Realizado em Teresina/PI, de 28 a 30 de Julho de 2013.
ISBN: 978-85-85905-05-7
TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO ENSINO DE QUÍMICA
AUTORES: Sousa, J.G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Matos Lopes, J. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Veras de Araújo, N. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Ferreira dos Santos, F.G. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ) ; Sales da Silva, D. (UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ)
RESUMO: É possível perceber que os alunos não se interessam pelo ensino de química
rotulando-a como entediante. Com base nisso, percebe-se a necessidade de novos
métodos de ensino, onde os jogos ganham espaço. Os jogos caracterizam uma forma
do
professor complementar seus recursos educativos. A finalidade desse trabalho é
demonstrar como as atividades lúdicas podem ajudar no ensino de Química. A
metodologia utilizada foi aplicada na Escola de E.F.M Sinhá Sabóia, em Sobral –
Ceará, na turma do subprojeto PIBID com 35 alunos. Foram utilizados jogos como
caça-palavras, baralho atômico e combinação de pares. Com o uso dos jogos os
alunos tornaram-se mais participativos, e por consequência, o aprendizado foi se
tornando mais significativo.
PALAVRAS CHAVES: Jogos; PIBID; ensino de química
INTRODUÇÃO: Mesmo com o avanço científico o ensino de química ainda é realizado de modo
tradicional, o conteúdo é desvinculado da realidade vivida pelos alunos. Com
base nisso, é nítida a necessidade de métodos alternativos de ensino, onde os
jogos ganham espaço (SANTANA, 2007).
Os jogos são caracterizados como um tipo de recurso didático educativo que podem
ser utilizados em momentos distintos como na apresentação de um conteúdo,
ilustração de aspectos relevantes ao conteúdo, avaliação de conteúdos já
desenvolvidos e como revisão ou síntese de conceitos importantes (CUNHA, 2004).
A aplicação dos jogos tem como objetivos proporcionar um ensino de química de
maneira prazerosa, incentivar a participação dos alunos nas aulas e proporcionar
maior aproximação de professor/aluno.
MATERIAL E MÉTODOS: Para investigar o potencial do uso dos jogos no ensino de química, eles foram
aplicados na Escola de Ensino Fundamental e Médio Sinhá Sabóia, em Sobral –
Ceará, pela turma do subprojeto PIBID (Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência), durante três meses no turno vespertino com cerca de 35
alunos do 9º ano do ensino fundamental à 3º ano do ensino médio.
Na pesquisa realizada, os jogos foram usados como atividades que complementam o
ensino. Nesta perspectiva, no início de cada aula um jogo foi realizado com uma
revisão da aula anterior.
Para explicar de maneira significativa foram utilizados jogos como caça -
palavra para revisão dos conceitos estequiométricos. Os estudantes associaram as
definições explicadas com as palavras que foram encontradas por eles no caça –
palavras.
Foi aplicado um jogo de combinação de pares para explicar as reações em solução
aquosa. Na combinação de pares usaram-se cartas com ilustrações de cada reação
que ocorre em solução aquosa e cartas com suas respectivas definições. O
objetivo era combinar ilustração e definição. Também se utilizou um jogo chamado
baralho atômico(VASCONCELOS, 2010) para explicar a evolução dos modelos
atômicos. Foram escritas em folhas de papel oficio as características referentes
a cada modelo atômico, cientistas e suas descobertas. Foi confeccionado um total
de 210 cartas, divididas em dois baralhos, (15 cartas de cada cientista; 15
cartas com características gerais de cada modelo atômico; 15 cartas com o nome
de cada modelo atômico; 30 cartas sem valor). O objetivo desse jogo era combinar
cientista – nome do modelo – característica.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com o uso dos jogos lúdicos houve uma maior participação e interesse dos alunos
pelos assuntos abordados. Quase 100% da turma participaram do jogo sem nenhuma
insistência por parte dos professores. Os alunos demonstravam aprendizagem de
forma prazerosa e isso os tornava motivados a virem às aulas seguintes. Sendo
assim, a cada aula era possível notar o engajamento entre professor-aluno-
conteúdo. Isso além de contribuir no ensino aumentou a frequência e atraiu novos
jovens ao subprojeto PIBID.
Para que esta metodologia de ensino tivesse eficácia significativa, foi
necessária a busca do interesse e curiosidade dos alunos, estes que fazem parte
do mecanismo de aprendizagem. Também se deve mencionar que é aconselhável uma
pesquisa prévia, dentre esta pesquisa deve haver alguns fatores importantes,
como por exemplo, quais os tipos de jogos que os alunos gostam de jogar no
determinado ambiente onde convivem, e com isso pode-se adaptar o jogo ao
conteúdo proposto. Deve-se pesquisar também, se os alunos são ativos ou não,
entre outros que o professor achar necessário.
O uso dos jogos facilita o processo de ensino-aprendizagem devido à descontração
que proporciona. O aluno vê a disciplina como algo divertido. Ele quer
participar e brincar, e sem perceber acaba aprendendo, usando conhecimentos
prévios para resolver conflitos e contradições do jogo, proporcionando a
aquisição de novos conhecimentos ao criar estratégias para resolvê-los. Assim, o
aluno vai se interessando pela química, pois o desinteresse acontece a partir do
momento que o aluno não entende o conteúdo e já rotula a disciplina como
entediante, mas quando a metodologia de ensino é eficaz e o aluno consegue
compreender a disciplina ele já vem interessado a aprender.
CONCLUSÕES: Na perspectiva de ensino, foi nítido que o uso dos jogos chama a atenção do aluno.
Eles fazem com que os alunos se divirtam e ao mesmo tempo tenha uma maior
compreensão do conteúdo, isso sem aquela pressão de ter que aprender.
O fato de aprenderem e se divertirem ao mesmo tempo contribuem para que eles mudem
aquele preconceito em relação às disciplinas exatas. Com este método o professor
torna-se responsável por criar conhecimentos prévios, enquanto o aluno exerce um
papel ativo no processo de ensino-aprendizagem.
AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo
Brasileiro voltada para a formação de recursos humanos e UVA.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: SANTANA, E. M. de. A Influência de Atividades Lúdicas na Aprendizagem de Conceitos Químicos, 2007.
CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. Eneq 028- 2004.
VASCONCELOS, E. S. Baralho Atômico – Atividade Lúdica para Ensino da Evolução dos Modelos Atômicos, 8º Simpósio Brasileiro de Educação Química (SIMPEQUI), 2010.