Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: Massa de modelar como um instrumento metodológico para o ensino de química.
AUTORES: Braga, J. (U E PROF JOSE AMAVEL) ; Rodrigues, A. (UFPI) ; Silva, F.W. (UFPI) ; Oliveira, A.L. (UFPI) ; Passos, A.G. (UFPI) ; Sousa, (UFPI) ; Sampaio, F. (UFPI) ; Silva, G. (UFPI) ; Santo, L. (UFPI) ; Costa, L.P. (UFPI) ; Silva, N. (UFPI) ; Pierot, R. (UFPI)
RESUMO: O referente trabalho tem como objetivo apresentar uma metodologia lúdica para os docentes trabalharem o conteúdo hidrocarbonetos na sala de aula, favorecendo uma maior assimilação do mesmo pelos alunos. A proposta foi elaborada e aplicada aos alunos de 3º ano da Unidade Escolar Profº José Amável pelos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas a Docência – PIBID, visando uma aprendizagem significativa do conteúdo abordado. Através das confecções de moléculas com massa de modelar foi possível observar que a utilização do lúdico teve uma importância para uma melhor fixação das ideias sobre o assunto.
PALAVRAS CHAVES: hidrocarbonetos; ensino aprendizagem ; massa de modelar
INTRODUÇÃO: A prática, do ensino de Química Orgânica no Ensino Médio, em sala de aula, consiste na transmissão-recepção de conhecimentos que, muitas vezes, não são compreendidos. Para estimular e resgatar o interesse dos discentes pelas aulas de química é fundamental que o professor busque metodologias diferenciadas que o auxiliem no processo de ensino aprendizagem (SOARES et al., 2003).
Os jogos lúdicos são caracterizados como um tipo de recurso didático educativo que pode ser utilizado em momentos distintos, tais como: na apresentação de um conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao conteúdo, avaliação de conteúdos já desenvolvidos e como revisão ou síntese de conceitos importantes ao conteúdo (CUNHA, 2004).
Estes proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de estudar, além de oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar a assimilação do alunado em relação aos conteúdos estudados, como um meio mais dinâmico de fixar o conhecimento, permitindo a identificação de erros de aprendizagem. (ZANON et al., 2008).
Com isto o presente trabalho teve como objetivo, promover o aperfeiçoamento no entendimento de conceitos químicos sobre hidrocarbonetos voltados para estudantes do 3° ano do ensino médio de uma escola da Rede Estadual do estado do Piauí no município de Teresina.
MATERIAL E MÉTODOS: Esta pesquisa foi realizada com os estudantes da 3º serie do ensino médio do período matutino na Escola Estadual de Teresina, Unidade Escolar Prof. José Amável e aplicada pela professora da mesma em conjunto com bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID). Os materiais utilizados para confecção das moléculas orgânicas foram: massa de modelar, palitos de churrasco e de dente. Os alunos formaram grupos de cinco componentes, onde foram disponibilizados os materiais, juntamente com uma estrutura de hidrocarboneto desenhada na lousa, na qual eles deveriam desenvolver e posteriormente apresentar a estrutura das moléculas, conforme o modelo ilustrado no quadro, com a respectiva nomenclatura. Após a confecção das moléculas foi aplicado um questionário contendo cinco perguntas relacionadas à aula prática, onde os alunos deveriam expor em que a atividade contribuiu para o aperfeiçoamento do seu conhecimento.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na 3º série do ensino médio detectou- se certa dificuldade dos alunos na assimilação do conteúdo hidrocarbonetos. No questionário aplicado, a maioria disse considerar o assunto difícil e que a visão sobre a disposição dos átomos de carbono e hidrogênio nos hidrocarbonetos melhorou significativamente depois da aula prática.
No questionário, perguntou-se se os compostos 2- metil pentano e 4 – metil pentano eram iguais e todos responderam corretamente. É importante ressaltar que nas aulas comuns percebia-se a dificuldade dos alunos em enxergar e compreender esse tipo de questão, ou seja, que em alguns compostos orgânicos, como no exemplo acima, eles teriam que imaginar a inversão estrutural de um deles para detectar que se tratavam do mesmo composto. Aliás, muitos questionaram se estariam formando um composto diferente se colocassem a ramificação metil acima da cadeia principal. Dúvidas como estas foram efetivamente eliminadas e discutidas com a ajuda dos próprios compostos orgânicos por eles montados.
Observou-se que na aplicação da aula prática todos os alunos se apresentaram motivados a executar o que foi solicitado, o que ratifica a importância de aulas diferenciadas como esta, para estimular a assimilação dos conteúdos pelos discentes.
Muitos comentários favoráveis a esse tipo de aula foram realizados quando solicitados a opinar, no questionário aplicado, sobre a aula prática. Dentre as várias respostas, destacamos: “gostaria de mais aulas desse tipo, pois ajudaria no meu aprendizado”, “pude compreender melhor a estrutura dos compostos”.
CONCLUSÕES: O trabalho foi bastante relevante no que diz respeito à aprendizagem dos alunos, pois além de proporcionar a eles uma aula diferente puderam aprender brincando, permitindo a aproximação conteúdo – aluno. Foi possível observar uma melhora de resultados após a aplicação do jogo, pois facilitou a fixação do conteúdo pelo fato de ter uma melhor visualização da estrutura. Outro aspecto bastante eficaz observada na realização do trabalho, foi o comprometimento e criatividade dos mesmos.
AGRADECIMENTOS: PIBID/ UFPI/ CAPES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. XII Encontro Nacional de Ensino de Química/ENEQ. Goiânia-GO. 2008.
SOARES, M. H. F. B.; OKUMURA, F.; CAVALHEIRO, T. G. Proposta de um jogo didático para ensino do conceito de equilíbrio químico. Química Nova na Escola, nº 18, p. 13-17, 2003.
ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação. Ciências & Cognição, v. 13, n. 1, p. 72-81, 2008