TÍTULO: A CIÊNCIA DO SENSO-COMUM E A SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO: REPENSANDO O ENSINO DE QUÍMICA
AUTORES: SILVA, M. M. F.; (IFRN) ; FERNANDES, A. C.; (IFRN) ; ALVES, M. M.; (IFRN) ; NEVES, A. C. S.; (IFRN) ; SOUZA, M. M. C.; (IFRN) ; NASCIMENTO, R. V. (IFRN)
RESUMO: O presente trabalho busca evidenciar como a ciência do senso comum e a ciência sistematizada se comporta no processo de construção do conhecimento. A pesquisa foi realizada através de estudo bibliográfico de várias obras direcionadas ao tema. Foi possível constatar que o conhecimento cotidiano e a pesquisa científica contribuem de forma significativa para aquisição do conhecimento e possibilita aos indivíduos uma melhor interação social e uma ascensão social.
PALAVRAS CHAVES: conhecimento, ciência, tradição.
INTRODUÇÃO: Na sociedade existe um conjunto de tradições impostas historicamente que servem como mediadoras da busca pelo conhecimento realizada pelo homem, pois são elas que regem o ser humano desde o seu nascimento, dando-lhe uma posição estável na sociedade. A abstração do conhecimento através de tradições é relevante, mas o uso da pesquisa científica na construção do mesmo caracteriza-se como ferramenta indispensável no progresso da humanidade. As tradições são as responsáveis pelo direcionamento dos seres humanos diante das diversas situações cotidianas. De acordo com Passamore (apud membros do grupo de discussão Acrópolis) [...] “para Hume os princípios associativos baseia-se na relação natural, pois decorrem da propensão da imaginação de efetuar a fácil transição de uma impressão para uma idéia” [...] Esse conhecimento imutável, embasado nas tradições, regem o mundo ao nosso redor e é através dele que conseguimos situar nossas vivências, ou seja, a [...] concepção do espírito ou sujeito cognoscente como um "receptáculo" no qual ingressam os dados do mundo exterior transmitidos pelos sentidos mediante a percepção (Mora apud Silveira 2002).Dessa forma a ciência é mutável porque a sociedade desenvolve-se de forma histórica e epistemológica.
MATERIAL E MÉTODOS: A base teórica que fundamentou nosso trabalho foi a teoria de David Hume sobre entendimento humano e a de Thomas Kunh sobre a estrutura das revoluções científicas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Tomando por base a análise feita a partir de obras dos autores David Hume e Thomas Kunh, constatamos que tomar como base o conhecimento baseado na sensibilidade e valores impostos pela sociedade e adquiridos pelo homem desde o seu nascimento, viabiliza a organização das idéias, e certamente ajuda a estruturar a sociedade, como também é ponto fundamental para a compreensão dos conteúdos ensinados pelo professor na sala de aula. Contudo esse pensamento nos impede de vermos as coisas em vertentes diferentes, inibindo a capacidade de fazer relações entre definições, como também criar e articular idéias complexas dentro da ciência. Cabe ao professor instigar o docente à pesquisa científica tomando como base o conhecimento prévio do aluno e fazer a ponte de ligação entre o conhecimento cotidiano e o conhecimento cientifico. Considerando as dificuldades encontradas pelos alunos no ensino de Química (tomando como base os índices de reprovação nos vestibulares inerentes a área de ciências) torna-se imprescindível que o corpo docente articule as mais variadas metodologias de ensino que compreende desde os conhecimentos prévios, passando pela metacognição até a pesquisa científica orientada. Nesse contexto o educador precisa sempre investir em sua formação, como por exemplo, em curso de pós-graduação, formação continuada e outros, na busca de sempre aperfeiçoar seus conhecimentos e estar sempre atualizado em saberes científicos no intuito de melhorar o ensino/aprendizagem de Química.
CONCLUSÕES: No ensino médio as aulas de ciências, principalmente na área de Química, enfrentam grandes dificuldades no processo de ensino/aprendizagem e, vários são os motivos como, por exemplo, a complexidade dos conteúdos e a forma como o professor os abordam. Desse modo, a partir do estudo realizado acerca do assunto supracitado, concluímos que uma forma de suprir a carência existente no ensino de Química, seria utilizar o conhecimento prévio do aluno para que assim,ele possa compreender o que acontece ao seu redor e dessa forma atuar na construção do conhecimento através da pesquisa científica.
AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao IFRN pelo suporte e especialmente ao professor Rodrigo Vidal do Nascimento pelo acompanhamento e revisão do trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia. 13ª Ed. São Paulo-SP: ática, 2009.
HUME, David. Investigação a cerca do entendimento Humano. Membros do grupo de discussão Acrópolis. Home Page do grupo: http://br.egroups.com/group/acropolis/
KUNH, Thomas S.. A estrutura das Revoluções Científicas. Tradução Beatriz Vianna Boeira e Nelson Boeira. São Paulo: perspectiva, 2009.