TÍTULO: Nitroquim: conhecendo as funções nitrogenadas e haletos orgânicos.
AUTORES: WANDERLEY, L.P.M. (IFPB) ; SANTOS, M.L.B. (IFPB) ; LORENZO, J.G.F. (IFPB) ; SILVA, J.P. (IFPB) ; MARTINS, L.S. (IFPB) ; ROSÁRIO, R.M.F. (UFPB)
RESUMO: Este trabalho focaliza a experiência de elaboração, construção e aplicação da atividade
lúdica Nitroquim no ensino de química, que foi aplicada a 38 alunos de uma turma do 2°
ano do ensino médio de uma escola pública em João Pessoa-PB, nele apresentamos a
importância do presente jogo no processo de ensino-aprendizagem. O objetivo do jogo é
combinar grupos funcionais nitrogenados e halogenados com suas respectivas
nomenclaturas.
PALAVRAS CHAVES: atividade lúdica, ensino de química e funções nitrogenadas
INTRODUÇÃO: De acordo com Bernadelli (2004), o ensino da química seria bem mais simples e
agradável se fossem abandonadas as metodologias ultrapassadas muito utilizadas no
ensino tradicional, isto é, os métodos onde os únicos recursos didáticos utilizados
pelo professor para repassar os conteúdos aos alunos são o quadro, o pincel e a
linguagem oral e se investissem mais nos procedimentos didáticos alternativos.
Para atingir as metas almejadas de formação e desenvolvimento de habilidades no
aluno, o professor de Química pode fazer uso de várias estratégias, dentre elas as
atividades lúdicas.
Os aspectos lúdico e educativo de um jogo devem coexistir em equilíbrio, pois caso a
função lúdica prevaleça, a atividade não passará de um jogo, e se a função educativa
for a predominante, têm-se apenas um material didático (SANTANA, 2008).
O presente trabalho teve como objetivo a elaboração de um jogo educacional que
possibilite agregar conhecimentos e despertar o interesse dos alunos pela química,
assim, foi criado o jogo Nitroquim que possibilita aos alunos uma forma de aprender
brincando a identificar os grupos funcionais nitrogenados com sua nomenclatura IUPAC,
onde o interesse é despertado em função do desafio que ele impõe ao aluno.
MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente os alunos tiveram a aula teórica introdutória sobre funções nitrogenadas
e haletos orgânicos, e após esta introdução, ocorreu a apresentação do jogo e por fim
a aplicação da atividade lúdica precedida de avaliação.
O Nitroquim é um jogo formado por cartas com figuras de moléculas contendo grupos
funcionais nitrogenados e haletos orgânicos, cartelas contendo os nomes das funções
nitrogenadas e um dado com números de um a três (repetidos) para indicar a quantidade
de cartas que o jogador poderá pegar.
As cartas contendo moléculas estavam dispostas para os quatro grupos e assim deu-se
inicio ao jogo. Cada equipe deverá jogar o dado e ver a quantidade de cartas que pode
pegar para combinar grupo funcional x molécula na cartela recebida inicialmente. A
equipe terá que juntar as cartas que não serviram e devolver os descartes para o
jogo. Este ciclo deve ser feito até que uma das equipes complete a cartela
corretamente.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A utilização e aplicação do jogo Nitroquim como recurso complementar facilitador da
aquisição e socialização do conhecimento foi de grande importância tanto para os
alunos como para a professora, pois a aplicação do jogo proporcionou uma melhor
compreensão e fixação dos conhecimentos, sendo possível confirmação através da
resolução de um exercício de fixação feito após ser aplicado o jogo, no qual os
alunos foram capazes de respondê-lo sem demonstrar dificuldades.
A aplicação do lúdico possibilitou uma interação entre os alunos que se divertiram ao
participar do jogo didático, estimulando a discussão dos conteúdos de orgânica e o
interesse em fazer corretamente as correlações. Desta maneira os alunos absorveram o
conteúdo de forma dinâmica e eficiente.
Durante a aplicação os alunos se mostraram bastante interessados (figuras 1 e 2),
podendo-se perceber a tranqüilidade e a interação dos alunos diante do jogo.
CONCLUSÕES: A aplicação do jogo Nitroquim mostrou ser uma excelente alternativa para atuar como
instrumento facilitador no processo ensino-aprendizagem, criando um clima de interesse,
permitindo uma atmosfera produtiva, algo não alcançado nos métodos tradicionais.
Ao final da atividade lúdica observou-se que os alunos tornaram-se mais participativos,
obtendo uma maior fixação do conteúdo, favorecendo assim uma melhor qualidade no
processo ensino-aprendizagem.
AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro
voltada para a formação de recursos humanos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BERNADELLI, M. S. Encantar para ensinar – um procedimento alternativo para o ensino de Química. In: Convenção Brasil Latino América, Congresso Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. 1., 4., 9., Foz do Iguaçu. Centro Reichiano, 2004. CD-ROM. [ISBN – 85-87691-12-0,]. Disponível em: <http://www.inf.unioeste.br/~rogerio/Encantar-para-Ensinar.pdf>. Acesso em 20 Mai 2011.