TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES DE NIVEL SUPERIOR (ORIUNDOS DE ESCOLAS ESTADUAIS E PARTICULARES) DURANTE UMA AULA DE QUÍMICA EXPERIMENTAL DO PRIMEIRO SEMESTRE

AUTORES: XAVIER, D. K. S. (UFRN) ; COSTA, P. R. F. (UFRN) ; PONTES, J. P. S. D. (UFRN) ; SILVA, M. H. C. (UFRN) ; MARTINEZ-HUITLE, C. A. (UFRN)

RESUMO: O ensino básico no Brasil é oferecido pelo governo de forma publica e também pode ser encontrado de forma privada. Desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar os estudantes de nível superior cursando o primeiro semestre oriundo de escolas estaduais e particulares durante uma aula prática de química através do comportamento de cada um e de uma entrevista em forma de questionário. A aula experimental contava com a participação de 32 alunos. 40 % eram procedentes de escolas publicas e 60 % de escolas privadas, onde foi possível concluir que quando o aluno vem do ensino publico, não tem base alguma do que seria um laboratório de química e o aluno que é oriundo do ensino privado apresenta mais segurança, pois estas aulas fizeram parte de sua formação básica.

PALAVRAS CHAVES: química experimental, laboratório de química e ensino básico no brasil

INTRODUÇÃO: O ensino básico no Brasil é oferecido pelo governo de forma publica e também pode ser encontrado de forma privada. Porém existe uma grande diferença notória que é observada no nível superior entre estudantes que foram oriundos de escolas publicas e privadas, pois aqueles que cursaram o ensino médio em escolas publicas apresentam maiores dificuldades no aprendizado, um maior desinteresse ou até mesmo certo receio quando se apresenta algo novo. Já o estudante oriundo de escola privada mostra mais desenvolvimento em seu aprendizado, sendo mais exigente consigo e mostra ter um grande conhecimento de uma forma geral.
Esta diferença é bem evidente quando estes dois tipos de alunos se encontram em uma disciplina na universidade, como por exemplo, uma disciplina de química experimental que tem como objetivo ministrar aulas práticas em um laboratório de química. A falta de laboratórios de química em uma unidade escolar de ensino básico é um grande prejuízo para o aprendizado dos alunos da rede pública e uma desvantagem sobre alunos das escolas particulares (SILVA e FROTA, 2010), pois estes têm em sua rede escolar aulas práticas, onde se desenvolve um conhecimento real do que seria e como seria um laboratório de química.
Então, desta forma, este trabalho teve como objetivo avaliar o impacto de estudantes de nível superior cursando o primeiro semestre oriundo de escolas estaduais e particulares ao vivenciar uma aula prática de química experimental através da observação do comportamento de cada aluno e de uma entrevista em forma de questionário aplicado no término da aula experimental.


MATERIAL E MÉTODOS: Para se avaliar qual seria o impacto de uma aula de química experimental ministrada para alunos de curso superior do primeiro semestre, inicialmente foram determinados quantos alunos da disciplina eram oriundos de escola publica e particular. Logo depois, em forma de observação, acompanhou-se o comportamento de cada um durante a realização do desenvolvimento da prática, monitorando as dificuldades quanto ao manuseio das vidrarias e equipamentos utilizados para a concretização do experimento. Ao terminar o desenvolvimento do experimento, foi aplicada uma entrevista em forma de questionário, onde envolvia perguntas, como por exemplo, se o estudante já havia tido aula experimental de laboratório, se teve dificuldades de manusear os equipamentos, se já tinha conhecimento de tudo que foi apresentado para o desenvolvimento da prática, nome de vidrarias, nome de equipamentos, se teve receio no momento de desenvolver o experimento, entre outras. Em seguida, foi elaborado um relatório avaliativo e de acompanhamento apresentando o impacto da aula para cada estudante presente no experimento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A aula experimental contava com a participação de 32 (trinta e dois) alunos, onde 40 % eram procedentes de escolas publicas e 60 % de escolas privadas.
No momento da Ministração da aula, ou seja, de como seria desenvolvido o procedimento experimental, foi observado que todos os alunos se encontravam com sua atenção totalmente voltada para a explicação, observando cada detalhe de como deveria proceder para o desenvolvimento correto da prática.
Quando foram autorizados a iniciar o experimento, a maioria dos estudantes procedentes de escolas publicas não se manifestaram, apresentando-se sem iniciativa e com receio de começar a realizar a prática. Também se mostraram com receio em usar a balança analítica e o reagente a ser pesado. Ainda apresentaram falta de conhecimento e a finalidade do uso de algumas vidrarias, onde foi alegada esta falta de noção por nunca terem vivenciado este tipo de aula no ensino médio.
Já os alunos que eram procedentes do ensino privado, apresentaram maior desenvolvimento e rapidez no procedimento experimental, mostrando ter conhecimento em manusear uma balança analítica e a maioria dos equipamentos apresentados para a realização do experimento e, ainda não mostraram falta do conhecimento em vidrarias, deixando claro, que as aulas práticas de laboratório já faziam parte de seu cotidiano em sua formação básica.


CONCLUSÕES: Com a observação e acompanhamento destes dois tipos de estudantes, foi possível concluir que quando o aluno vem do ensino publico, não tem base alguma do que seria um laboratório de química ou do que seria uma aula prática, pois estes não tiverem em sua formação aulas que interligassem teoria e prática. Ainda conclui-se que o aluno que é oriundo do ensino privado apresenta mais segurança ao está vivenciando uma aula prática, pois estas aulas fizeram parte de sua formação básica, onde o professor associava a aula ministrada em sala com o procedimento experimental apresentado em laboratório.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: SILVA, A. M.; FROTA, R. E. G. Dificuldade de Aprendizagem em Química como uma das causas da Evasão Escolar. In: SIMPÓSIO BRASILEIR DE EDUCAÇÃO QUÍMICA, 8, 2010, Natal. Resumo... Rio Grande do Norte, Associação Brasileira de Química. Disponível em: <http://www.abq.org.br/simpequi/2010/trabalhos/147-6163.htm>. Acesso em 10 de abr de 2011.

BEREZUK, A. P.; INADA, P. Avaliação dos laboratórios de ciências e biologia das escolas públicas e particulares de Maringá, Estado do Paraná. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, v. 32, n. 2, p. 207-215, 2010. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/viewFile/6895/6895>. Acesso em 12 de Abr de 2011.

GIMENEZ, S. M. N.; ALFAYA, AA. A. S.; ALFAYAA, R. V.S.; YABE, M. J. S.; GALÃO, O. F.; BUENO, E. A. S.; PASCHOALINO, M. P.; PESCADA, C. E. A.; HIROSSI, T.; BONFIM, P. Diagnóstico das Condições de Laboratórios, Execução de Atividades Práticas e Resíduos Químicos Produzidos nas escolas de Ensino Médio de Londrina – PR. Química Nova na Escola, n. 23, 2006. Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc23/a08.pdf>. Acesso em 13 de Mar de 2011.