TÍTULO: IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

AUTORES: Araujo, L. (UNICAP) ; Marinho, M. (UNICAP) ; Pavao, A.C. (UFPE)

RESUMO: Este trabalho utiliza experimentos atraentes de química para divulgação científica no Espaço Ciência. São explorados experimentos que relacionam assuntos do cotidiano com apresentações lúdicas e empolgantes. São realizados quatro experimentos que, após aplicação de um questionário com dez questões objetivas, permitem verificar os conhecimentos adquiridos pelos participantes. Após a pesquisa constatou-se que existe um grande interesse dos alunos na prática da atividade experimental por proporcionar uma participação ativa durante a realização dos experimentos, contribuindo significativamente na construção de conhecimentos.

PALAVRAS CHAVES: Experimentos; Química; Espaço Ciência

INTRODUÇÃO: O Espaço Ciência é um museu interativo que explora diversas áreas do conhecimento como Química, Física, Matemática, Biologia, Geografia, História e Astronomia, sempre de forma bastante atraente. Com experimentos lúdicos, desperta nos visitantes a curiosidade e o interesse em atividades científicas. Nos dias atuais é comum observar certa rejeição nas aulas de Química. Muitos alunos consideram a aulas pouco atrativas e sem utilidade no cotidiano. Apesar interligada às mais diversas áreas do conhecimento, relacionando-se fortemente ao social e à vida das pessoas, os conteúdos de Química normalmente ministrados no Ensino Médio não têm atingido os objetivos desejados. No final, em geral, os alunos não demonstram maiores interesses por esta disciplina. Para despertar nos alunos o interesse pela química buscamos, através de perguntas simples do tipo: Por que a gasolina queima? O que é um explosivo? Por que as roupas secam quando estão no varal? mostrar o quanto é prazeroso buscar respostas no laboratório de química do Espaço Ciência. Fica evidente como a experimentação química é necessária e útil para uma melhor formação dos educando, favorecendo a aprendizagem de conceitos e a associação da teoria com a prática.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizados quatro experimentos: “Afunda e flutua”, “Queimando o dinheiro”, “Vinho mágico” e “Sangue do diabo” que permitem explorar conceitos de densidade, reações químicas, ácido-base e estado físico da matéria. Para cada experimentação foram elaborados folhetos contendo objetivo, materiais utilizados e procedimentos, além de um questionário que foi aplicado visando correlacionar o conhecimento de química ensinado com o cotidiano das pessoas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante a realização dos experimentos foi possível observar que a maioria dos alunos demonstrou interesse em participar das atividades. Quanto à contextualização da teoria, grande parte dos alunos relacionou o conhecimento dessa ciência com o fundamento do experimento, o que não acontecia antes de realização da atividade prática. Fica então evidente que a construção do conhecimento deve estar associada a uma prática experimental. A partir do questionário pode-se observar que nem todas as escolas dispõem de laboratórios e materiais para pratica de experimentos. A esse fator, acrescenta-se a falta de disponibilidade, ou mesmo de formação, por parte de alguns professores para a prática experimental de química em sala de aula. Tabela 1. Respostas de alunos do Recife (% SIM) A partir desta interação com os alunos e professores, notou-se que os principais problemas no ensino da Química referem-se à frágil formação dos professores, às condições de trabalho, destacando-se as dificuldades de realização de atividades experimentais na escola, além de outros aspectos, mas nunca à motivação do aluno quando tem oportunidade de desenvolver atividades práticas.

Figura I

Questionário aplicado aos estudantes de Recife com a porcentagem dos que responderam SIM as perguntas.

CONCLUSÕES: É de suma importância que os educadores busquem trabalhar em suas aulas atividades experimentais que despertem em todos a curiosidade a cerca dos fenômenos abordados. Fazendo assim com que os estudantes se sintam estimulados e interessados em participar de uma viajem movida por reações e transformações que dialogam com as atividades cotidianas, podendo assim aprender a Química de forma prazerosa e contextualizada.

AGRADECIMENTOS: agradeço a minha mãe Edilene, a minha professora Graziela e a todos os estudantes que contribuiram para o desenvolvimento do trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARDOSO, S. P e COLINVAUX, D. 2000. Explorando a Motivação para Estudar Química. Química Nova. Ijuí, UNIJUÍ, v.23, n.3. p. 401-404. JUSTI, R. e RUAS, R. Aprendizagem de Química. Química Nova na Escola, n.5, 1997.