TÍTULO: Oficina de sabonete e perfume: uma forma empreendedora de aprender Química.

AUTORES: SILVA; J. P. (PIBID-IFPB) ; FERNANDES; L. M. (PIBID-IFPB) ; FALCÃO; B. G. (PIBID-IFPB) ; SOARES; P. S. (IFPB) ; SANTOS; A. D. O. (PIBID-IFPB) ; ROSÁRIO; R. M. F. (PIBID-EEEFMP) ; MARTINS; L. S. (PIBID-IFPB)

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo contribuir na aquisição de conhecimentos, na área de química, do alunado da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Pedro Anísio Bezerra Dantas (João Pessoa - PB), por meio da realização de uma Oficina de Sabonetes e Perfumes, considerando fatores motivadores, uma experimentação extraclasse no aprendizado em Química e também a alternativa de complementação orçamentária das famílias. Para tal, os alunos estagiários do PIBID na referida escola, dividiram o grupo de alunos em dois subgrupos e as oficinas ocorreram simultaneamente. Os resultados obtidos destacaram a importância da atividade como auxílio ao ensino de Química.

PALAVRAS CHAVES: oficina, empreendedorismo, química.

INTRODUÇÃO: É notório que o ensino de química traduz-se, normalmente, de forma breve e descontextualizada e que o ensino público, por suas falhas, acaba por acomodar o professor e remetê-lo a somente transmitir, não sendo, normalmente, um agente inovador no processo de ensino-aprendizagem.
A escola, local onde se desenvolve a formação intelectual do indivíduo, deve abrir espaços para que o educando vá adquirindo, durante a sua formação, uma visão mais ampla do mundo, através do conhecimento. SAVIANI (2005) pressupõe a educação como uma atividade mediadora no seio da prática social global, uma das mediações pela qual o aluno, através da intervenção do professor e de sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sinergética) a uma visão sintética mais organizada.
Trabalhar o empreendedorismo na escola tem como objetivo “contribuir para a formação de jovens, através de uma proposta pedagógica inovadora, capaz de transformar as suas competências básicas em competências empreendedoras, duráveis, essenciais e necessárias ao seu desenvolvimento profissional, pessoal e futuro” (LIBERATO, 2007).
Foi com a intenção de uma proposta pedagógica inovadora que surgiu a idéia de realizar a Oficina de sabonetes e perfumes nas turmas do Ensino Médio de uma escola pública visando não só a relação empreendedora, mas, uma forma dos discentes aprenderem conceitos de Química de uma maneira metodológica diferenciada.

MATERIAL E MÉTODOS: Iniciou-se a metodologia, com abertura de vagas que seriam disponibilizadas aos discentes para as oficinas. Ao total foram 60 (sessenta) vagas, sendo 30 (trinta) para a oficina de sabonetes e 30 (trinta) para a oficina de perfumes, ambas divididas em duas turmas de 15 (quinze) discentes. Para iniciar a oficina aplicou-se um questionário (pré) voltado para o interesse do discente na participação do projeto, os possíveis benefícios que a oficina lhe traria, bem como a relação que os discentes destacariam com a Química. Feita a avaliação foram iniciadas as oficinas, sendo ministradas simultaneamente, nas quais foram seguidos roteiros para a execução do processo com participação dos discentes, tanto na parte prática quanto na discussão de conceitos químicos ao longo da prática como: introdução ao laboratório, transformação da matéria, misturas, polaridade, solubilidade, reações químicas, funções orgânicas e cinética química. Ao finalizar as oficinas, amostras dos produtos foram entregues aos discentes participantes. Por fim, foi aplicado um questionário (pós) voltado para a análise do aprendizado em Química a partir de conhecimentos pré-existentes e a importância da atividade extraclasse na Escola visando, também, o empreendedorismo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O instrumento de avaliação (questionário - pré) continha quatro questões que falavam das expectativas que os discentes tinham das Oficinas, bem como da relação que a Oficina teria com a disciplina Química. Através do gráfico 1, pode-se visualizar uma das questões expressas no questionário pré-avaliativo, é possível destacar que a grande maioria dos alunos participantes afirmou esperar algum benefício na participação da oficina, sendo mais da metade das opiniões direcionadas para o fim comercial.
Para o método avaliativo seguinte (questionário pós-avaliativo) as perguntas foram direcionadas ao conhecimento de Química e aplicabilidade/aprendizado proveniente da oficina. Podendo-se visualizar o resultado de uma questão no gráfico 2, onde os alunos puderam expor quais conteúdos de Química foram abordados ao longo da realização da oficina.





CONCLUSÕES: Diante dos resultados obtidos ficou notório o interesse dos discentes quanto à aplicabilidade do conhecimento adquirido na oficina em sua vida como acesso a renda financeira, bem como a compreensão de conceitos químicos abordados durante as oficinas.

AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo Brasileiro voltada para a formação de recursos humanos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FREIRE, Paulo. Educação como prática de liberdade. 17a Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.
LIBERATO, A. C. T., Empreendedorismo na Escola Pública: despertando competências, promovendo a esperança!, 2007, Acesso em 18 Mai 2010. Disponível em: http://www.oei.es/etp/empreendedorismo_escola_publica_teixeira.pdf.
LOMBARDI, J. C. e SAVIANI, D. Marxismo e Educação: debates contemporâneos. Campinas: Autores Associados, HISTEDBR, 2005.