TÍTULO: CINEQUÍMICA, UMA OPORTUNIDADE PARA DISCUTIR A QUÍMICA EM SALA DE AULA
AUTORES: GOMES, F. (IFG) ; REIS, S. B. S. A. (IFG) ; SILVA, N. A. N. (IFG) ; SILVA, M. C. (IFG) ; RAMOS, L. P. S. (IFG) ; MIRANDA, A. L. F. (IFG) ; VIEIRA, G. A. C. (IFG) ; PIMENTEL, L. G. JR. (IFG) ; SOUZA, L. B. R. (IFG)
RESUMO: Sabendo da necessidade de encontrar novas maneiras de ensinar o conteúdo de química, os bolsistas do projeto PIBID- IFG, campus Uruaçu, criaram a CINEQUÍMICA. A proposta do projeto foi despertar o interesse pela química utilizando sessões de filmes, produto do cotidiano do aluno. Cada bolsista apresentou um filme e ao final promoveu uma discussão. Para medir o que o aluno absorveu durante o filme e durante a discussão foi solicitado a cada um a síntese de uma resenha. Essa metodologia foi muito interessante visto que todos os alunos que assistiram aos filmes participaram da discussão e absorveram aquilo que foi esperado.
PALAVRAS CHAVES: cinema –ensino – pibid
INTRODUÇÃO: Levar um filme à sala de aula é mais do que opção do professor, é um compromisso com a discussão sobreas ideologias inseridas no meio de comunicação (CUNHA, 2009). Um filme não tem obrigação de mostrar a realidade, mas alguns apresentam dados de realidade que possibilitam uma boa discussão. Voltados a esta ideia e ao fato de motivar o aluno do ensino médio a gostar da disciplina de química, foi preparado uma mostra de cinema na escola campo, colégio estadual Alfredo Nasser. Os filmes foram escolhidos pelos bolsistas e apresentados aos alunos que tivessem interesse em assisti-los, ou seja, entrada livre. Ao final foi promovido um debate coletivo e o aluno pode expressar sua crítica e seus conceitos prévios, excelentes materiais para uma discussão e introdução do conteúdo de química. O uso de filmes no ensino de química vem tornar mais significativa a aprendizagem desta ciência (LEAL, 2010).
MATERIAL E MÉTODOS: Os dez bolsistas do projeto PIBID-IFG, campus Uruaçu, organizaram duas semanas de mostra de cinema na escola campo, para os alunos do ensino médio. Na primeira semana as sessões foram no período da tarde e na segunda semana, no período da manhã. Isso para não atrapalhar o andamento das aulas e dar oportunidade a todos de participarem. Preparou-se a sala de informática da escola com datashow e caixas de som para criar um ambiente de cinema. O filme foi apresentado e ao final os bolsistas iniciavam a discussão perguntando o que cada um havia entendido do filme. Após o debate, os alunos redigiram uma pequena resenha para permitir uma medição daquilo que foi absorvido durante a discussão.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os filmes selecionados para a mostra de cinema apresentam a ciência de maneira fictícia e surreal. Considerando estes dois fatores, o debate tentou esclarecer algumas dúvidas e incitar novas reflexões. Durante o debate percebeu-se que os alunos não são meros espectadores, mas elementos críticos e exigentes. Filmes como O dia depois de amanhã, O núcleo: uma missão ao centro da terra e Ataque solar, receberam falas do tipo “é claro que isso não pode acontecer, não existe” ou “impossível a terra congelar assim tão rápido”. Isso mostra que o aluno tem senso de realidade, não vive somente num mundo imaginário. Os assuntos e os títulos dos filmes apresentados estão listados na tabela abaixo. O espaço para o debate foi um momento de explicar também conceitos e relações interdisciplinares do estudo de química com a biologia, com a física e até mesmo com a geologia nos documentários sobre as vitaminas, ciência nua e crua e no filme O núcleo: missão ao centro da terra, respectivamente.
CONCLUSÕES: A utilização de filmes como metodologia de ensino possibilita um momento rico para discussão dos conteúdos de química, além de ser recurso investigativo da cultura cotidiana do aluno. Nestes momentos há uma maior interação entre todos, professor e aluno e entre alunos, essencial para a aprendizagem.
AGRADECIMENTOS: a CAPES e ao Colégio Estadual Alfredo Nasser.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CUNHA, M. B., GIORDAN, M. A imagem da ciência no cinema. Química Nova na Escola, vol. 31, nº 01, pg. 9-17, 2009.
LEAL, M. C. Didática da química – fundamentos e práticas para o ensino médio. Ed. DIMENSÃO, pg. 79-83, 2010