso do jogo os alunos tornaram-se mais participativos, e por consequência, o aprendizado tornou-se mais significativo.

PALAVRAS CHAVES: Lúdico; Ensino; Mahjong

INTRODUÇÃO: Nos últimos anos é crescente a utilização de atividades lúdicas em ensino de Química. As escolas ainda se baseiam muito nos métodos tradicionais e conteúdos muitas vezes fora da realidade do aluno, segundo Sanmarti (2002) e Szundy (2005) para que ocorra uma aprendizagem significativa, deve ser oferecida aos alunos uma quantidade diversificada de tarefas e, para isso, o professor deve conhecer muitas técnicas e recursos. Para atingir estes objetivos se faz necessário que o professor procure tornar suas aulas mais dinâmicas e atraentes, de maneira que o aluno perceba-as como um momento em que ele está aprendendo e vivendo algo novo, não separado de sua realidade. A aplicação de um recurso utilizado para facilitar a matéria dada, e até mesmo despertar certo interesse no aluno é uma alternativa para motivá-lo a aprender Química.Tal fator se reflete no aumento do número de trabalhos envolvendo jogos, apresentados nas Reuniões Anuais da SBQ, nos Encontros Nacionais de Ensino de Química, bem como nos encontros regionais de ensino de química, como os EDEQ, ECODEQ, EDUQUI; tanto que na reunião anual da SBQ de 2007, trabalhos que se referiam ao uso do lúdico em ensino de química foram cerca de 15% do total de trabalhos.A partir disso dentro do Subprojeto de Química (PIBID) foi aplicado o jogo Mahjong Químico desenvolvido por um bolsista do mesmo, que tem o objetivo de estimular a aprendizagem do ensino de química que se assemelha um pouco com o jogo da memória, estimulando habilidade de percepção, concentração e disciplina. Facilitando assim, a assimilação de conteúdos, pois ele engloba todos o ensino de química podendo ser aplicado em todo o ensino básico ou se adequando a cada conteúdo em cada ano.

MATERIAL E MÉTODOS: O jogo foi aplicado no turno matutino numa escola parceira do Subprojeto de Química (PIBID), na turma de 3º ano do ensino médio com 46 alunos. As regras do jogo e sua dinâmica foram apresentadas aos alunos de forma bem simples para que os mesmos pudessem jogar sem nenhuma dificuldade, primeiramente foi demostrado todas a peças, foram confeccionadas um total de 244 peças. Os alunos tem que associar as peças para serem formados pares de cada naipe, dando um total de 7 naipes divididos em Cientista, Geometria das Moléculas, Elementos essenciais para a vida, Elementos Radioativos, Nomenclatura Orgânica e Inorgânica e classificação dos elementos. O aluno que obtiver mais peças, será o ganhador.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com os instrumentos utilizados houve uma boa aceitação por parte dos alunos da turma, com muita dedicação e consequentemente um maior aprendizado. Foi feito um estudo a fim de validar o jogo com relação aos objetivos pretendidos: estimular a criatividade e as relações cognitivas, favorecer o processo ensino- aprendizagem. Observou-se que os alunos aprovaram o jogo demostrando interesse, assim, como o professor em compreender o jogo. Isso contribui para o ensino e aumentou o interesse dos alunos em participarem dos jogos e atividades do subprojeto. Sempre é importante antes de aplicar um jogo, saber quais são os gostos e interesses dos participantes, para que aquele não fique como uma atividade entediante. Terminada a aplicação do jogo foi entregue aos alunos um questionário de avaliação contendo perguntas com respeito à atividade desenvolvida, para podemos saber a importância da utilização do jogo e se contribuiu para a aprendizagem deles. Analisando os resultados e conversando com a turma, notou-se que alguns alunos deixaram evidente que o medo de se deparar com o novo existe, e a resistência é perfeitamente natural. Alguns alunos “acostumados” com o método tradicional “professor fala e aluno escuta”, ainda estão presentes no dia-a-dia da sala de aula, num primeiro contato com o jogo, alguns alunos tiveram certa dificuldade em entender o mecanismo do mesmo. É importante ainda, ressaltar que conforme acontecia a explicação de como funcionavam os naipes, o jogo era aplicado novamente, ficando, assim, mais fácil o entendimento sobre o jogo, mas os resultados analisados nos questionários da turma mostrou uma boa aceitação do jogo pelos alunos.

CONCLUSÕES: Pode-se observar que a utilização dos jogos didáticos no ensino de química, retira o conceito que a maioria dos alunos têm sobre as ciências exatas, tendo assim, ocasionado um maior interesse na química e outras áreas das exatas. O fato de aprenderem e se divertirem ao mesmo tempo, contribui para a sua formação e melhor aprendizagem, sem falar que o professor proporciona conhecimento prévio aos alunos, ficando assim mais fácil a aprendizagem de matérias futuras de acordo com a desenvolvimento do aluno. Portanto, a construção de um espaço de interação e de criatividade, é necessária.

AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro voltado para a formação de recursos humanos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANDRADE, O. G; SANCHES, G. M. M. B. Aprendendo com o Lúdico. In: O DESAFIO
DAS LETRAS, 2004, Rolândia, Anais. Rolândia: FACCAR, 2005. ISSN: 1808-2548.
Educação. KISHIMOTO, T. M. (org). São Paulo: Cortez Editora, 1996.
BROUGERE, G. O Jogo e a Educação. Porto Alegre: Art Med Editora, 1998.
HUINZIGA, J.; Homo Ludens: O jogo como elemento de cultura. São Paulo: Perpectiva, 1980.
XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ)
UFPR, 21 a 24 de julho de 2008. Curitiba/PR.
Especificar a Área do trabalho
(CA, EA, HC, EF, EX, FP, LC, MD, TIC, EC)
CAILLOIS, R.; “The game as world symbol”. Critique, 31(342):1159, 1975.
HENRIOT, J.; “Problems with research in educational psychology.” B Psychology 20(10-1):
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