TÍTULO: ENERGIA E IMPACTOS AMBIENTAIS – UMA ABORDAGEM PARA O ESTUDO DA TERMOQUÍMICA

AUTORES: FREITAS, V.A.M. (IFPB) ; LORENZO, J. G. F. (IFPB) ; SANTOS, M. DE L. B. (IFPB) ; CORDEIRO, M. DE L. G. (IEP)

RESUMO: A contextualização do ensino deve ser cada vez mais utilizada nas aulas, especialmente quando se trata de questões ambientais, pois devemos tornar os alunos cidadãos conscientes de suas ações e participativos na preservação do meio ambiente. A disciplina química tem papel fundamental nesta ação, pois os fenômenos e impactos ambientais podem ser explicados a partir da composição química das substâncias poluidoras, entendendo seu comportamento e possíveis danos causados na natureza. Este trabalho vem propor como abordar todas estas questões ao se estudar termoquímica, tornando o conteúdo mais atrativo e significativo para os alunos.

PALAVRAS CHAVES: energia, impacto ambiental, termoquímica

INTRODUÇÃO: Os fenômenos e problemas ambientais que são mencionados constantemente na mídia e vivenciados pelos alunos, constituem temas que precisam ser abordados em sala de aula, para que estes possam se conscientizar e intervir criticamente como cidadão em questões relacionadas ao meio em que vivem.
Como disposto nos PCNs do EM, o cotidiano e as relações estabelecidas com o ambiente físico e social devem dar significado a qualquer conteúdo curricular, fazendo a ponte entre o que se aprende na escola e o que se faz, vive e observa no dia-a-dia(BRASIL, 2000).
O papel do professor como educador, é fazer uma ponte que crie sentido nos conteúdos que devem ser ensinados na escola, é tornar o conteúdo mais nítido para os alunos ao discutir problemas sociais, é intervir e trabalhar com seus alunos temas que possibilitem uma melhor compreensão do meio ambiente.
Com esta preocupação, organizou-se um método para se estudar o conteúdo termoquímica, onde os alunos passaram por atividades práticas e teóricas, abordando questões ambientais e conhecimentos do seu cotidiano, facilitando a compreensão do conteúdo.


MATERIAL E MÉTODOS: A turma foi dividida em quatro grupos, tendo cada grupo um sub-tema com um roteiro do trabalho que deveriam realizar. Foi passado um vídeo Energia que dava informações sobre os tipos de energia e os danos causados ao meu ambiente e à população(SOLETROL, 2008). Ao final, discutiu-se cada sub-tema, o que seria relevante destacar e associar ao conteúdo. Também foram informadas as práticas que os grupos seriam orientados a realizar no laboratório.
A primeira prática foi o simulador do efeito estufa, apresentada pelo grupo “Aquecimento global – emissão dos gases poluentes e seus efeitos”, essa prática utiliza materiais simples e facilita a compreensão sobre o que é o efeito estufa(FARIAS, 2008). A prática do grupo “Energia não-renovável e seus principais malefícios para a humanidade”, compara a formação de fuligem durante a combustão da gasolina e do álcool, e discute o porquê das diferenças, refletindo ainda sobre a contribuição de cada um como agente poluidor(CAMPOS et al, 2006). A combustão do gás hidrogênio mostra uma energia limpa.
O grupo “Energia renovável e seus principais benefícios para a humanidade” apresentou a prática da produção do álcool a partir da fermentação do caldo de cana-de-açúcar durante sete dias. Para a finalização das práticas o grupo “A história da evolução do consumo de energia” efetuou a montagem de uma máquina a vapor(NETTO, 1999).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na primeira prática, o simulador do efeito estufa, os alunos mostraram curiosidade para tocar a água que estava dentro dos copos, e com a prática ficou bem mais fácil a compreensão do fenômeno do efeito estufa e do calor sendo retido na atmosfera (simulado pela caixinha com um copo de água dentro). Como havia também um copo fora da caixinha, os alunos conseguiram notar a diferença de temperatura entre as águas. A prática favoreceu para a compreensão do fenômeno, sendo possível discutir as causas e o agravamento do aquecimento global. Foram abordados conceitos da termoquímica, como fonte de energia, transferência de energia, o calor e absorção de calor.
O grupo sobre “Energia não-renovável e seus principais malefícios para a humanidade” realizou duas práticas, na primeira os alunos puderam observar a combustão da gasolina e do álcool, de inicio já observaram diferenças das fumaças, a da gasolina bem mais escura do que a do álcool, levantando a discussão sobre a composição química de cada combustível, sobre a combustão completa e incompleta, a liberação dos gases e fuligem. Na segunda etapa foi realizada a reação química do ácido muriático e alumínio para produção de hidrogênio. Os alunos se admiraram com a velocidade da reação e a mudança de coloração, já que gotas de fenolfltaleína foram adicionadas ao ácido. Ao tocar observaram o erlenmeyer quente, concluindo que a reação é exotérmica com liberação de calor. Com o recolhimento do hidrogênio, provocamos sua combustão, e os alunos notaram que dentro do tubo de ensaio, escorria gotículas de água. Comprovando assim, uma energia limpa, onde sua combustão não produz gases poluidores, apenas água.
Na produção do álcool a partir da cana-de-açúcar, os alunos observaram, através d





CONCLUSÕES: Ao iniciar as discussões percebeu-se que os alunos possuíam alguns conhecimentos adquiridos pelos tele-jornais, mas não conheciam cientificamente os efeitos e danos causados pelas ações do homem. Os alunos puderam aprender não apenas conceitos químicos a partir de situações do cotidiano, como houve a conscientização sobre os problemas ambientais e o que aprenderam repassaram para a escola numa exposição. A turma se mostrou curiosa pelas práticas e pela compreensão delas.
O ensino deve contribuir para dar significado à aprendizagem dos alunos e neste trabalho houve o entrelaçamento de conhecimento em diferentes formas para se enfrentar os desafios na educação.


AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro voltada para a formação de recursos humanos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 2000.

CAMPOS, M. L. A. M., ABREU, D. G., FRANCELIN, R. e SANTOS, M. M. Experimento e questões sobre combustão e energia, 2006. Disponível em: <http://www.usp.br/qambiental/combustao_energiaExperimento.html>. Acesso em 24 Abr 2011.

FARIAS, I. D., Simulador do efeito estufa, 2008. Disponível em: <http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=lcn&cod=_geocienciassimuladordoef>. Acesso em 24 Abr 2011.

NETTO, L. F., Feira de Ciências – Motor Térmico nº 2. 1999. Disponível em: <http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor08.asp>. Acesso em 24 Abr 2011

SOLETROL, Energia. 2008. Vídeo disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=b2IrFwouLdo>. Acesso em 24 Abr 2011.