11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: A CONSCIENTIZAÇÃO ECOLÓGICA NO CONSUMO DE MATERIAIS POLIMÉRICOS, PELA SUBSTITUIÇÃO DESTES POR MATERIAIS TRADICIONAIS.

AUTORES: Almeida, L. (UESPI) ; Gomes, M. (UESPI) ; Souza, G. (UESPI)

RESUMO: O presente trabalho tem por finalidade abordar a conscientização ecológica no consumo de materiais poliméricos, pela substituição destes materiais por materiais tradicionais. A pesquisa foi aplicada com discentes do curso de Licenciatura Plena em Química, da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, tendo como parâmetro, identificar os polímeros plásticos mais consumidos pelos discentes nos seus domicílios e a troca destes termoplásticos por materiais de vidro, cerâmica, madeira ou metal. Neste contexto o mesmo mostrou-se útil na prática de cada ação, por se fazer necessário diminuir o consumo de materiais poliméricos.

PALAVRAS CHAVES: Conscientização; Consumo; Materiais Poliméricos

INTRODUÇÃO: Materiais de todos os tipos fazem parte do cotidiano das pessoas, estando inseridos em nossa cultura e presentes nos mais diversos momentos da vida. Eles têm estado tão intimamente relacionados com a emergência e ascensão do homem que acabaram por dar nome às categorias históricas de desenvolvimento da civilização, como a Idade da Pedra, do bronze, do Ferro e, atualmente, a Idade ou Era dos Plásticos (VAN VALCK, 1984). Devido à grande demanda existente e à incorporação do plástico na vida cotidiana, gera-se um excessivo volume de resíduos poliméricos, o que causa sérios problemas ao meio ambiente, justamente por estes possuírem propriedades físico-químicas e alta resistência à decomposição, permanecendo em condições normais no meio ambiente por mais de 500 anos para se degradar. (MOTOOKA; GIROTO; LOURENÇO, 2011). Os polímeros têm como principais características: a capacidade de substituírem metais, cerâmicas, vidro, madeira em diversas aplicações, sendo que a sociedade atual já não é capaz de subsistir sem a utilização dos polímeros (termoplásticos). (PITT; BOING; BARROS, 2011). Tendo em vista este paradigma, o trabalho tem como objetivo principal diagnosticar de forma quantitativa, os percentuais de consumo dos polímeros termoplásticos e substitui-los por materiais tradicionais, a fim de diminuir o impacto ambiental.

MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi iniciada com um levantamento bibliográfico e uma abordagem exploratória em que se buscou o aprimoramento das ideias, proporcionando a familiaridade com o problema. A execução da pesquisa fez-se através de um questionário com perguntas fechadas e de múltipla escolha, sendo o público-alvo os discentes do curso de Licenciatura Plena em Química, da Universidade Estadual do Piauí. Estando envolvidos apenas 50% dos alunos de cada período, o que equivale a um somatório de 87 alunos. Em seguida analisou-se os dados obtidos do questionário aplicado, o que possibilitou identificar os materiais mais consumidos, ficando a cargo de gráficos a demonstração estatística do consumo de materiais e o nível de consciência ambiental no período acadêmico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O gráfico 1, apresenta os dados obtidos no questionário aplicado aos discentes, mostrando a porcentagem dos termoplásticos mais consumidos. Gráfico 1. Apresentação do consumo dos polímeros termoplásticos mais usados pelos discentes. A partir dos dados apresentados no gráfico 1, pode-se observar que dentre todos os termoplásticos mais consumidos pelo corpo discente, o Polietileno teve maior destaque, devido ser barato e estar mais presente nas embalagens, e o menos consumido é o Policloreto de vinila, este por sua vez, presentes em calçados, bolsas imitando couro e outros. Dado preocupante, pois o polietileno estar cada vez mais presente no cotidiano é o que mostra a pesquisa, dificultando assim não utilizá-los, o que proporciona um aumento quanto à quantidade de lixo polimérico produzido. O gráfico 2 apresenta uma visão geral de cada período dos alunos entrevistados, revelando que o 1º, 2º, 4º, 5º e 7º período, substituiriam os termoplásticos por materiais tradicionais, demonstrando assim um nível razoável da visão ecológica, sendo a representatividade destes, significativa. Já o 3º e 8º período, não haveria substituição por materiais tradicionais, ficando explicita, dessa forma a satisfação com o progresso cientifico e tecnológico dos polímeros, e mostrando seu total descompromisso com o impacto ambiental. Gráfico 2. Posição quanto à substituição ou não dos polímeros termoplásticos pelos materiais tradicionais.

Gráfico 1

Apresentação do consumo dos polímeros termoplásticos mais usados pelos discentes.

Gráfico 2

Posição quanto à substituição ou não dos polímeros termoplásticos pelos materiais tradicionais.

CONCLUSÕES: A análise dos dados do questionário aplicado demonstrou que a consciência ecológica e a substituição de materiais poliméricos ainda não e ideal. Portanto deve-se incentivar a implantação e a prática da educação ambiental dentro da própria universidade, intensificando a disciplina de Química Ambiental para que sejam formados cidadãos conscientes e responsáveis de sua tarefa ambiental frente à sociedade.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: MOTOOKA, I.K.; GIROTO, F.L.M.; Lourenço, V.M. A concepção dos universitários do município de Penápolis/SP em relação ao manejo de resíduos sólidos domiciliares e os impactos gerados pelo descarte inadequado. 2011.

PITT , D .F.; BOING, D.; BARROS, C. A. A. Desenvolvimento histórico, científico e tecnológico de polímeros sintéticos e de fontes renováveis. Revista da Unifeb.n. 9. 2011.
VAN VLACK, Lawrence. Princípios de ciências e tecnologia dos materiais. Tradução de Edson Monteiro. 22 impr. Rio de Janeiro: [s. n.], 1984.