TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE MATERIAL DE BAIXO CUSTO EM AULAS EXPERIMENTAIS EM CURSOS SEMIPRESENCIAIS
AUTORES: Santiago, M.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC) ; Castro, R.A.O. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE) ; Bezerra, D.P. (INSTITUTO FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE)
RESUMO: As aulas experimentais em cursos de licenciatura em química presencial ou
semipresencial são pilares da aprendizagem. Estes cursos apresentam uma pequena
parte da carga horária focada em aulas práticas, contudo alguns experimentos
tornam o custo elevado, inviabilizando-os. Nos cursos de licenciatura em química
semipresencial os recursos para a realização de práticas são ainda mais escassos,
necessitando uma busca por alternativas de baixo custo. Este projeto visa à
realização de experimentos de baixo custo de forma a facilitar o processo de
aprendizagem. Foram realizadas aulas práticas envolvendo os princípios da
termodinâmica com alunos de licenciatura em química semipresencial. Como
resultados, obtemos avanços no nível de aprendizagem e repasse do conhecimento.
PALAVRAS CHAVES: educação semipresencial; prática laboratorial; material de baixo custo
INTRODUÇÃO: As aulas práticas em cursos de graduação em química são pilares de aprendizagem
seja em cursos de bacharelado ou licenciatura e nas modalidades presencial ou
semipresencial. Para a atividade experimental ser relevante na formação do
indivíduo, faz-se necessária uma articulação bem elaborada e planejada entre os
dois tipos básicos de atividades aplicadas no ensino da Química: teoria e
prática. Somente dessa forma se contribuirá efetivamente para com o
desenvolvimento cognitivo. A utilização de aulas experimentais é importante
porque permite que os alunos manipulem ideias e negociem significados entre si e
com o professor durante a aula. É importante que as aulas práticas sejam
conduzidas de forma a evitar uma competição entre os grupos, mas sim uma troca
de ideias e conceitos ao serem discutidos os resultados. Algumas instituições
que ofertam estes cursos possuem laboratórios de ensino bem estruturados e com
grande volume de material laboratorial, contudo este fato não é geral. Outras
instituições são carentes de infraestrutura e material para aula experimental e
têm que buscar alternativas para sanar esta situação. Uma alternativa de curto
prazo é a modificação de procedimentos experimentais com a inclusão de material
de baixo custo. Este trabalho teve como objetivo principal a realização de
experiências didáticas envolvendo as relações de pressão, volume e temperatura,
fundamentadas pelas Leis de Boyle e Charles/Gay-Lussac, com alunos de graduação
em licenciatura em química de cursos semipresenciais.
MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se dois experimentos envolvendo os princípios da Lei de Charles/Gay-
Lussac e a Lei de Boyle. Estes experimentos foram realizados pelos alunos e
estão descritos abaixo:
Lei de Charles e Gay-Lussac.
Material: bico de bunsen, pinça de madeira, lata de refrigerante vazia,
recipiente grande de vidro, água e gelo. Procedimento Experimental: com a pinça
foi colocada a lata de refrigerante vazia para aquecimento no bico de bunsen,
até uma temperatura média de 80 ºC. Em seguida, pegou-se a lata aquecida e levou
ao recipiente contendo água gelada (com gelo).
Lei de Boyle.
Material: seringa e bexiga de encher
Procedimento Experimental: encheu-se um pequeno volume da bexiga de modo a
possibilitar uma entrada na seringa. Com a vedação da saída da seringa com o
auxílio do dedo e a variação no êmbolo foi possível observar e anotar os
resultados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: As práticas laboratoriais serviram de aprofundamento do estudo teórico das Leis
de Boyle e Charles/Gay-Lussac com a possibilidade de entrar em prática
metodológica científica que possibilita uma melhor assimilação do conteúdo
programático.
Lei de Charles e Gay-Lussac
Os alunos observaram uma rápida deformação das latas de refrigerante provocada
pela variação de temperatura e volume do sistema. A fundamentação teórica foi
discutida anteriormente ao experimento e debatida com maior aprofundamento após
a realização da prática.
Lei de Boyle
O experimento demonstrou a variação de volume conforme a diferença entre as
pressões do sistema (interna e externa). Os alunos ganharam um embasamento
prático deste assunto, além de terem a oportunidade de realizarem um
procedimento metodológico científico.
Ao final dos experimentos foram preparados relatórios técnicos seguindo as
fundamentações teóricas e observações dos experimentos como formalização e
avaliação do conhecimento adquirido. Como futuros professores, os alunos
aprenderam formas de realizar aulas práticas com pouco recurso, podendo aplica-
la facilmente. Percebe-se também que há muitas formas de realização de práticas
laboratoriais sem materiais específicos e/ou caros.
CONCLUSÕES: As aulas experimentais de termodinâmica resultaram em aprendizagem e
aprofundamento do conhecimento teórico estudado. O contato da relação teoria-
prática serviu de embasamento para os demais conteúdos estudados na disciplina. Ao
final, a formulação dos relatórios técnicos das práticas serviu como forma de
avaliação da aprendizagem e ainda fixação do mesmo.
AGRADECIMENTOS:
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