TÍTULO: AULA EXPERIMENTAL: CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

AUTORES: Batinga Rodrigues dos Santos, E. (IFAL) ; Lúcia de Lima Santos, S. (IFAL) ; Wanessa da Silva Cerqueira, G. (IFAL) ; Monteiro Silva, R. (IFAL) ; Flávia Freitas, A. (IFAL) ; Lira, F. (SEE) ; Duarte de Freitas, J. (IFAL) ; Duarte de Freitas, A.J. (IFAL)

RESUMO: Esse trabalho foi desenvolvido por bolsistas do PIBID do curso de Licenciatura em Química do IFAL e teve objetivo de elaborar, aplicar e refletir sobre a importância de aulas experimentais de Química no ensino médio. Os experimentos foram elaborados após verificação da infraestrutura e disponibilidade de materiais e reagentes disponíveis na escola e materiais alternativos que podem ser adquiridos facilmente. Conclui-se que a aplicação de aulas experimentais contribui significativamente para o aprendizado dos alunos do ensino médio e que é uma alternativa interessante, criativa e estimulante para estudo da Química.

PALAVRAS CHAVES: PIBID; ESCOLA PÚBLICA; AULA EXPERIMENTAL

INTRODUÇÃO: Saber punhados de nomes e de fórmulas, decorar reações e propriedades, sem conseguir relacioná-los cientificamente com a natureza, não é conhecer Química. Essa não é uma ciência petrificada; seus conceitos, leis e teorias não foram estabelecidos, mas têm a sua dinâmica própria (SAVIANI, 2000). As aulas ministradas pelos professores na maioria das escolas públicas não apresentam uma interligação entre teoria e prática. A falta de laboratório é um dos maiores problemas a serem considerados, ou quando ele existe não é utilizado. O objetivo do PIBID é estimular o ensino de química através da junção dos conteúdos explorados pelos professores em sala de aula de forma teórica com a execução de atividades experimentais. De acordo com QUEIROZ (2004), trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento cientificamente, visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante a reação, isto sim leva a um conhecimento definido.

MATERIAL E MÉTODOS: Esse trabalho foi desenvolvido na escola Dr. José Maria Correia das Neves da rede pública estadual de ensino de Alagoas. Inicialmente foram levantadas informações sobre a infraestrutura da escola e do laboratório de Ciências existente na mesma, por meio de um roteiro de perguntas aplicado a professores e alunos da escola e visita as instalações. Após verificação e disponibilidade de materiais, reagentes e equipamentos, a equipe passou a organizar durante os encontros semanais, aulas experimentais para serem executadas com os alunos do ensino médio. Antes de cada atividade experimental os alunos foram submetidos a questionamentos sobre o assunto a ser abordado para verificar o nível de conhecimento já trazido por eles. Após a atividade experimental foram realizados novos questionamentos e estes comparados com os obtidos antes da experimentação. As turmas que em geral tinham 50 alunos foram divididas em dois grupos de 25 alunos. Em cada atividade experimental os alunos foram subdivididos em grupos de no máximo quatro indivíduos e todos recebiam um roteiro e os materiais e reagentes necessário para o bom desenvolvimento do experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Considerando a realidade e o contexto escolar, durante a elaboração das aulas experimentais buscamos contemplar materiais e reagentes disponíveis no laboratório da escola e materiais comuns do dia a dia. Foram propostas aulas sobre separação de mistura, mudança de estado físico, indicador ácido-base, cinética química, soluções coloidais, eletrólise e eletrofloculação, as quais estavam relacionadas com fatos do cotidiano dos alunos. Com a análise dos questionários, que foram entregue aos alunos antes e depois das aulas, constatamos que do total de 50 alunos, 35 afirmaram que as aulas foram inovadoras, pois nunca tiveram aulas no laboratório e conseguiram ter um melhor aprendizado, pois além de relembrar das aulas teóricas, conseguiram associá-las a prática. Percebendo que a química esta ligada a atividades simples do dia a dia e que os experimentos podem ser realizados por eles em casa. 15 alunos disseram achar à química mais interessante com a aplicação das aulas experimentais, pois apenas com as aulas teóricas não conseguem entender nem fixar o conteúdo. De modo geral, o objetivo do projeto foi alcançado e estes resultados mostraram-se satisfatórios, notando que mais de 50% dos alunos evoluíram e fixaram seus conceitos sobre os temas trabalhados. Destacando-se assim, a importância de associar aulas teóricas e práticas para estimular a criatividade e percepção dos alunos.

CONCLUSÕES: A teoria isenta de experimentação deixa de certa forma o ensino de qualquer disciplina tedioso e sem muito sentido a especulação. A química não é composta apenas por fórmulas e teorias, a experimentações é uma parte importante dessa ciência. As aulas práticas ajudam a entender as aulas teóricas de Química e sua relação com o cotidiano, tornando a aprendizagem fácil, eficaz e significativa. A experimentação é de suma importância no ensino de química, pois estimula a curiosidade e aprendizagem do aluno.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: SAVIANI, O. Pedagógia histórico-crítica: primeiras aproximações. 7. Ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2000. QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004.