TÍTULO: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO OFERTADA NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS DE ARAPIRACA – AL
AUTORES: SILVA, A. M. B. (UNEAL) ; COSTA, M.R. (UNEAL) ; SOUZA, P. M. S. (UNEAL) ; ROCHA, M. O. (UNEAL) ; OLIVEIRA, W. A. (UNEAL) ; SILVA, J. S. (UNEAL)
RESUMO: Tendo em vista a importância da potabilidade das águas para saúde, tomou-se a
iniciativa de avaliar a qualidade e o padrão de potabilidade da água que abastece as
Universidades Públicas de Arapiraca/AL, possibilitando à população acadêmica o
conhecimento deste líquido consumido diariamente. Das Universidades investigadas, uma
delas apresentou contaminação por coliformes em suas caixas d’água, estando assim em
discordância com os limites estabelecidos pela Portaria Nº 518/2004 do Ministério da
Saúde para os parâmetros avaliados. Assim, infere-se que a melhoria da qualidade da
água ofertada passa, sobretudo, pela difusão e uso de metodologias eficientes na
higienização dos reservatórios analisados
PALAVRAS CHAVES: água, potabilidade, parâmetros.
INTRODUÇÃO: A água é um recurso essencial à sobrevivência de todos os seres vivos,
constitui 70% (setenta por cento) do nosso peso corporal, regula a nossa temperatura
interna e é essencial para todas as funções orgânicas (MACHADO, et al., 2008). Em
decorrência
desses fatores o seu fornecimento em quantidade e qualidade é fundamental para a
perfeita manutenção da vida humana.
A água de qualidade, isto é, aquela que atenda aos padrões de potabilidade
estabelecidos pelos órgãos responsáveis, é uma necessidade básica de qualquer ser
humano. Toda a água a ser usada em um suprimento público, ou privado, deve ser
potável e não deve ser quimicamente pura, pois a água carente de matéria dissolvida e
em suspensão não tem paladar e é desfavorável á saúde humana. Desta forma, manter a
água potável e constantemente disponível ao homem é uma das obrigações dos órgãos
governamentais fiscalizadores (SILVA, apud CASALI, 2008).
Para ser considerada potável, a água destinada ao abastecimento da população
humana deve atender as características de qualidade que estejam de acordo com os
valores permissíveis dos parâmetros químicos, físicos, e microbiológicos. No Brasil,
estes parâmetros estão regulamentados pela Portaria do Ministério da Saúde nº 518 de
2004.
Sendo assim pretende-se com esta investigação, realizar um diagnóstico da
qualidade da água destinada ao consumo humano nas universidades públicas de
Arapiraca/AL e ainda, comparar seus padrões físico-químicos e microbiológicos tomando
como base os padrões de potabilidade estabelecidos na legislação em vigor para água
de consumo humano.
MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi desenvolvido na Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL – Campus I)
e na Universidade Federal de Alagoas (UFAL – Campus Arapiraca). Ambas são
contempladas pelo sistema de abastecimento de água da Companhia de Saneamento de
Alagoas (CASAL), empresa pública que apresenta deficiência e irregularidade em seu
fornecimento.
Parte do prédio da UNEAL é dividido com uma Escola Pública de Educação Básica.
Dessa forma, a água que abastece o local é consumida por crianças, jovens e adultos
que passam pelas instituições no decorrer dos três turnos. O imóvel conta com 3
(três) caixas d’águas destinadas apenas ao abastecimento dos bebedouros, sendo dois
deles comuns aos públicos diurno e noturno.
O armazenamento de água na UFAL também ocorre por meio de caixas d’águas, no entanto,
duas são destinadas ao consumo humano enquanto a outra atende as demais necessidades
hídricas do prédio.
Após autorização concedida pelos responsáveis das IES, foram visitados os
reservatórios e anotadas as condições de higiene dos pontos de coleta. As coletas e
as análises foram realizadas rigorosamente de acordo com o recomendado pelo Manual
Prático de Análise de Água da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Para a coleta foi
seguida esta ordem: desinfecção dos recipientes utilizados, ambientação e
descarte da primeira, segunda e terceira amostra e finalmente coleta definitiva da
água.
