Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: Ações desenvolvidas para a contextualização da função éster
AUTORES: Teixeira da Silva, T. (IFPI) ; Chaves Santos, M. (IFPI) ; Moreira da Paz, G. (IFPI) ; Rocha Silva, A. (IFPI)
RESUMO: Um dos aspectos mais importante na aprendizagem para os alunos é uma melhor
contextualização dos assuntos que relacione a química com seu cotidiano. Com base
nessa constatação, o presente trabalho teve como objetivo a execução de uma aula
sobre os ésteres com uma contextualização diferente da forma tradicional. Através
de dados do questionário aplicado após a aula obteve-se como resultado uma boa
aceitação da aula pelos alunos, que citaram como um ponto muito importante essa
relação para compreenderem melhor a química.
PALAVRAS CHAVES: Ensino médio; Ésteres; Contextualização
INTRODUÇÃO: Ésteres são importantes compostos orgânicos, obtidos por síntese química,
enzimática ou extraídos de alguns produtos, através da utilização de solventes
adequados. Dentre suas diversas aplicações, os ésteres de cadeia curta têm
destaque como aromatizantes em produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos
(SKORONSKI, et AL. 2013). Conteúdos como nomenclatura e mecanismo de reações
constituem uma das bases para o entendimento da química orgânica, logo os
professores acabam dando ênfase a tais tópicos e esquecem o mais importante para
os alunos que consiste na contextualização da química orgânica com o cotidiano.
Tal contextualização pode ser verificada ao se colocar que os ésteres não são
apenas flavorizantes, mas também podem se encontrar na forma de óleos ou ceras,
dependendo da reação e dos reagentes. Com isso objetivou-se a execução de uma
aula sobre ésteres que além de trazer sua importância industrial, enfatiza sua
utilização no cotidiano através da percepção de suas propriedades organolépticas
(cor, sabor e aroma), de forma que o aluno relacione à química e suas reações
com seu dia a dia.
MATERIAL E MÉTODOS: A aula foi realizada na escola João Clímaco de D´Almeida localizada em Teresina-
Piauí com 45 alunos de duas turmas do 3º ano. A mesma foi dividida em dois
momentos, primeiramente trouxe à importância dos ésteres na história, sua
nomenclatura, sua importância na indústria e as reações de esterificação que
resultam como produto principal um éster específico, isso trazendo em alguns
momentos da aula sempre que necessário à relação com o cotidiano. Num segundo
momento incluiu-se um experimento intitulado “Do que é feito o gelol” que teve
como objetivo sintetizar um éster mostrando a obtenção do mesmo a partir de uma
substância bem conhecida: a aspirina. No experimento ocorre uma reação de
esterificação do ácido acetilsalicílico com etanol produzindo saliciato de
etila, etanoato de etila e água que ao final produzem uma solução com o odor bem
próximo do gelol.
O procedimento do experimento “Do que é feito o gelol” encontra-se disponível no
site portal do professor. O levantamento das informações sobre o conhecimento
dos alunos sobre a função éster e seu cotidiano foi realizado através da
aplicação do questionário após a aula que sucedeu da seguinte forma: 1. Você já
conhecia ou ouviu falar algo sobre a função éster e suas reações?Onde? 2. A aula
trouxe a função éster mais contextualizada de uma forma mais abrangente
relacionando-a com o cotidiano. Você acha importante essa relação? 3. Você sabe
identificar o éster no seu dia a dia? 4. Como você avalia a aula proposta?
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados revelaram que 35% dos alunos não tinham conhecimento da função éster
e suas reações, principalmente relacioná-las com o cotidiano. Apenas 10% dos
alunos reponderam já conhecer ou ter visto algo no livro de química sobre éster e
relacionaram-na apenas como aromatizante. Todos os alunos avaliaram positivamente
a aula proposta, pois a relação e contextualização diferente da aula mencionaram
como algo muito importante para “verem” sentido nos conteúdos de química. Através
das respostas percebeu-se a dificuldade dos alunos de relacionar e enxergar a
química no seu dia a dia e a importância e necessidade de um ensino diferente do
tradicional, com aulas mais dinâmicas e próximas da realidade do aluno.
CONCLUSÕES: A aula proposta teve uma boa aceitação e interesse dos alunos, pois abordou
assuntos vivenciados com o cotidiano o que facilitou entendimento e a compreensão
da função éster e suas reações, e consequentemente o interesse pela química.
AGRADECIMENTOS: Ao PIBID, Capes e IFPI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: SOLOMONS, T. W. G.; FRYHLE, C. B., Química Orgânica, vol. 2, 8º edição. Rio de Janeiro, LTC, 2006;
COSTA, S. T.; ORNELAS, L. D.; GUIMARÃES, C. I. P.; MERÇON, Fabio; Confirmando a esterificação de Fischer por meio dos aromas. Química nova na escola, N° 19, p. 36-38, maio, 2004.
FERREIRA, Selmar S. R. Flavorizantes ésteres. 2004,10p. Tese (semestral em ensino médio)- Instituto de Ciências Exatas e Geociências – ICEG,Passo Fundo,Rio Grande do Sul.
Flavorizantes sintéticos. Disponível em <http://www.infoescola.com/compostosquimicos/flavorizantes/> Acesso em 30 de janeiro de 2013.
Do que e feito o gelol. Disponível em <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/> Acesso em 30 de janeiro de 2013.
SKORONSKI, Everton; JOAO, J. J.; CECHINEL, M. A. P.; FERNANDES, Mylena. Otimização da esterificação de ácido hexanóico com n-butanol empregando lipase (Termomyces lanuginosus) imobilizada em gelatina. Química Nova, 2013, vol.36, n.3, pp. 364-367.