TÍTULO: A UTILIZAÇÃO DE EXPERIMENTOS BIOQUIMICOS COMO FACILITADOR DE ENSINO- APRENDIZAGEM DE QUIMICA A FIM DE MELHORAR O DESEMPENHO DOS EDUCANDOS PERANTE O ENEM: UTILIZANDO UMA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM.
AUTORES: Evangelista Macêdo, G.M. (IFPI) ; Silva, A.L. (UFMA) ; Lima Cavalcante da Silva, D.M. (IFPI) ; Andrade Pinheiro, E.E. (IFPI) ; Oliveira de Sousa, T. (IF-SERTAO) ; Alves Carvalho da Silva, R. (IFPI) ; Braga dos Santos, N.C. (IFPI)
RESUMO: É comum tratar as disciplinas como independentes, totalmente desvinculadas, sem nenhuma interdisciplinaridade. Sendo assim o objetivo deste trabalho é associar as competências e habilidades, eixo ciências da natureza e suas tecnologias do ENEM, utilizando-se do assunto bioquímica, como uma situação de aprendizagem. Realizado na Unidade Escolar Zacarias de Góis e na Unidade Escolar Professor Edgar Tito, através da observação de aulas, teste-diagnóstico, situação de aprendizagem, seguida de verificação de aprendizagem das competências e habilidades adquiridas pelos alunos pós-atividade. Onde 99% dos alunos conseguiram responder questões do ENEM envolvendo as competências e habilidade da atividade. Concluindo-se que os alunos compreenderam o conteúdo, adquirindo competências e habilidades.
PALAVRAS CHAVES: Ensino de química; experimentos bioquímicos; ensino-aprendizagem
INTRODUÇÃO: A química estuda a matéria, as transformações sofridas pela mesma e as trocas de energia envolvidas no processo, estando presente na grade curricular das escolas a partir do 9º ano do ensino fundamental e ensino médio (PCN+, 2002). Por meio deste ensino o educando torna-se apto a entender acontecimentos em todos os âmbitos da química. Situação de aprendizagem constitui-se uma nova forma de o educador conduzir a aula, deixando de ser um mero reprodutor de ideias, contribuindo para que o aluno a partir de uma determinada situação construa uma nova forma de pensar (ALMEIDA & PRADO, 2003). A utilização de experimentos contribuem bastante para a compreensão da disciplina e para que o educando desenvolva habilidades, e competências para o Exame Nacional de Ensino Médio - Enem. São 8 competências e 5 habilidades dentro da área de ciências naturais. Por meio da experimentação os alunos conseguem visualizar as teorias químicas, na qual não compreendem de fato apenas com explicações. Por meio de experimentos bioquímicos é possível que os alunos observem que a química está presente em processos ocorridos no corpo humano, associam os seus conceitos a processos simples que ocorrem no corpo e onde a não ocorrência causaria sérios problemas (ALMEIDA & PRADO, 2003; MIZUKAMI, 2005). Assim o educando faz indagações, e procura resolvê-las e como resultado compreende os processos químicos envolvidos e sua importância para sua vida e para a sociedade. Por meio de situações de aprendizagens dessa natureza as competências e habilidades requeridas pelo ENEM no eixo de ciências da natureza e suas tecnologias podem se trabalhadas e consequentemente contribuir-se para que educando adquiras e tenha um bom desempenho nas questões que requerem as mesmas (MACHADO, 2004; FAZENDA 2008; VEIGA, 2008).