Para que houvesse uma maior confiabilidade nos resultados, tomou-se o cuidado
que no procedimento amostral os frascos fossem abertos somente no local de coleta,
preenchidos por completo e logo após tampados. Em um prazo máximo de 12 horas o
material foi encaminhado para o Laboratório da Usina Caeté – Unidade Marituba, a fim
de realizar a caracterização física e microbiol
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A verificação dos valores médios de pH, temperatura e nível de cloretos revelou
que todas as amostras estiveram em consonância com a legislação (Figura 1).
Entretanto, apesar de estar de acordo com os padrões, a dureza apresentou números
próximos ao limite. Sabe-se, portanto, que para o uso em banho, lavagem de louças e
roupas e muitos outros usos, a água dura não é tão eficiente quanto a mole. Calcula-
se que 10 mg/L de CaCO3 provocam o desperdício de 190 gramas de sabão puro, por cada
metro cúbico de água, por outro lado, alguns produtos químicos presentes na água
dura, tais como os silicatos e o carbonato de cálcio, são também inibidores de
corrosão eficientes, e podem prevenir danos em canalizações ou contaminações por
produtos de corrosão potencialmente tóxicos (FUNASA, 2009).
Os testes também revelaram ausência de cloro livre, porém, não foi possível
determinar a causa. Sabe-se que é aconselhável que haja um residual mínimo no ponto
final do abastecimento (MALLER, 2003).
Em relação à microbiologia das amostras, foi detectada a presença de coliformes
fecais em todas as amostras da UFAL (Figura 2), o que corresponde a aproximadamente
mais de 2.560 (duas mil quinhentos e sessenta) pessoas consumindo água contaminada.
Sabe-se que a determinação da concentração dos coliformes totais e termotolerantes
assumem importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência de
microorganismos patogênicos responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação
hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera
(CASALI, 2008). Conforme preconiza o Ministério da Saúde, águas destinadas ao consumo
humano devem ser ausentes de contaminação por coliformes.
CONCLUSÕES: Os testes realizados revelaram que em uma das IES a qualidade da água oferecida
aos estudantes estava fora dos padrões. Este fator pode ter influência direta com a má
condição de higiene dos tanques onde ocorre o acondicionamento da água que alimenta
bebedouros e torneiras.
Dessa forma verifica-se, a necessidade da manutenção e monitoramento periódico
da qualidade dos recursos hídricos ofertados à comunidade acadêmica, pois
indubitavelmente, a saúde de uma população possui relação intrínseca com a qualidade da
água que lhe é ofertada.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL, Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Manual Prático de Análise de Água. Brasília: Ministério da Saúde. 2009.
BRASIL, Portaria nº 518, de 25 de março de 2004. Normas de qualidade da água para consumo humano. Brasília: Ministério da Saúde. 2004.
CASALI, Carlos Alberto. Qualidade da água para consumo humano ofertada em escolas e comunidades rurais da região central do Rio Grande do Sul. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) – Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria, 2008. Disponível em:
<http://w3.ufsm.br/ppgcs/disserta%E7%F5es%20e%20teses/Disserta%E7%E3o%20Carlos%20Alberto%20Casali.pdf> Acessado em: 19 de mai. 2010.
MACHADO, Juliana Vicentin; et al. Avaliação dos parâmetros microbiológicos de três marcas de água comercializadas no município de Bebedouro-SP. Faculdades Integradas Fafibe. Bebedouro, 2008. Disponível em:
<http://www.fafibe.br/revistasonline/arquivos/revistaepeqfafibe/sumario/3/14042010142457.pdf> Acessado em: 01 de jun 2010.
MALLER, Alexandre; et. al. Análise de água. Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Cascavel, 2003. Disponível em: <cac-php.unioeste.br/projetos/gpps/midia/.../Saude/.../67willianandrioli. Pdf> Acessado em: 20 de mai. 2010.