TÍTULO: A cultura medicinal popular como ferramenta de mediação de conceitos científicos.
AUTORES: Silva, J. (IFPB) ; Lorenzo, J. (IFPB) ; Santos, M. (IFPB) ; Santos, S. (IFPB)
RESUMO: O trabalho utiliza como norteador da pesquisa o tema Plantas Medicinais, que faz parte da cultura popular e até os dias atuais faz parte de pesquisas em universidades. A pesquisa foi desenvolvida sob a forma de trabalho escrito com posterior discussão em sala de aula com troca de experiências, desse modo o professor atua como mediador da aprendizagem, com a participação ativa do aluno na construção do conhecimento.
PALAVRAS CHAVES: pesquisa; plantas medicinais; aprendizagem
INTRODUÇÃO: Como mediador do conhecimento, o professor tem a tarefa de colocar os alunos como participantes ativos do processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que eles comecem a refletir sobre o mundo que os cerca. Libâneo descreve que o trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo. Aproveitando essa fase de evolução, que é a passagem do aluno do ensino fundamental, onde é iniciado no universo da química de forma básica; para o ensino médio, onde a química aparece com suas particularidades de forma a exigir um esforço maior por parte dos alunos, é que vislumbrou-se na pesquisa uma maneira de discutir com os alunos o que diferencia o conhecimento popular do conhecimento científico. Segundo o PCN, “o conhecimento científico disciplinar é parte tão essencial da cultura contemporânea que sua presença na Educação Básica e, consequentemente, no Ensino Médio, é indiscutível,... pretende-se promover competências e habilidades que sirvam para o exercício de intervenções e julgamentos práticos”.
MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi aplicado numa turma com 26 alunos do 1º ano do ensino médio de uma escola pública estadual de João Pessoa. Primeiramente foi sugerido aos alunos que realizassem uma pesquisa sobre plantas medicinais seguindo seis tópicos para desenvolvimento do trabalho: nome científico e popular da planta, finalidade, maneira como deve ser consumida, existência de estudo científico que comprove seus benefícios, meio pelo qual o aluno teve conhecimento das finalidades da planta e a definição de conhecimento científico e popular. Os alunos tiveram a opção de fazer consultas com parentes e nos meios de comunicação, num prazo de duas semanas. Depois entregaram a pesquisa escrita que foi lida e analisada pelo professor para posterior discussão em sala de aula sobre o foco da pesquisa que é saber diferenciar o conhecimento popular do científico, explorando os conceitos científicos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados desse trabalho foram engrandecedores tanto para os alunos como para o professor, começando pela variedade na escolha das plantas e da definição de conhecimento científico e popular, gerando subsídios suficientes para uma discussão rica no âmbito da aprendizagem da química. A discussão aconteceu com base em palavras que constavam dos trabalhos e que nem sempre o significado é conhecido por todos, como exemplo: fitoterápicos e infusão, sendo os conceitos químicos estabelecidos a partir dessa discussão. Ao final chegou-se ao esclarecimento e diferenciação do que é conhecimento popular (limita-se a responder um ponto de vista sem comprovação que garanta a sua veracidade) e o conhecimento científico (elucida a essência de forma sistematizada).
CONCLUSÕES: O trabalho permitiu aos alunos desenvolver uma atividade que engloba a reflexão teórica e a discussão de conceitos, permitindo uma maior efetividade no processo ensino-aprendizagem, tornando-os capazes de identificar os tipos de conhecimento ao qual foram apresentados.
AGRADECIMENTOS: Ao PIBID e a CAPES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL - Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 1999.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 1ª. ed. São Paulo: Cortez, 1994.