TÍTULO: LIMITAÇÕES E DIFICULDADES NO ENSINO DE QUÍMICA EM UMA ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO EM CAXIAS, MA.
AUTORES: Santos, M.O. (IFMA/UAB/DEAD – CAMPUS SÃO LUÍS – MONTE CASTELO/P) ; Santos, R.T.F. (IFMA/UAB/DEAD – CAMPUS SÃO LUÍS – MONTE CASTELO/PO) ; Silva, M.T.F. (IFMA/UAB/DEAD – CAMPUS SÃO LUÍS – MONTE CASTELO/PO) ; Junior, O.P.A. (IFMA/UAB/DAQ – CAMPUS SÃO LUÍS - MONTE CASTELO.)
RESUMO: A pesquisa visou conhecer o Projeto Político Pedagógico da Escola no que diz
respeito a disciplinas da área das Ciências da Natureza. Foram aplicados
questionários ao professor de química e à diretora de uma escola da rede pública
estadual de ensino, Cristóvão Colombo, situada no bairro Vila Arias, em Caxias,
Maranhão. Mediante a análise dos questionários e a discussão com o professor de
química pôde-se inferir certa ansiedade da parte dos alunos em aprender de forma
mais prática a disciplina. Os resultados da pesquisa indicam que há uma
dificuldade no ensino de química não pelo desinteresse do corpo discente, mas sim
pela falta de formação do profissional e pela má estruturação do prédio.
PALAVRAS CHAVES: Ensino; Ciências; Química
INTRODUÇÃO: Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) sugerem que a
escolha dos conteúdos de química, que precisam ser ensinados aos alunos no nível
médio, leve em conta temas que favoreçam a compreensão do mundo natural, social,
político e econômico (BRASIL, 2002). Para se formar os futuros cidadãos há uma
necessidade de os conteúdos e o ensino das disciplinas terem que se adaptar. Os
PCN’s propõem orientações sobre o básico a ser ensinado em cada etapa, assim no
que se tange o ensino de Química sugerem não tratarem em sim de um ensino
isolado, prontos e acabados, mas usar a Química para formar também a mente
humana, que está em continua mudança. Partindo-se da premissa do documento que
dá importância sumária à interdisciplinaridade e contextualização do conteúdo,
entendemos que o ensino de química deve mudar no sentido de desmistificar o
conhecimento científico, interligando-o com o que estão a sua volta, as causas e
as consequências dos fenômenos químicos nas mais diversas áreas e no mundo real.
Daí surge à problemática como o professor está passando os conteúdos de Química
dentro da sala de aula? A escola em si, dá suporte ao professor em suas aulas?
Como o Projeto Político Pedagógico foi criado na escola? Sendo assim segue-se
então aos objetivos da pesquisa, que tem como objetivo conhecer o Projeto
Político Pedagógico da escola escolhida para a pesquisa. A pesquisa também
objetiva saber diante das respostas do questionário aplicado ao professor e
diretor da escola, as dificuldades e limitações que o professor passa em seu
oficio de lecionar.
MATERIAL E MÉTODOS: A presente pesquisa foi desenvolvida por dois alunos do Curso Licenciatura em
Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão -
IFMA, do Programa Universidade Aberta do Brasil - UAB, do pólo Caxias, MA.
Inicialmente foi elaborado um questionário com base nos Parâmetros Curriculares
Nacionais para a disciplina de Química no Ensino Médio. Escolheu-se a escola da
rede pública estadual de ensino Centro de Ensino Cristovão Colombo, devido sua
localização. Foi-se solicitado ao professor de química e à diretora da
instituição que respondessem o questionário que continha oito questões objetivas
e duas subjetivas. As questões buscavam conhecer o Projeto Político Pedagógico
da instituição além de saber das dificuldades observadas no ensino de química
pelo professor e diretora. Após a coleta de dados, os mesmos foram registrados e
analisados, conforme veremos nos resultados e discussões.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com as respostas dos entrevistados, podemos inferir que o ensino de
Química na escola não tem muita eficácia por não haver a estrutura necessária
para o ensino dessa disciplina. A escola não conta com laboratórios, os livros
da biblioteca não permitem o aprofundamento das discussões, não há materiais
didáticos que auxiliem o fazer docente, como modelos, tabelas, entre outros.
Analisando o professor, licenciado em Química, pareceu-nos ser bem atualizado, e
tinha preocupação na questão de dinamizar suas aulas, mesmo sem a presença de
laboratório e alguns meios tecnológicos que ajudem nas explicações. Ele informou
utilizar aulas práticas improvisadas, percebendo que isto diminui a sensação de
ociosidade dos alunos e cria um clima de surpresa, investigação e criatividade.
Assim como dizem Trevisan e Martins em 2006, ao ressaltarem que propostas mais
progressistas e sistematizadas indicam a possibilidade de se buscar a produção
de conhecimento científico e a formação de um sujeito crítico e situado no
mundo.O professor entrevistado afirma que a culpa do fracasso escolar se deve ao
sistema educacional. As instalações desfavorecem o interesse do aluno e também
dificultam as atividades de ensino, destacando a ausência de um laboratório para
aulas práticas, geralmente ausentes em muitas escolas da rede estadual. O ensino
de Química exige interdisciplinaridade, pois a mesma inclui a matemática,
português e outras disciplinas que ajudam na construção do conhecimento químico.
A escola visitada possui um plano político pedagógico muito bem estruturado. É
difícil cumprir a risca o todo o projeto programado para o ano, nem é exatamente
a isto que se propõe. E o que se observou no projeto da instituição visitada é
que não foi cumprido corretamente.
CONCLUSÕES: A partir do confronto entre o PPP e a prática cotidiana do ensino de química,
observou-se que há um déficit e que, segundo a opinião do professor entrevistado
isso se deve ao sistema educacional. Há maneiras muito eficazes de se ensinar
química, entretanto os alunos não tem acesso aos métodos, técnicas, equipamentos,
laboratórios e materiais didáticos necessários para a realização dessas
atividades. O professor sente-se sem apoio, tendo que realizar todas as atividades
possíveis dentro do seu alcance.
AGRADECIMENTOS: Ao IFMA pelo apoio institucional
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Brasil (2002). Secretaria de Educação Média e Tecnologia – Ministério da Educação e Cultura. PCN + Ensino Médio: Orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC/SEMTEC.
TREVISAN, Tatiana Santini e MARTINS, Pura Lúcia Oliver. A prática pedagógica do professor de química: possibilidades e limites. UNIrevista. Vol. 1, n° 2 : abril, 2006.