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa aqui abordada tem natureza quantitativa, a fim de se trabalhar com a quantificação, tanto no processo de coleta de dados como na sua interpretação por meio de técnicas e estatísticas, aumentando a margem de veracidade das hipóteses e questionamentos levantados. Está foi realizada nas escolas: Unidade Escolar Zacarias de Góis e na unidade Escolar Professor Edgar Tito, localizada na zona central e zona norte de Teresina-PI com 208 alunos de 6 turmas do 3º ano do Ensino Médio, sendo 3 de cada escola. Onde se escolheu 2 assuntos de química do Enem para se trabalhar como ponto de partida. A princípio observaram-se as aulas de química, em seguida aplicou-se um teste composto por questões do Enem, para analisar se esses utilizavam de habilidades e competências para responder as questões. Realizando-se em seguida uma aula teórica de 20 minutos para fazer alguns questionamentos aos alunos sobre a bioquímica e como a química se encontra presente no corpo humano (ALMEIDA & PRADO, 2003). Após a aula teórica realizou-se 3 experimentos: a ação da saliva, a acidez do suco gástrico e o detergente da digestão, experimentos esses usando materiais alternativos e simulando processos que acontecem dentro do corpo humano associando-os a conceitos químicos ocorridos desempenhados pelo corpo humano. Para a coleta de informações foi distribuído um segundo teste, com questões do Enem extras e repetidas que envolviam o tema proposto, a fim de observar se os alunos adquiriram as competências e habilidades necessárias para resolver o tipo de prova do Exame Nacional do Ensino Médio. (GIORDAN, 1999; BENEDITE, et al., 20011). As competências avaliadas foram: 3; 5; 6 7 presentes no exame nacional ensino médio-ENEM. Já as habilidades avaliadas foram: H8; H18; H21 H24; H29.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Evidenciou-se através das respostas do primeiro teste, que 85% não sabiam do que se tratava bioquímica, 97% dos alunos não tinham conhecimento que no organismo ocorriam reações e 95% dos educando não sabiam do que se tratava um ácido e uma base nem o porquê destes estarem presentes no corpo humano. Ou seja, verificou-se uma fragilidade na metodologia utilizada nas escolas em relação ao preparatório para o Enem, uma vez que não são inseridas no cotidiano escolar as competências e habilidades sugeridas pelo Enem para a resolução do seu tipo de questões. O aluno ao ser confrontado com uma situação de aprendizagem busca respostas para os questionamentos feitos e a partir disso constrói um novo conhecimento a partir dos conhecimentos prévios que já possui, além de desenvolver habilidades e competências necessárias para se comportar de forma critica e social (ALMEIDA & PRADO, 2003). No segundo teste, após a aula teórica e prática, o resultado foi surpreendente, no qual 99% dos 208 alunos conseguiram responder as questões, ou seja, comprovou-se que é necessária uma mudança de postura dos professores no processo de ensino-aprendizagem, para adequar-se ao Exame Nacional do Ensino Médio. Após a aula teórico-prática observou-se que os alunos responderam as questões do Enem que envolviam competências e habilidades especificas para serem resolvidas, de maneira mais eficiente tanto no número de acertos, quanto ao tempo que perderam respondendo as questões, evidenciando mais uma vez que é necessária a mudança do processo de ensino-aprendizagem o quanto antes. (FAZENDA 2008; VEIGA, 2008).
CONCLUSÕES: Percebeu-se que os alunos antes das aulas experimentais aplicadas nesse estudo, não associavam os processos ocorridos no corpo humano com a química, e que a partir da realização do experimento, estes passaram a compreender acontecimentos simples ocorridos em seus corpos. Evidenciando-se a importância da realização de experimentos para a associação do tema ao cotidiano do aluno fazendo com que tenha pensamento de cunho cientifico. A partir destes experimentos, o aluno compreendeu que a química pode estar presente na nossa vida, desempenhando grande valor social, deixando de ser considerada uma disciplina. Por meio disto o educando é capaz de adquirir competências e habilidades específicas, com a finalidade de resolver questões do ENEM, que as contenham.
AGRADECIMENTOS: À CAPES pelo apoio financeiro através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) e ao Instituto Federal do Piauí – IFPI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1. ALMEIDA, E. B. A; PRADO, M. E. B; Criando Situações de Aprendizagem. Colaborativa. In: Congresso Workshop de Informática na Escola, IX, 2003, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2003. p. 53-60.
2.BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica (Semtec). PCN + Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002.
3. FAZENDA, I. C. A (b); Didática e Interdisciplinariedade. 13º ed. Campinas, SP: Papirus, 2008. 141 p.
4. MACHADO, A. H; Aula de Química: Discurso e Conhecimento. 2º ed. Ijuí, RS: unijuí, 2004. 200 p.
5.MIZUKAMI, M. G. N; Aprendizagem da Docência: Professores Formadores. Revista Científica e-curriculum . V 1, nº1, p. 219-238, 2005. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/3106/2046> acesso em: 17 Maio.2012,14:50:50.
6. VEIGA, I.P. A; A Prática Pedagógica do Professor de Didática; 11 ª Ed. Campinas, SP: papirus, 2008. 177 p.
7. Benite, A.M. C; Benite, C.R. M; Filho, S.M.S. Cibercultura em Ensino de Química: Elaboração de um Objeto Virtual de Aprendizagem para o Ensino de Modelos Atômicos. Revista Química nova na escola. Nº. 2, p. 71-76, Maio. 2011.
8. GIORDAM, M. O papel da experimentação no ensino de química. Revista Química nova na escola. Nº. 10, p. 43-49, NOV. 1999.