Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: ENSINO DE QUÍMICA PARA DEFICIENTES VISUAIS: UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
AUTORES: de Medeiros Silva, D. (IFRN) ; da Silva Santos, J. (IFRN) ; Costa da Silva, A.F. (IFRN) ; Jose Gomes Cruz, P. (IFRN) ; Marques Silva, K. (IFRN) ; Felipe de Souza Alves, D. (IFRN)
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo descrever através de uma revisão literária da bibliografia especializada a inclusão e interação no ambiente escolar de como o ensino de Química está sendo direcionado para os alunos com deficiência visual. Observou-se que para promover a inclusão de deficientes é necessária uma mudança de postura por parte de todos que compõe o âmbito escolar e de um olhar sobre a deficiência, ou seja, o professor precisa de apoio para se atualizar e se adaptar as novas formas de trabalho, para que ofereçam um ensino com qualidade. O desenvolvimento dessa pesquisa envolveu a investigação através de levantamentos de documentos oficiais relacionados aos deficientes visuais e artigos que enfatiza e abrange de como trabalhar no âmbito escolar com alunos deficientes visuais.
PALAVRAS CHAVES: inclusão; ensino de Química; deficientes visuais
INTRODUÇÃO: O ensino de Química está sendo bastante debatido por vários estudiosos, principalmente quando esse ensino está voltado para os indivíduos deficientes visuais. Vale salientar que os conteúdos químicos quando são contextualizados com o cotidiano do aluno, se tornam de fácil compreensão. Segundo Beyer (2005), o Ensino de Química, em geral, deve favorecer a construção de conhecimentos que facilitem a compreensão de diversas informações do cotidiano, a qual todos estão em contato. O educador quando usa sua criatividade e busca favorecer o ensino da química para seus alunos, valorizando os símbolos e formas, ele proporciona um aprendizado significativo.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999) nos lembram que: “(...) os conhecimentos difundidos no ensino de Química permitem a construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada, contribuindo para que o indivíduo se veja como participante de um mundo em constante transformação”.
Nesse contexto, os conteúdos de Química não podem simplesmente serem lecionados de forma teórica, mas sim fazer com que os conteúdos químicos busquem uma formação do aluno como um cidadão, capaz de refletir e questionar os fenômenos que ocorrem a sua volta.
Para efetivar a educação inclusiva nas escolas, essas escolas devem passar por uma reestruturação no auxílio à vida escolar dos alunos e também oferecer meios para que os educadores possam se capacitar para poderem se comunicar com seus alunos deficientes visuais.
Para promover a inclusão de deficientes é necessário uma mudança de postura e de um olhar sobre a deficiência. Este trabalho tem como objetivo descrever, através de uma revisão literária da bibliografia especializada, como os conteúdos Químicos estão sendo direcionado para os alunos com deficiência visual.
MATERIAL E MÉTODOS: O desenvolvimento dessa pesquisa envolve a investigação através de levantamentos de documentos oficiais relacionados aos deficientes visuais e uma observação bibliográfica em artigos que enfatizam e abrangem o trabalhar no âmbito escolar com alunos deficientes visuais. Foram escolhidos 05 (cinco) artigos e 04 (quatro) documentos do Ministério da Educação e documentos do MEC que discuti sobre o tema debatido no presente estudo, todos eles foram utilizados para enriquecer esse trabalho. Após a leitura minuciosamente dos mesmos obteve-se um conhecimento para debater o tema trabalhado na analise.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A formação continuada do professor deve ser um compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com sua qualidade, devendo assegurar que sejam aptos a elaborar e a implantar novas propostas e práticas de ensino para responder as características de seus alunos. Quando o docente planeja uma aula de Química, em que envolva a solicitação dos estudantes, logo vem os modelos atômicos, fórmulas e principalmente aulas laboratoriais, ou seja, métodos que façam com que os conteúdos químicos se tornem atrativos para a compreensão da disciplina. Só que tudo isso tem que ser pensado e avaliado, quando se trata de alunos com deficiência visual, ou seja, as aulas tem que ser elaboradas de maneiras diferentes, utilizando recursos dos quais serão fundamentais para a compreensão do conteúdo. Em termos teóricos devemos recorrer ao sistema Braille, utilizando-se principalmente da grafia Braille, para que essa ferramenta seja facilitadora para os alunos com deficiência visual.
Um recurso bastante interessante para trabalhar com alunos com deficiências são os matérias de baixo custo, ou seja, palitos, canudos, bola de isopor, pedaços de madeira, EVA, bexigas, dentre outros que possibilitam as reproduções de modelos atômicos, diagrama de Pauling, átomos e moléculas, tipos de ligações e outros. Alguns exemplos de como trabalhar com esses tipos de matérias podem ser observados nas figuras (01 e 02).
Outra estratégia direcionada a inclusão em sala de aula, são os trabalhos em grupos, em que o aluno com deficiência visual pode confrontar dados, fazer cálculos, enquanto seu colega se encarrega de tarefas onde ele não pode colaborar. Isso faz com que o aluno especial se sinta inserido e acolhido.
Figura 01: Mostrando Estruturas Moleculares com materiais de baixo cus
Fonte:http://www.anglosaojose.com.br/anglinho/admin/arquivos/mídia
Figura 02: Nuvens eletrônicas com materiais de baixo custo.
Fonte:http://www.anglosaojose.com.br/anglinho/admin/arquivos/mídia
CONCLUSÕES: Pode-se concluir que a inclusão escolar é um processo necessário na vida dos portadores de necessidades especiais. A realidade escolar que o aluno deficiente visual enfrenta ainda não está adequada para promover sua inclusão. Cabe também ressaltar que a Química não é um empecilho para o ensino, principalmente quando esse ensino está voltado a educar indivíduos com deficiência visual.A formação continuada dos professores para atuarem com esses alunos é de grande importância, pois o docente precisa estar sempre se atualizando nas novas formas de trabalho para atenderem a esses alunos.
AGRADECIMENTOS: Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade e a CAPES por fazer parte do PIBID em que, o mesmo possibilitou a produção do referente artigo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BEYER, H. O. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Meditação, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio: bases legais. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1999.