TÍTULO: Abordagem de Ácidos, Bases, Sais e Óxidos com Auxílio de Experimentos nos 1° e 2° anos do Ensino Médio

AUTORES: Silva, A.M. (UECE) ; Santos, F.J.M. (UECE)

RESUMO: Este trabalho aplicou experimentos em sala de aula para alunos dos 1° e 2° anos de escolas públicas e particulares sobre o assunto de ácidos, bases, sais e óxidos. O método é uma forma de enriquecer a aula e tornando-a mais dinâmica em busca do interesse pelo aluno ao assunto apresentado. Os experimentos são simples, cujo objetivo é tornar a aula mais atrativa. O trabalho também buscou ajudar futuros professores na melhoria de suas aulas e a preparar os mesmo com uma melhor qualidade dentro da química. O grande suporte para isso é o seu preparo em aplicar as experiências em salas de aulas. Deve-se passar segurança para os universitários do curso de Química, para que estes sejam realmente os profissionais esperados para a sociedade.

PALAVRAS CHAVES: experimentos de química; ensno médio; ensino de química

INTRODUÇÃO: A procura de algo que traga mais detalhe em menos tempo se tornou o foco principal deste trabalho: “Abordagem no ensino médio de Ácidos, Bases, Sais e Óxidos com auxílio de experimentos, nos 1° e 2° anos”. Uma visão que auxilia no momento das apresentações é a idéia que os alunos têm ao se falar de ácidos, como algo extremamente perigoso, não fazendo idéia o quanto está presente em nossa vida. Desde nossa alimentação até a nossa higiene. A tentativa é mostrar que é algo a ser utilizado para construir o que está ao nosso redor, assim como também as bases, sais e os óxidos. Um simples vinagre ao se juntar com um indicador natural é uma demonstração, pois prova a existência de um ácido que é utilizado em nosso consumo alimentar, o ácido acético. Fazer a diferenciação entre outros ácidos para discussão e abordagem do assunto, puxando a visão dos alunos para o que está sendo ensinado naquele instante, melhora o entendimento e sua compreensão. Este trabalho tenta suprir a carência de laboratórios de química nas escolas, proporcionando auxilio mais direto em sala de aula e reforçando a aprendizagem. Uma visão que a pesquisa quer trazer é a vantagem de poder auxiliar o tempo que poderia ser perdido e o raciocínio no momento em que é dada a teoria, pois, um laboratório é de bastante ajuda, mas o fato da aula teórica ser passada num momento e as aulas de laboratório serem vistas em outro, pode vir a ser perdido um pouco do rendimento do aluno. A grande propagação desta idéia será a busca de outros alunos universitários, ou futuros professores, utilizarem-na de forma a ajustarem a outros assuntos da Química, com experimentos testados por eles e aplicados na sala de aula.

MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa é baseada no desenvolvimento de experimentos simples em sala de aula e aplicação de questionários para os alunos e professores sobre a teoria e os experimentos realizados. Foram aplicados em 4 Escolas, sendo 2 públicas e 2 particulares. As Escolas que participaram da pesquisa estão localizadas na cidade de Fortaleza-CE. Escolas públicas: E.E.F.M. Ubirajara Índio do Ceará e E.E.F.M. Michelson. Escolas particulares: E.E.F.M. Ateneu e E.E.F.M. Cora Coralina. A principio a abordagem em sala é dada de maneira bem direta, o professor entra com um balde plástico graduado de 11 Litros, opaco semelhante a um becker, cuja finalidade é chamar boa parte da atenção dos alunos. Dentro deste balde, uma serie de materiais visto nas cozinhas das casas, vidrarias de laboratório (becker de 250 mL, bastão de vidro, pisseta, etc) e reagentes encontrados em lojas de produtos de limpeza (ácido sulfônico, soda cáustica, conservante, essências etc.). Faz-se a apresentação aos alunos e sempre feitas perguntas voltadas ao material utilizado na experimentação. Depois passam a perguntar o que aconteceu para ocorrer tais reações ou modificações. Neste ponto é explorada a teoria do assunto visto em sala de aula, tais como ácidos, base, sais e óxidos, mostrando onde são utilizados. Por fim foi aplicado um questionário que é preenchido pelos alunos e pelo professor para uma busca de dados, para saber suas opiniões.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maior parte dos alunos opinou pela opção “bom”, sobre se seria uma boa aula estarem conhecendo algo que era só visto em teoria. Os que tiveram como resposta “ótima” opinaram ser uma aula que faz o aluno interagir e ver o que é Química e sua importância. A aula pratica, segundo resposta da maioria dos alunos no questionario, deixou de forma clara uma forma de sempre lembrarem do assunto abordado. Com o auxilio de experimentos, eles fizeram distinções que podem ser usados como referências para eles como a diferenciação de um ácido e uma base. Os alunos do 2° ano tiveram uma ótima visão em cima da aula pratica em sala de aula, muitas perguntas foram feitas, e a opção “ótimo” teve 55% da preferência dos alunos. O grande fato de não ter laboratório foi frisado nas respostas e a grande maioria pede um laboratório, para um melhor entendimento das aulas teóricas. Para os alunos, a aula experimental realmente traz mais informações e traz o interesse dos alunos para o assunto. Com relação a pergunta: como ficou sua visão ou aprendizagem sobre ácido e base após a aula prática dada em sala de aula? As opções “ótimo e bom” tiveram a preferência de 93% dos alunos. De acordo com o que foi visto em sala de aula, realmente os alunos se mostraram interessados com perguntas e discussões sobre o assunto. Na opnião dos professores, eles nunca tentaram esse metodo em sala de aula mas, notaram o quanto os alunos interagiram nas aulas. Foi satisfatorio para eles uma aula que trouxe um certo dinamismo, fazendo o aluno vir até ele e buscar por informações envolvidas na aula.

SIMPEQUI 2012 - Gráfico 1

O gráfico mostra a visão ou aprendizagem do aluno sobre ácido e base após a aula prática realizada na sala de aula.

SIMPEQUI 2012 - Gráfico 2

O gráfico mostra as respostas relacionadas com as experiências de outros assuntos não aplicados neste trabalho.

CONCLUSÕES: Ao entrar nas escolas, de inicio pode ocorrer certo receio, por ser algo tão simples, mas quando o método é aplicado na sala de aula é que se observa o dinamismo dos alunos. As vantagens desse método são: a) ganhar tempo, pois o professor não precisa deslocar o aluno da sala de aula até o laboratório; b) o fato de não quebrar o raciocínio utilizando o experimento na hora da explicação, o que ajuda no aprendizado de forma ágil; c) a visão do aluno em conhecer a Química que o rodeia; d) maior interação em sala de aula por parte do aluno.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AYALA, José Danilo. Definições de ácidos e bases – química inorgânica. Disponível em: < http://qui.ufmg.br/~ayala/matdidatico/acidobase.pdf > . Acesso em: 30 out. 2011. CHAGAS, Aécio Pereira. O Ensino de Aspectos Históricos e Filosóficos da Química e as Teorias Ácido-Base do Século XX. Química Nova, vol. 23, No 1, p. 126-133, 2000. GEPEQ - Grupo de Pesquisa em Educação Química. Extrato de repolho roxo como indicador universal de pH. Laboratório aberto, Instituto de Química-USP, B7-superior, São Paulo – SP. Química Nova na Escola. Equilíbrio Ácido – Base, N° 1, MAIO 1995. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/exper1.pdf > Acesso em: 08 dez. 2011. SANTOS, Graziela B. Almeida. Formas Alternativas na Abordagem do Conceito de Ácido/Base para o 2o ano do 4o ciclo do Ensino Fundamental. Minas Gerais: UFMG, 2002. THOMAZ, Marília Fernandez. A Experimentação e a Formação de Professores de Ciências: uma Reflexão. Cad.Cat.Ens.Fís v.17, n.3: p.360-369, dez. 2000.