TÍTULO: APLICAÇÃO DO JOGO TRILHA: UMA FERRAMENTA LÚDICA PARA REVISÃO DE QUÍMICA GERAL
AUTORES: QUEIROZ, V. B. (UFC) ; BRANDÃO, L. A. E. (SEDUC-CE) ; VAZ, S. A. (UFC) ; MOURA, R. L. A. (UFC) ; LUNA, D. I. (UFC) ; NOGUEIRA, F. K. (UFC) ; SOUSA, O. T. E. (UFC)
RESUMO: Este trabalho tem como objetivo relatar uma atividade lúdica desenvolvida pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência) nas Escolas de Ensino Médio Liceu de Messejana e Liceu do Conjunto Ceará, que integram a rede estadual da cidade de Fortaleza-CE. Para isto pesquisou-se conceitos de química geral em livros, periódicos e sites especializados no assunto, visando à elaboração de questões desse conteúdo na forma de revisão para criação do jogo. Aplicou-se esse jogo em turmas de 3º ano do ensino médio. A apresentação de dinâmicas desta natureza torna a aula mais atraente pelo fato de abordar os principais conceitos químicos através de um jogo conhecido pelos alunos, fazendo com que a química torne-se uma ciência mais prazerosa de se aprender.
PALAVRAS CHAVES: jogos, revisão, química geral
INTRODUÇÃO: Segundo Soares (2008), “no ensino de Química quando se propõe jogos e atividades lúdicas, propõe-se uma forma de divertimento junto com a aprendizagem, para também quebrar aquela formalidade entre alunos e professores além de socializá-los e fazê-los construir conjuntamente o ensino”. Os jogos educativos podem fazer parte de diversas áreas do conhecimento, uma vez que eles favorecem o aprendizado pelo erro e estimula a exploração e resolução de problemas, pois como é livre de pressões e avaliações, cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções. No entanto, a proposta deste trabalho não deve ser usada unicamente como método de ensino. Segundo Santos (2007), “a alternância de diferentes estratégias de ensino e de recursos didáticos nas aulas de química, contribuiu para os alunos se engajarem mais intensivamente nas aulas, participando com maior interesse”.
Segundo Soares (2008), “jogos que os alunos conhecem têm mais chance de funcionarem melhor, seja pelo acesso que eles têm a esse tipo de jogo, seja pelo grau de interação com ele por toda vida até aquele momento”.
Por tudo isso, utilizou-se um jogo que aborda os conceitos de química geral, para ser aplicado com alunos do 3º ano do ensino médio, que estudam estes tópicos nas séries anteriores, servindo assim, como revisão para o público-alvo.
MATERIAL E MÉTODOS: A Trilha tem como peças necessárias para o jogo: um dado, seis pinos, um tablado da trilha, 153 cartões com perguntas nas cores (verde, amarela, vermelha e preta), uma cartela referente a ações na casa lilás e uma folha-gabarito (para consulta do docente).
No início do jogo cada grupo deve colocar o seu pino no balão de início do tablado (figura 1). O jogo é realizado com seis equipes de alunos, onde cada uma lançará o dado para saber a quantidade de quadrinhos que andará, assim como também saber a cor da pergunta que responderá. Em caso de acerto, avançará no jogo de acordo com o número do dado; do contrário, permanecerá no início. Cada quadrinho, além de corresponder à cor do cartão com perguntas que as equipes devem responder, está dividida em grau de dificuldades e pontuação da seguinte maneira: quadrinho verde: vale um ponto; quadrinho amarelo: vale dois; quadrinho vermelho: vale três e quadrinho preto: vale quatro. O tablado ainda contém quadrinhos lilases, que equivalem a ações que a equipe deverá cumprir naquela rodada, por exemplo: Volte duas casas, jogue mais uma vez etc. O vencedor não será necessariamente o primeiro a percorrer todo o tablado, mas sim aquele que tiver o maior número de pontos acumulados durante o jogo.
A aplicação do jogo trilha aconteceu nas duas escolas citadas, com sete turmas de alunos do 3º ano, totalizando 265 discentes. Na Escola Liceu do Conjunto Ceará o jogo foi aplicado em um sábado letivo e na Escola Liceu de Messejana durante a semana letiva, em ambas as escolas a atividade ocorreu na aula de Química. No início da aula o docente solicitou a turma que a mesma se organizasse em círculo, em seguida a lona da trilha foi posta no centro da sala, as regras do jogo foram explanadas pelos bolsistas do PIBID.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com o término da atividade, os discentes relataram suas impressões de forma escrita, nelas os alunos descreveram que o jogo contribuiu para revisar conteúdos já vistos por eles, além de fixá-los. Relataram ainda que o jogo desperta o interesse pela disciplina, incentivando-os a aprender mais, uma vez que estes não desejam errar no jogo.
Das impressões coletadas dos alunos notou-se que a atividade contribuiu de maneira lúdica para o aprendizado, pois segundo eles “o jogo é uma forma diferente e animada de se aprender brincando”. Observou-se que os alunos que participaram da dinâmica não tiveram dificuldades quanto ao entendimento das regras do jogo, isto se deve ao fato de ele ser de cunho popular.
Em relação às perguntas, os discentes obtiveram um bom rendimento, sendo observado que em uma das turmas na qual o jogo foi aplicado o docente observou que não houve erros nas respostas dadas pelos alunos referente as questões, para isto eles compartilharam as perguntas com o grupo, desta forma, trabalhando em equipe, a turma conseguiu percorrer vários quadrinhos da trilha, consequentemente respondendo diversas questões.
A forma em que o jogo foi confeccionado e organizado pelos bolsistas do PIBID foi bem valorizado segundo os comentários dos discentes. Este trabalho veio permitir que outras abordagens de conceitos químicos sejam feitos através deste jogo, que foi de fácil aceitação.
CONCLUSÕES: Neste trabalho foi possível observar que o jogo educativo Trilha mostrou-se como um bom recurso didático alternativo, servindo como auxílio de revisão dos principais conceitos de química geral. Os assuntos explorados na Trilha foram importantes para os discentes, por serem básicos e essenciais na sua formação. Fica claro que atividade desta natureza contribui para maior interatividade entre professor e alunos, caracterizando uma ferramenta lúdica para o ensino de química, em que as “vozes” dos alunos são contempladas nas aulas.
AGRADECIMENTOS: À Capes, à professora orientadora do PIBID-Química, Maria das Graças Gomes Castilho (docente da UFC) e às Escolas de Ensino Médio Liceu de Messejana e Liceu do
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Santos, Wildson Luiz Pereira dos; (coord.). QUÍMICA & SOCIEDADE. Volume único. São Paulo: nova geração, 2007.
Soares, Márlon. Jogos para o Ensino de Química: teoria, métodos e aplicações. Guarapari-ES. Ex Libris, 2008.