TÍTULO: A EXPERIMENTAÇÃO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO ENSINO DE QUÍMICA.
AUTORES: SILVA, A.D.L. DA (UEPA) ; SILVA, I.R. DA (UEPA)
RESUMO: Possibilitar um conhecimento capaz de torná-lo próximo às vivências cotidianas dos alunos é um grande desafio enfrentado por muitos educadores em Química, por isso no decorrer do trabalho enfatizamos a contextualização do conhecimento químico como fator que promove aprendizagem e forma cidadãos críticos. Além disso, mostramos a importância do uso da experimentação no ensino de química baseado em dados coletados com 100 alunos do ensino médio da rede pública através da aplicação de um questionário, objetivando conhecer a visão dos alunos em relação às aulas experimentais como fator decisivo no processo de ensino aprendizagem do conteúdo de química. Com os resultados obtidos,foi possível comprovar que o uso das atividades experimentais é fundamental para estimular o interesse dos alunos.
PALAVRAS CHAVES: contextualização,ensino de química,experimentação.
INTRODUÇÃO: A Atual situação do ensino de química no Brasil enfrenta um desafio em pleno século XXI: a necessidade de apresentar o conteúdo de química de forma dinâmica, que venha possibilitar aos alunos compreender tal ciência e imprimir significado aquilo que lhes são transmitidos nas escolas. A forma como a maioria desses conteúdos é repassada acaba fazendo com que os alunos adquiram a concepção de que “estudar química é difícil”. Nesse sentido, propomos apresentar a experimentação no ensino de química como uma das inúmeras possibilidades de se trabalhar o conhecimento dessa disciplina em sala de aula, ressaltando sua importância, uma vez que esta Ciência por si mesma é experimental. Sobre esse aspecto, Ferreira, Hartwig & Oliveira (2010, p.101) afirmam que “a experimentação no ensino de Química constitui um recurso pedagógico importante que pode auxiliar na construção de conceitos”. Além disso, podemos dizer também que a experimentação torna-se essencial no processo de ensino aprendizagem, sendo assim, associar teoria a prática implica tornar o conhecimento mais relevante, uma vez que os alunos têm a oportunidade de imprimir um significado àquilo que lhes é ensinado. Além disso, segundo Bueno et. al (2011,s/p.), “a função do experimento é fazer com que a teoria se adapte à realidade [...]”. Isso significa, portanto, que as atividades experimentais devem partir de um contexto, pois, de acordo com Ferreira, Hartwig & Oliveira (2010, p.102),” a maioria dos alunos tem dificuldades para utilizar o conteúdo trabalhado nas aulas experimentais em situações extraídas do cotidiano porque as realizam em um contexto não significativo.”Percebemos, portanto, que a forma como o conhecimento químico é transmitido não atende às necessidades reais dos alunos.
MATERIAL E MÉTODOS: A metodologia utilizada consistiu na aplicação de um questionário aplicado com 100 alunos do ensino médio da rede pública de ensino da Escola Estadual de Ensino Médio Frei Miguel de Bulhões no município de São Miguel do Guamá - Pará. Essa pesquisa foi realizada com alunos das três séries do ensino médio, sendo em turmas da 1ª, 2ª e 3ª séries, respectivamente, do turno vespertino.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Após coletarmos todas as amostras, a partir dos dados do questionário aplicado aos alunos da 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, pudemos realizar estimativas percentuais, de acordo com as respostas dadas pelos mesmos, para as primeiras cinco perguntas:1.O conteúdo de Química é desenvolvido a partir de atividades experimentais?A maioria ( 57%, dos alunos) respondeu que sim, enquanto a minoria deles (43%) afirmaram que não.2.O professor costuma relacionar teoria com a prática?40% disseram que sim e os que acreditam que não, foram 60%.3.A química é interessante para você?Novamente a maioria, 69%, afirmou que sim, pois conseguem identificar a química em seu cotidiano, enquanto que a minoria, 7%, disse que não, pois inexiste relação com o seu cotidiano, porém ainda tivemos 24% que afirmaram não saber.4.Com relação ao experimento, você considera:neste quesito, 72% dos alunos confirmaram ser importante, pois os ajuda a compreender melhor o conteúdo de química, enquanto 28% julgam não saber, pois não conseguem compreender, nem relacionar com o conteúdo.Ninguém julgou ser desnecessário o uso de experimentos.5.Você se lembra de já ter feito alguma aula experimental?Nesta pergunta, 40% disseram não se lembrar de terem feito, 22% afirmaram que sim, mas não de Química e outros 38% responderam sim, de Química.Com relação às perguntas subjetivas contidas no questionário:6.Que concepção você têm sobre aulas práticas?Elas ajudam ou não na aprendizagem?“Melhora o aprendizado teórico e permite melhores conhecimentos, também ajuda a compreender melhor a relação da química com o dia – a – dia e a desenvolver ideias, contribuindo na formação do cidadão”.7.Que sugestão você daria para a melhoria do ensino e aprendizagem de química em sua escola?“Escola mais estruturada com um laboratório.
CONCLUSÕES: Através dos resultados obtidos na pesquisa realizada, podemos confirmar que as atividades experimentais são importantíssimas na “construção” do conhecimento químico,assim como de outras disciplinas que utilizam esse recurso, pois não se pode dissociar a teoria da prática, uma complementa a outra e propicia o processo de aprendizagem, segundo os alunos que responderam ao questionário.Partindo desse pressuposto, podemos comprovar a veracidade dessa concepção, uma vez que as atividades práticas,devem funcionar como uma forma de compreensão dos fenômeno químicos presentes em nosso dia-a-dia.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a DEUS e a todos os amigos que puderam colaborar conosco na realização deste trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BUENO, Lígia. Et al.O ensino de química por meio de atividades experimentais: a realidade do ensino nas escolas. Disponível em: www.unesp.br/prograd/ENNEP/Trabalhos%....Acesso em: 23/03/2011.
FERREIRA, Luiz Henrique, HARTWIG, Dácio Rodney & OLIVEIRA, Ricardo Castro de.Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola, v.32, nº 2, p. 101- 106, maio 2010.