Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: DESAFIOS DO ENSINO DE QUÍMICA PARA DEFICIENTES AUDITIVOS E VISUAIS: REVISÃO DE LITERATURA
AUTORES: Silva, M.T.F. (ifma) ; Oliveira, M.M. (IFMA)
RESUMO: O Censo 2000 revelou que 14,5% da população brasileira eram portadoras de, pelo
menos, uma das deficiências investigadas pela pesquisa. Assim este trabalho tem
como objetivo analisar e conhecer os artigos científicos acerca do desempenho dos
alunos deficientes auditivos e visuais frente às novas estratégias inclusivas no
ensino da química. Dessa forma é necessário criar estratégias para incluir essas
pessoas e propiciar a elas uma maior acessibilidade já que as suas limitações
podem ser superadas quando se fornece meios para o desenvolvimento das
potencialidades individuais. Portanto, por meio de uma revisão bibliográfica
traçaremos as principais metodologias trabalhadas no ensino da química,
relacionando a visão dos professores quanto à inclusão no âmbito escolar e social.
PALAVRAS CHAVES: Desafios; Ensino da Química ; Deficientes Audiovisuais
INTRODUÇÃO: O Censo 2000 revelou que 14,5% da população brasileira eram portadoras de, pelo
menos, uma das deficiências investigadas pela pesquisa. A maior proporção se
encontrava no Nordeste (16,8%) e a menor, no Sudeste (13,1%). A nova publicação
traz o número absoluto de cegos e surdos no País. Em 2000, existiam 148 mil
pessoas cegas e 2,4 milhões com grande dificuldade de enxergar. Do total de
cegos, 77.900 eram mulheres e 70.100, homens. Os dados evidenciados acima
demonstram a grande população de deficientes audiovisuais. Sendo que boa parte
dessas pessoas necessitam de adaptações para conviverem com as demais pessoas de
forma mais adequada. A limitação que essas pessoas têm pode ser superada quando
se fornece meios para o desenvolvimento das potencialidades individuais. Dessa
forma é necessário criar estratégias para incluir essas pessoas e propiciar a
elas uma maior acessibilidade. Tendo em vista as dificuldades dos alunos com
deficiência auditiva ou visual em acompanharem os conteúdos da grade curricular
de química, sentiu-se a necessidade de elaborar um trabalho que abordasse as
principais estratégias dos docentes bem como da escola para acomodarem esses
alunos e propiciarem aos mesmos um melhor envolvimento com a disciplina. Assim
definiu-se como objetivo analisar e conhecer os artigos científicos acerca do
desempenho dos alunos deficientes auditivos e visuais frente às novas
estratégias inclusivas no ensino da química. Portanto, por meio de uma revisão
bibliográfica traçaremos as principais metodologias trabalhadas no ensino da
química, relacionando a visão dos professores quanto à inclusão no âmbito
escolar e social.
MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa. Para a coleta de dados foi
utilizado levantamento eletrônico de artigos nacionais disponíveis na base de
dados SCIELO que abordasse os principais desafios que os professores tem em
trabalhar assuntos de química, além das principais metodologias de inclusão desses
alunos. Durante a busca utilizamos as seguintes palavras chave: Desafios, ensino
da química e deficientes audiovisuais. Dentre os artigos encontrados foram
selecionados 11. Para análise utilizou-se as variáveis: ano de publicação,
relevância da pesquisa e metodologias utilizadas. Foram considerados válidos,
apenas os artigos que tratavam diretamente do foco da pesquisa, os demais foram
descartados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Dentre os 11 artigos selecionados da base de dados do SCIELO. Os estados onde os
trabalhos foram desenvolvidos são: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e
Pernambuco. Em um dos artigos selecionados verificou-se que os professores
envolvidos utilizaram como estratégia: o tato, na percepção de reações químicas
por meio do calor liberado por algumas reações os alunos conseguiram compreender
de forma mais prática a teoria trabalhada em sala de aula. Segundo (CASTRO. et.
al) Os livros modernos têm aplicado desenhos, gráficos e cores, de forma
acentuada em sua transcrição. Este fato, tem tornado difícil transcrevê-los para
o Sistema Braille, isso faz com que pensemos em algumas alternativas para
solucionar tal impasse, dentre elas: adaptação do livro para transcrição em
Braille. Em outro artigo, os professores optaram em desenvolver gráficos de
reações endotérmicas e exotérmicas, adaptados às necessidades dos alunos
deficientes visuais. Com relação aos deficientes auditivos, há ainda uma grande
dificuldade de incluir esses alunos às aulas de química. E isso ocorre devido a
inúmeros fatores entre eles: a falta de formação dos professores, que não detém
um conhecimento prático e teórico a cerca dessa modalidade de ensino. Além
disso, a escola não na maioria das vezes não contempla uma estrutura adequada
para a recepção desses alunos deficientes auditivos. Segundo (SOUSA & SILVEIRA,
2008) A dificuldade de inserção de alunos surdos na escola se dá mais pelo
despreparo dos professores e das condições escolares, do que por desinteresse
desse grupo minoritário. Em relação ao conhecimento químico escolar, a
dificuldade aumenta, uma vez que, no Brasil, pouco se tem investigado sobre o
ensino de química para surdos.
CONCLUSÕES: Portanto vimos que há uma grande dificuldade de adaptação dos alunos deficientes
auditivos e visuais em aprender os conteúdos de química trabalhados em sala de
aula. Logo, é necessário que haja um maior investimento em políticas
governamentais voltadas à inclusão escolar desses alunos. Dessa forma, é
importante que haja um maior incentivo no preparo dos professores além da
capacitação de todos os profissionais que compõe a escola a fim de facilitar o
ingresso desses alunos bem como garantir um aprendizado mais eficaz.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
CASTRO et. al. Técnicas Alternativas de Ensino de Química para Deficientes Visuais: Estrutura atômica. Instituto de Química – UERJ
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística . 2003, disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/27062003censo.shtm
SOUSA, S. F. D.; SILVEIRA, H. E. D. O ensino de química para surdos como possibilidade de aprendizagens mútuas, Universidade Federal de Uberlândia, 2008.