TÍTULO: O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO NAS ESCOLAS PÚBLICAS NA
CIDADE DE CAXIAS - MA
AUTORES: Abreu, A. (IFMA) ; Alves, F. (IFMA) ; Queiroz, J. (IFMA) ; Medeiros, O. (IFMA) ; Moizinho, M. (IFMA)
RESUMO: Este trabalho teve como objetivo refletir sobre a prática do ensino de química nas escolas públicas estaduais na cidade de Caxias - MA, diagnosticando quais fatores dificultam e limitam essa prática. Tal projeto se desenvolveu a partir de visitas a três principais escolas do município, nas quais foram aplicados questionários aos professores da área de Química. O resultado da pesquisa mostrou que o ensino de Química nas escolas visitadas, não está de acordo com as diretrizes curriculares do curso de Licenciatura em Química, e tão pouco com os PCN’s das ciências naturais para o Ensino Médio. Além disso, verificou-se a necessidade da diversificação de métodos de ensino para uma contextualização eficaz, a fim de se obter uma aprendizagem significativa.
PALAVRAS CHAVES: Ensino médio; Ensino de Química; Caxias
INTRODUÇÃO: A Química é uma disciplina que faz parte do programa curricular do ensino médio. A aprendizagem de Química deve possibilitar aos alunos a compreensão das transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada, para que estes possam julgar, com fundamentos, as informações adquiridas na mídia, na escola, com pessoas, etc. A partir daí, o aluno tomará sua decisão e dessa forma, interagirá com o mundo enquanto indivíduo e cidadão (PCN's. MEC/SEMTEC, 1999).
Uma das finalidades deste trabalho é analisar as reflexões sobre a aprendizagem, procurando identificar os fatores que limitam e dificultam o ensino de Química nas escolas públicas estaduais na cidade de Caxias, MA. No tocante à forma como os professores contextualizam os conteúdos ministrados. A ideia de contextualização surge com a reforma do Ensino Médio, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB-9.394/96). As diretrizes que estão definidas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), os quais visam um Ensino de Química centrado na interface entre informação científica e contexto social. Diante desta transformação consolidada pela publicação da Lei de Diretrizes e Base da Educação, o Ministério da Educação criou um novo perfil para o currículo do Ensino Médio, apoiado em competências básicas para a inserção dos jovens na vida adulta. Com isso, o ensino de Química perdeu a tendência de manutenção do “conteudismo” típico de uma relação de ensino do tipo “transmissão-recepção”, limitado à reprodução restrita ao saber de posse do professor tradicional refém do exame vestibular (ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO; VOLUME 02 - 2006).
Sabendo que a contextualização é um recurso usado para dar significado ao conteúdo e diminuir a dicotomia entre a teoria e a prática.
MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada em escolas pública estadual da cidade de Caxias - MA. A mesma foi dividida em dois momentos:
1. Em primeiro momento foi feito uma visita às escolas para se conhecer o ambiente onde se realizaria a pesquisa, analisando desde as instalações físicas até o relacionamento entre os envolvidos no espaço de ensino-aprendizagem, (desde a parte dirigente até os alunos).
2. Em segundo momento aplicou-se um questionário com os 10 (dez) professores de Química das 3 (três) principais escolas selecionadas. Vale ressaltar que todos os professores pesquisados têm formação na área de Química e todos atuam em outras escolas, tendo uma média de anos de serviço na profissão por volta de 8 anos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A pesquisa realizada por maio do questionário aplicado com professores revelou resultados interessantes. O Gráfico 01 ilustras as resposta com respeito ao desinteresse do ensino de química pelos alunos.Por meio do Gráfico 01, pode-se observar que 70% dos professores revelaram que vários fatores são responsáveis por esse desinteresse no aprendizado de química, entre eles estão à falta de recurso da escola para adquirir materiais tecnológicos curriculares alternativos, bem como a falta de incentivo ao ensino realizado por pesquisa. Esses dados revelam uma triste verdade encontrada na maior parte das escolas públicas no interior do estado do Maranhão. Fato esse que se agrava ainda mais com a falta de incentivos ao ensino das ciências exatas, pautadas na investigação cientifica. Essas atividades despertariam o espírito científico dos jovens e contribuiria para o desenvolvimento científico e tecnológico da região.
Apesar da maioria dos professores acreditarem nas atividades experimentais como um artefato motivador dos alunos, a pesquisa destacou que a falta de laboratórios é um grande problema nas escolas pesquisadas (Gráfico 02).
CONCLUSÕES: Os resultados da pesquisa mostraram que, o ensino de Química nas escolas pesquisadas, não consegui fornecer aos alunos uma formação que os leve a entender os fenômenos que ocorrem ao seu redor e posicionar-se diante de fatos que requeiram esse conhecimento químico, exercendo assim a sua cidadania.Para isso, deve-se buscar uma aprendizagem significativa, através de aulas contextualizadas e norteadas por temas centrais, que consigam aproveitar conhecimentos prévios trazidos pelo aluno. Pontua-se a necessidade da integração curricular, a ser desenvolvida por meio de atividades interdisciplinar.
AGRADECIMENTOS: Agradeço a Deus e aos Professores que colaboraram com a realização dessa pesquisa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL, Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias / Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. (ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO; VOLUME 2).
________LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Lei n.º 9.394, MEC, Brasília, 1996.
__________PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN) Ensino Médio; Ministério da Educação, 1999.
LIMA, Jozária de Fátima Lopes de. et al. Velocidade de Reação: A Contextualização catalizadores no Ensino de Cinética Química. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA. Nº.11, s/p, maio 2000.
VAITSMAN, Enilce Pereira; VAITSMAN, Delmo Santiago. Química e meio ambiente: ensino contextualizado. Rio de Janeiro: Interciência, 2006. (Interdisciplinar; 4).