TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE UMA OFICINA SOBRE CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA, A PARTIR DE UMA PROPOSTA INOVADORA DE PROJETOS INTEGRADORES

AUTORES: Batinga Rodrigues dos Santos, E. (IFAL) ; Vieira Souza Custodio dos Santos, W. (IFAL) ; Marinho de Azevedo, E. (IFAL) ; Lúcia de Lima Santos, S. (IFAL) ; Flávia Freitas, A. (IFAL) ; Lima, D. (IFAL) ; Vicente Ferreira, J. (IFAL)

RESUMO: O presente trabalho sobre a constituição da matéria foi desenvolvido na disciplina de Projetos Integradores III do Curso de Licenciatura em Química, com os alunos da Escola Estadual José Maria Correia das Neves, localizado no município de Maceió/ Alagoas, aprimorando, assim o conhecimento científico de alunos do 1º ano do Ensino Médio e enriquecendo nosso aprendizado como futuros professores de Química. A metodologia foi baseada na realização de uma oficina, unindo a teoria com a prática, apoiando-se em materiais comuns no dia-a-dia dos estudantes. Os alunos mostraram-se bastante receptivos e envolvidos na atividade proposta, e podemos perceber a aprendizagem da Química enquanto ciência e de sua importância para estes estudantes do ensino médio.

PALAVRAS CHAVES: Ensino.; Projetos Integradores.; Química.

INTRODUÇÃO: O quadro que a escola pública apresenta em relação às aulas ministradas pelo professor de química é desanimador. Reconhece-se que é preciso reformular o ensino de química nas escolas, visto que as atividades experimentais são capazes de proporcionar um melhor conhecimento ao aluno, por isso, as reflexões deste trabalho visam abranger a importância da atividade experimental no ensino de química (AMARAL, 1996). Como se sabe, tem havido uma grande discussão sobre como tornar as aulas cada vez mais atrativas para os alunos dentro de uma sala de aula. Mesmo para nós estudantes de licenciatura em química essas discussões nos levam ao mesmo entendimento. A necessidade de se ter aulas práticas para facilitar o entendimento dos assuntos ministrados. O grande desinteresse dos alunos pelo estudo da química se deve, em geral, a falta de atividades experimentais que possam relacionar a teoria e a prática. Os profissionais de ensino, por sua vez, afirmam que este problema é devido à falta de laboratório ou de equipamentos que permitam a realização de aulas práticas (QUEIROZ, 2004). Este trabalho foi uma proposta da disciplina Projetos integradores III, objetivando um momento interdisciplinar e nos propiciando uma interessante aprendizagem e contato com estudantes do nível médio, que é nossa meta-alvo no futuro. O nosso maior receio era quanto à receptividade dos alunos e se eles realmente se mostrariam interessados no tema abordado para nossa oficina, o que nos deixou muito surpresos, pois houve cem por cento de entrosamento por parte dos estudantes e um grande senso de observação e percepção quanto à atividade aplicada. Não é nosso interesse propormos a falta de aulas teóricas, mas levar uma reflexão sobre a necessidade de práticas experimentais como uma alternativa para o ensino.

MATERIAL E MÉTODOS: Para dar início a atividade foi perguntado aos estudantes o que eles entediam sobre átomos, e solicitado que eles descrevessem o que seria um átomo com base em seus conhecimentos. Posteriormente, realizamos uma oficina com os alunos separando a turma em quatro grupos, sendo dois grupos com cinco alunos e outros dois grupos com seis. Entregaram a cada grupo duas caixas lacradas, todas contendo diferentes objetos, solicitando que a partir daí eles tentassem desvendar através da percepção, o que havia em cada caixa e, assim formulassem seus próprios modelos atômicos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a proposta de realização da oficina sobre a constituição da matéria, foi possível avaliar o grau de conhecimento dos alunos antes e depois da aplicação da atividade observando o desempenho e interesse deles em participar e discutir o tema. No início da atividade quando se perguntou o que eles entendiam sobre a constituição da matéria obtemos poucas respostas, em suma, apresentaram respostas vagas e confusas, sem saber ao certo como explicar, ou apenas, citar o nome do cientista que definiu como é constituída a matéria. Durante a atividade foi possível conversar com os estudantes, explicando de maneira dinâmica o que é um átomo, através de qual teoria atômica é possível definir a constituição da matéria. A princípio, notamos por parte de alguns estudantes certa resistência, mas com o desenvolver da atividade todos foram aos poucos participando e interagindo uns com os outros. Nesse processo percebemos que os alunos sentiram-se bastante confortáveis com o desenrolar da prática chegando a colocarem a possibilidade de se ter mais aulas experimentais todas às vezes, e passando a formular suas próprias ideias, porém agora com conceitos mais sólidos. Podemos notar ainda que com a aplicação da atividade foram se recordando das aulas aplicadas pelo professor, que abordavam o tema, assim unindo a teoria á prática, puderam ter uma melhor percepção sobre a constituição da matéria, o átomo e teorias atômicas. Percebemos que foram necessárias apenas duas aulas para obtermos resultados positivos. E com a realização de uma prática que pode ser considerada tão simples. Felizmente na área da química há vários conceitos mais complexos que nos dá possibilidades a serem tratados de forma prática para facilitar o entendimento dos alunos.

CONCLUSÕES: Durante a execução da oficina, observamos que os alunos tinham uma boa percepção em relação ao tipo de material existente nas caixas, interagiram bem entre eles e constatamos enfim, como é fácil fazer com que eles entendam as propriedades da matéria de uma maneira diversificada. Após analise do segundo questionário e das novas respostas pôde-se notar que a maioria é conhecedora do que é um modelo atômico e das partículas que compõem o átomo e pelos desenhos que fizeram da forma como imaginavam um átomo, não está realmente muito longe do esperado. Contudo, o propósito do projeto foi alcançado.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMARAL, L. Trabalhos práticos de química. São Paulo, 1996. QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004.