11º Simpósio Brasileiro de Educação Química
Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7

TÍTULO: PROGRAMA PET QUÍMICA: ESTUDO, DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE METODOLOGIAS DE ENSINO DE QUÍMICA VOLTADAS PARA O ENSINO MÉDIO REFERENTES AO CONTEÚDO FUNÇÕES INORGÂNICAS

AUTORES: Silva Costa, A.M. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ) ; da Luz Júnior, G.E. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ)

RESUMO: O referente trabalho visa à aplicação de metodologias alternativas para o ensino do conteúdo Funções Inorgânicas. No decorrer do ano de 2012, foram realizadas atividades com intuito de facilitar a compreensão de tópicos, por vezes, mnemônicos. Foram desenvolvidas atividades com experimentos químicos, jogo didático e software, onde se propôs duas aulas de tópicos diferentes do conteúdo em questão: Introdução às Funções Inorgânicas e Nomenclatura dos Compostos Inorgânicos. Foram ministradas quatro aulas dos mesmos tópicos aos alunos da rede pública estadual de ensino, e graduandos da UESPI, sendo que duas fossem metodologias alternativas e as outras duas referentes às aulas tradicionais. Bem como foram realizadas feiras de ciências no pátio da UESPI e escolas públicas estaduais da capital.

PALAVRAS CHAVES: Ensino de Química.; Metodologia Alternativa.; Interação discente.

INTRODUÇÃO: O PET (Programa de Educação Tutorial) tem como objetivo desenvolvimento e aplicação de metodologias alternativas de ensino pelos alunos participantes da UESPI (Universidade Estadual do Piauí). Neste ano de 2012 foram escolhidas metodologias alternativas sendo: aulas com experimentos de baixo custo, jogo didático e software.O conteúdo proposto para as aplicações metodológicas, referente a este artigo, são as Funções Inorgânicas. Neste ano buscou-se aplicar, além das aulas, o desenvolvimento de feiras de ciências tanto na Universidade estadual do Piauí, como nas escolas públicas da capital adequando tais métodos de ensino. Neste sentido, procurou-se verificar através das aplicações dos experimentos químicos, jogo didático e software, a eficácia destas metodologias no aprendizado dos alunos de Nível Médio, bem como de futuros professores, os graduandos da UESPI. É notório o deslumbramento provocado nos alunos através das aulas práticas. Temos observado que quanto mais simples e conceitual é o experimento ou protótipo, tanto mais instrutivo e atraente ele se torna (VALADARES, 2001). E mesmo sendo dominante o ensino tradicional de ciências, da escola primária aos cursos de graduação, tem se mostrado pouco eficaz, seja do ponto de vista dos professores e estudantes, quando das expectativas da sociedade, se estendendo a outras áreas de conhecimento (BORGES, 2002). O objetivo deste trabalho é mostrar que metodologia alternativa de ensino pode ser eficaz na medida em que se englobe uma série de fatores: é necessário que os professores tentem sair da esfera tradicional de ensino, se interessem na busca de aprimoramento para suas aulas e tenha acima de tudo, compromisso.

