TÍTULO: Funil de Buchner: equipamento alternativo de baixo custo para escolas públicas

AUTORES: SÁ. A. M (IFPB) ; NETO, A. S. (CEEEAS) ; WANDERLEY, L. P. M. (IFPB) ; RODRIGUES, R. G. (IFPB) ; SANTOS, M. L. B. (IFPB) ; LORENZO, J. G. F. (IFPB)

RESUMO: É notória a dificuldade que as escolas enfrentam em relação a equipamentos e vidrarias
nos laboratórios de Ciências e Química. O presente trabalho apresenta como proposta a
construção de um funil de Buchner de baixo custo para as escolas públicas, facilitando
assim o trabalho dos professores possibilitando a introdução de novas atividades
práticas nos laboratórios de ciências da rede pública. O equipamento construído de modo
alternativo teve um baixo custo em relação aos modelos vendidos no comércio. Neste
artigo descrevemos todas as etapas envolvidas no processo de construção de um funil de
Buchner alternativo.

PALAVRAS CHAVES: funil de buchner, materiais alternativos, equipamentos de baixo custo.

INTRODUÇÃO: O ensino de química, centrado em conceitos e aulas expositivas, descontextualizado
de situações reais torna a disciplina desmotivante e cansativa para o alunado. A
atividade experimental no ensino de química é uma importante ferramenta pedagógica,
própria para despertar o interesse dos alunos (SALVADEGO, 2009).
Apesar da experimentação ser parte integral dos currículos de ciências da Inglaterra
e Estados Unidos desde o final do século XIX, teve um incremento após o lançamento do
satélite soviético Sputnik em 1957, com a política americana de formação de
cientistas (JONG, 1998).
A experimentação é uma ferramenta muito importante no processo de ensino-
aprendizagem de química, porém é necessário que as atividades sejam bem elaboradas e
bem aplicadas para se obter resultados significantes no ensino (GALIAZZI e GONÇALVES,
2004). Para superarmos as limitações dos laboratórios de nossas escolas buscamos
desenvolver um funil de Buchner com materiais alternativos, destinado ao laboratório
de ciências do Centro Estadual Experimental de Ensino-Aprendizagem SESQUICENTENÁRIO,
para os alunos do ensino médio realizarem aulas práticas envolvendo análises
químicas.
A falta de um funil de Buchner limita as atividades práticas que podem ser
utilizadas, colocando em risco a qualidade técnica da analise, já que durante as
análises torna-se necessário a utilização de um meio de filtragem a vácuo para a
separação de misturas.


MATERIAL E MÉTODOS: O material utilizado na construção do funil de Buchner foi um funil caseiro feito de
plástico com 8,5 cm de diâmetro e 15 cm de altura, adaptou-se, com massa epóxi, uma
tampa metálica encontrada em latas de conservas de 7,5 cm de diâmetro, previamente
perfurada com vários furos, no interior do funil.
O equipamento teve um custo final de R$ 2,00, pois procuramos aproveitar ao máximo
materiais recicláveis, tornando-o viável para as escolas públicas.




RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com a finalidade de verificar a eficácia do equipamento foi realizado um experimento
no qual comparou-se o desempenho de um funil de buchner comercial com o desempenho do
funil de buchner alternativo. Nas mesmas condições de temperatura e pressão, o funil de
buchner comercial filtrou 250 mL em 10,38 segundos, enquanto que o funil de buchner
alternativo realizou a mesma filtração em 11,03 segundos. Os resultados confirmam a
eficácia do equipamento alternativo.
O funil alternativo foi utilizado em práticas com os alunos do ensino médio
apresentando um desempenho bastante satisfatório.


CONCLUSÕES: O trabalho demonstrou que a construção de um equipamento alternativo para filtragem a
vácuo é de grande valia para as escolas que dispõe de baixo custo e pouca
infraestrutura no laboratório de ciências e química.
Demonstrando ter uma eficiência extremamente próxima a do comercial, o funil de
buchner veio a incentivar o uso consciente e ecológico de materiais recicláveis que
muitas vezes sujam nosso meio ambiente.


AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES – Projeto PIBID, entidade do


Governo Brasileiro voltada para a formação de recurso

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GALIAZZI, M. C.; GONÇALVES, P. F., A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em química. Revista Química Nova, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 326-331, 2004. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/2004/vol27n2/26-ED02257.pdf. Acesso em 15 julho 2010.

JONG, O. Los experimentos que plantean problemas em lãs aulas de química: dilemas y soluciones. Ensenanza de las Ciências, v. 16, n. 2, 1998

SALVADEGO, W. N. C. A atividade experimental no ensino de Química: uma relação com o saber profissional do professor da escola média, 2007, Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina.