Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: UMA PROPOSTA DE ENSINO, CONSTATAÇÃO DO HCl ATRAVÉS DA DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA DO PVC.
AUTORES: Silva Sousa, M. (CESC-UEMA) ; Ferreira Soares, A.C. (CESC-UEMA) ; Brito Teixeira, F. (CESC-UEMA) ; Mendes Nunes, P. (UEMA/IFMA)
RESUMO: Este trabalho trata de uma demonstração experimental que ilustra a natureza ácida
dos produtos como canos de PVC, no intuito de trabalhar conceitos importantes nas
áreas de química geral e mesmo de química ambiental, a partir de materiais
simples, além de demonstrar aspectos conceituais, suas características, método de
fabricação, e detecção do ácido clorídrico presente no PVC através de sua
decomposição térmica, bem como discutir a importância da queima inadequada do PVC
em ambientes abertos.
PALAVRAS CHAVES: Decomposição; Cloro; PVC
INTRODUÇÃO: O Cloreto de Polivinil, comumente chamado pela sigla PVC, é um dos plásticos
mais utilizados no mundo, sendo utilizado em uma ampla variedade de aplicações.
O PVC é composto de duas matérias-primas básicas: etileno e cloro. O cloro
aparece com 57% do peso, sendo obtido do sal comum ou de cozinha (NaCl) pelo
processo de eletrólise, e o etileno com 43%, vindo do craqueamento do petróleo.
O PVC é um polímero termoplástico pertencente à família do etileno, na qual
predomina uma cadeia de átomos de carbono(C) que pode ter vários tipos de átomos
ligados a ela. No caso do PVC, átomos de cloro(Cl) substituem alguns átomos de
hidrogênio(H). A presença do cloro na cadeia do polímero torna o PVC um dos
termoplásticos mais conhecidos e versáteis. É o responsável pelo caráter natural
anti-chama e auto-extinguível pelas inúmeras formas e propriedades do PVC.
Devido à instabilidade da ligação carbono-cloro na cadeia, o polímero é sensível
à temperaturas acima de 700ºC e à luz ultravioleta. Ele é compatível com
diversos aditivos que, dependendo das quantidades empregadas, podem modificar
completamente as características dos produtos finais, obtendo-se produtos
transparentes ou opacos, rígidos ou flexíveis, etc. É quimicamente inerte: não é
afetado por ácidos, bases, soluções aquosas e mesmo fortes agentes oxidantes têm
fraca ação sobre o material (Renato R. Wang, et.al 992906-1).
MATERIAL E MÉTODOS: Para a realização do experimento foi utilizado tubo de encanamento de PVC,
almofariz, bico de bunsen, tela de amianto, tripé, béquer e nitrato de
prata. Preparou-se uma solução de nitrato de prata 0,1N, em seguida foi feito a
raspagem do tudo, na qual foi posto no almofariz para um processo de decomposição
térmica do PVC para detecção do cloro presente no mesmo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: No processo de decomposição do PVC é possível observar um vapor sendo liberado,
onde este foi captado com um auxiliou de um béquer na qual ficou retido nas
paredes. Logo em seguida da captura do vapor foi adicionado solução de nitrato de
prata, onde pode-se observar a formação de um precipitado branco de cloreto de
prata, confirmando a presença de cloro presente no PVC. É interessante ressaltar
que o PVC é um material instável em relação ao calor e à luz, e que degrada a
temperaturas relativamente baixas, com liberação de ácido clorídrico (HCl)
(Marconato J. C., e Franchetti S. M. M. et.al 2001).
CONCLUSÕES: De acordo com os resultados obtidos, observou-se a formação de cloreto de prata,
na qual se pode demonstrar de uma forma alternativa que existi ácido clorídrico no
PVC. Esta demonstração experimental pode ser aplicada em sala de aula para o
ensino de química, com alguns enfoques como; introdução ao estudo de polímeros,
aspectos de equilíbrio ácido-base (indicador ácido-base, conceito de pH, reações),
aspectos de degradação do PET pelo PVC, durante a reciclagem, bem como o destino
de seu descarte e dos problemas ambientais causados pelo processo de incineração.
AGRADECIMENTOS: Ao professor Péricles Mendes Nunes, e ao CESC-UEMA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Renato R. Wang,992906-1Cloreto de Polivinil – PVC. José Carlos Marconato e Sandra Mara M. Franchetti.Decomposição térmica do PVC e detecção do HCL utilizando um indicador ácido-base natural, Química Nova na Escola,n°14 novembro 2011. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc14/v14a09.pdf.