Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: ENSINO SOBRE LIGAÇÕES QUIMICAS ATRAVÉS DO PROCEDIMENTO DE ALISAMENTO CAPILAR
AUTORES: Alves, M.R.C. (IFAL) ; Santos, K.C.H. (IFAL) ; Nascimanto, M.C.M. (IFAL) ; Melo, E.J. (IFAL) ; Freitas, A.J.D. (IFAL) ; Freitas, J.D. (IFAL) ; Oliveira, L.C.F. (IFAL) ; Freitas, M.L. (IFAL) ; Freitas, J.D. (IFAL)
RESUMO: Este trabalho foi realizado pelo 6º período do curso de Licenciatura em Química
numa proposta da disciplina de Projetos Integradores no Ensino de Química VI do
IFAL. Teve por objetivo desenvolver novos experimentos como proposta metodológica,
bem como proporcionar aos alunos do ensino médio o conhecimento acerca do conteúdo
de ligações químicas através do procedimento de alisamento capilar que aborda a
quebra das ligações de dissulfeto presentes na fibra do cbelo. A proposta foi
aplicada com alunos do 2º ano do ensino médio de uma escola pública do município
de Maceió- AL. A partir da aplicação do experimento conseguiu-se estimular os
alunos ao estudo da química, abordando-se a relação teoria e prática no processo
de ensino-aprendizagem.
PALAVRAS CHAVES: Alisamento; Ensino; Ligações Químicas
INTRODUÇÃO: As mulheres vêm buscando diferentes formas de mudar a aparência de seus cabelos,
pois, “este componente da imagem pessoal molda e valoriza o rosto, demonstra a
personalidade do indivíduo e quando bem cuidado e tratado aumenta a autoestima”
(ARALDI; GUTERRES, 2005).
Entre as técnicas utilizadas nos salões, existe o famoso alisamento, podendo
este ser realizado com diferentes produtos químicos que coexistem com a mesma
finalidade – quebra das ligações dissulfeto dos fios. O procedimento químico
referido vem sendo realizado pelas mulheres há décadas.
A partir da década de 50, começaram a serem usados os primeiros alisadores
químicos, feitos a partir de soda cáustica (hidróxido de sódio). Nesse período e
durante muito tempo, havia quem passasse os cabelos a ferro, literalmente,
entortando o pescoço na tábua de passar roupas. Nos anos 1980, foram criados
vários produtos para amenizar os efeitos danosos causados por processos de
alisamento, muitos deles à base de queratina. Os salões passaram a oferecer a
técnica de relaxamento – que ganharia mais força nos anos 1990. Os produtos
(a maioria deles eram importados) tinham formulações mais suaves e
proporcionavam aspecto mais natural (FRANQUILINO, 2009).
O contexto deste procedimento estético está diretamente relacionado ao
ensino de química, pois o que explica o alisamento é a quebra das ligações de
dissulfeto presentes na fibra capilar. Logo, a prática experimental funciona
como um recurso didático de extrema relevância para o processo de aprendizagem
dos alunos.
Para o ensino de química contemporâneo busca-se que os profissionais da
educação tenham preocupação em trabalhar os conteúdos com os fatos cotidianos
vivenciados para se alcance uma aprendizagem significativa.
MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho foi realizado na Escola Estadual Afrânio Lages no município de
Maceió- Alagoas, com alunos do 2º ano do ensino médio. Para o desenvolvimento da
prática utilizou-se os seguintes materiais: cremes alisantes, pincel para
aplicação do produto, recipiente para preparo e luvas. Após preparação de todo
material, os alunos realizaram diferentes técnicas de alisamento capilar. Nos
testes realizados estudou-se a consequência de serem utilizados produtos
diferentes, tempo de exposição aos diferentes produtos e o uso da loção ativadora.
Como avaliação da atividade, foram aplicados dois questionários, um antes e outro
depois da realização do experimento, para verificar se houve aprendizagem
significativa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As dificuldades de aprendizagem são por vezes agravantes e é desta forma
inserindo a aula experimental ao cotidiano da escola que irá ajudar aos alunos a
entender e visualizar a química no seu dia a dia.
A partir da análise dos questionários aplicados foi possível
identificar o perfil dos alunos, bem como o nível de aprendizagem sobre o
assunto abordado após a realização do experimento.
Comprovou-se através da prática, que além da quebra das ligações de
dissulfeto, para se alcançar a forma lisa dos fios é necessário utilizar uma
tração mecânica, como a de um secador ou de uma chapinha para dá a forma lisa ao
cabelo (KOHLER, 2011).
Averiguou-se através da atividade realizada que os alunos conseguiram
superar as expectativas, conseguindo adquirir conhecimentos a respeito das
ligações químicas.
CONCLUSÕES: Através do desenvolvimento e aplicação da atividade experimental, percebeu-se a
eficácia da relação teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem.
Faz-se necessário que os profissionais que trabalham com o ensino de
química percebam a necessidade de explicar os conteúdos químicos através dos fatos
vivenciados pelos alunos em seu cotidiano.
Enfim, precisamos repensar sobre as metodologias de ensino que vem sendo
trabalhadas para que a aprendizagem de nossos alunos venha a ser concretizada.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ARALDI, J.; GUTERRES, S.S. Tinturas capilares: existe risco de câncer relacionado à utilização desses produtos? Infarma, Brasília, v.17, n.7/9, p.78-83, 2005.
FRANQUINILO, E. Cabelos através dos tempos. Revista de Negócios da Indústria da Beleza, n. 11, p. 6-11, 2009.
KOHLER, R, C, O. A química da estética capilar como temática no ensino de química e na capacitação dos profissionais da beleza. Dissertação de Mestrado. Santa Maria, 2011.