MATERIAL E MÉTODOS: A primeira atividade proposta aos integrantes do PET foi a feira de ciências na UESPI, relacionando experimentos de baixo custo. Os experimentos foram desde a introdução às Funções Inorgânicas até Reações Químicas, sendo estes: Experimento da pilha para explicar a condutividade elétrica das soluções aquosas e, por conseguinte, a diferenciação de dissociação e ionização; Indicador ácido-base, com extrato de repolho roxo; Produção de gás carbônico: (extintor de incêndio). A segunda atividade consistiu na aplicação de experimento e jogo didático no segundo bloco de Química da UESPI:foram aplicadas duas metodologias alternativas: um experimento relacionado à introdução das funções inorgânicas e um jogo didático relacionado ao tópico nomenclatura dos compostos inorgânicos. Foram realizadas duas aulas práticas, onde numa aula aplicou-se o experimento e na outra o jogo didático. Feira de ciências na Escola Estadual Helvídio Nunes e Gabriel Ferreira: Os experimentos apresentados com relação ao conteúdo Funções Inorgânicas foram: indicador ácido-base, utilizando o repolho roxo e alguns indicadores de laboratório, reação água oxigenada com permanganato de potássio, uma reação que produziu oxigênio e manteve a chama de vela acesa por um tempo maior dentro de um recipiente fechado, e outros, posterior verificação dos resultados com aplicação de questionário nas turmas. Aplicações de aulas experimentais, com software e jogo didático na Escola Estadual Helena Aquino: foram aplicadas quatro aulas (duas tradicionais e duas práticas) em duas turmas de primeiro ano da escola, 1°A e 1ºB. Feira de ciências na UESPI para alunos do curso de Agronomia em Altos, Piauí: os experimentos relacionados ao conteúdo em questão foram: Sangue do diabo, Indicadores ácido-base, Química do refrigerante.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Resultado referente à 1ª Feira de ciências na UESPI (Universidade estadual do Piauí): A principal proposta da feira foi apresentar técnicas na exposição das experiências, e estas seriam repetidas nas escolas públicas da capital do estado do Piauí. O número de visitantes foi significativo, pois houve interesse dos futuros discentes nesta nova modalidade de ensino. Resultado referente à aplicação de experimento e jogo didático no segundo bloco de Química da UESPI: De acordo com o questionário aplicado, no universo de 21 alunos entrevistados, 19 conseguiram acertar todas as questões (90,47%) e 2 alunos (9,53%) se confundiram no que tange às explicações sobre se a água é ou não condutora de corrente elétrica. Com relação ao jogo didático que se referia à nomenclatura dos compostos inorgânicos, houve uma excelente aceitação pelos grupos. Forma, portanto 100% de acerto na formação dos nomes. Resultado referente à feira de ciências na escola estadual Helvídio Nunes: Conforme o resultado do questionário aplicado no primeiro ano A e B da referida escola, 15 alunos da turma A (75%) e 13 alunos (65%) da turma B, souberam responder corretamente as questões (1ª, 4ª, 5ª), e 5 alunos da turma A que corresponde a (25%), não souberam responder e encontrar as respostas com o que foi explicado na feira e 7 alunos da turma B, correspondendo a (35%), também se confundiram nas explicações. Resultado referente à aplicação de aula experimental e jogo didático na Escola Estadual Helena Aquino: foi animador, pois dos quatro grupos formados, três conseguiram montar as fórmulas e nomear os compostos sem a ajuda do professor. Resultado referente à 2ª feira de ciências na UESPI para alunos do curso de Agronomia em Altos: Os alunos tiveram bastante atenção nos experimentos e sempre indagavam algo.

FEIRA DE CIÊNCIAS NA ESCOLA ESTADUAL HELVÍDIO NUNES

Resultado referente ao questionário aplicado na Escola Estadual Helvídio Nunes relacionado a feira de ciências no pátio.

CONCLUSÕES: Os trabalhos desenvolvidos pelo PET, neste ano de 2012, desde as feiras de ciências nas escolas públicas até as aulas com metodologias alternativas, promoveram um aprendizado eficaz e o despertar da curiosidade dos alunos no processo de aprendizagem. Este trabalho constitui-se um recurso não muito fácil, pois tem que se inserir de inicio nas universidades públicas para a formação diferenciada dos professores de hoje. As metodologias alternativas podem ser eficazes para compreensão de conteúdos se a tríade (Universidade, Pesquisa e Extensão)for trabalhada com afinco pelas IES de todo Brasil.

AGRADECIMENTOS: Ao PET-Química que proporciona aos graduandos a chance de serem melhores professores no futuro com suas técnicas de ensino, a Deus e a meus pais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: VALADARES, E. de C. Propostas de experimentos de baixo custo centradas no aluno e na comunidade. Revista Química Nova na Escola. Nº 13, p-38, 2001. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc13/v13a08.pdf> Acesso em 18/08/2012.

VALADARES, E.C. Ciência e diversão. Ciência Hoje das Crianças, n. 97, p. 23, nov 1999.

VALADARES, E.C. Física mais que divertida. Inventos eletrizantes baseados em materiais reciclados e de baixo custo. Belo Horizonte: Ed. da UFMG, 2000. Disponível em: <http://www.fisica.ufmg.br/divertida>. Acesso: 22/08/2012.

BORGES, A.T. Novos rumos para o laboratório escolar de ciências. Cad. Brás, Ens., Fís., N.3: p. 291-313. 2002. Disponível em: <http:// www.fsc.ufsc.br/cbef/port/19-3/artpdf/a1.pdf.> Acesso: 22/08/2012.