TÍTULO: A utilização de jogos didáticos como prática metodológica no ensino de Química
AUTORES: MONTEIRO,A.A.P. (IFPA) ; BARBOSA, A. R. (IFPA) ; LOPES, A. N. S. (IFPA) ; JESUS, J. A. (IFPA) ; GONÇALVES, W. S. (IFPA)
RESUMO: Este trabalho focaliza a aplicação de jogos didáticos no Ensino de Química, com alunos do ensino médio da Rede pública de ensino de Belém-Pará. Neste trabalho propõem-se inúmeras atividades, visando favorecer o processo ensino-aprendizagem dos alunos em relação à tabela periódica. A realização destas atividades facilita a assimilação e a compreensão do assunto. Os jogos ajudam a construir novas descobertas, enriquece a personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva o professor a condição de estimulador da aprendizagem. Nosso objetivo é tornar essa atividade um importante meio educacional, estimulando o desenvolvimento integral e dinâmico do aluno na área social, além de contribuir para a construção da visão crítica e senso de responsabilidade às implicações da disciplina.
PALAVRAS CHAVES: jogos didáticos, ensino de química, lúdico, aprendizagem.
INTRODUÇÃO: Durante muitos anos o ensino de química se resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas. Favorecendo um ensino totalmente desvinculado da realidade do aluno. Hoje, nosso grande desafio como educadores, é tornar este ensino mais interessante do que complicado. Sabe-se que isto não é tarefa fácil. Mas é o primeiro passo para despertar nos alunos o gosto pela disciplina. Uma ótima maneira de apresentar o universo da química cheio de possibilidades, para os alunos é por meio de jogos didáticos. Atuando como elemento motivador e facilitador do processo de ensino e aprendizagem de conceitos científicos. Objetivando não só a memorização do assunto abordado, mas conduzir o aluno ao raciocínio e a reconstrução do seu conhecimento.
Os jogos didáticos podem ser empregados em uma variedade de propósitos, dentro do contexto de aprendizado. Ativando o pensamento e a memória, além de oportunizar a expansão das emoções e da criatividade dos alunos. Enriquecendo as visões de mundo e as trocas de experiências entre eles. Tendo em vista, que cada indivíduo não é dotado do mesmo conjunto de competências, por isso, nem todos aprendem da mesma forma, segundo a teoria das múltiplas inteligências de Gardner (1985). Portanto, cabe ao educador descobrir alternativas que colaborem para o desenvolvimento das diversas competências do educando e que o conduzam não só ao conhecimento cognitivo, mas a um conhecimento do seu ser como um todo. É nesse contexto que os jogos didáticos de química, ganham um espaço como ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe um estímulo ao interesse do aluno. Levando a uma interpretação do conhecimento químico, como um meio de entender o mundo e a realidade dos alunos, desenvolvendo a capacidade de interpretação e tomadas de decisões.
MATERIAL E MÉTODOS: Os jogos pedagógicos utilizados neste trabalho foram adaptados para o ensino da química, mais especificamente para a tabela periódica. Dividiu-se os alunos do 1º ano do ensino médio, em grupos de quatro componentes, realizou-se a aplicação dos jogos. A premiação foi atribuída durante o processo avaliativo, ao final da aplicação dos jogos cada equipe recebeu o esboço da tabela periódica com a indicação e a localização das famílias e períodos, que foi preenchida por cada equipe a partir da configuração eletrônica dos elementos. A partir da configuração, o professor pôde ainda solicitar a classificação geral dos elementos com a coloração da tabela de posicionamento, tonalizando os metais, ametais, semi-metais e gases nobres.
As propriedades periódicas também foram avaliadas, verificando o raio atômico, a energia de ionização, afinidade eletrônica, eletronegatividade, densidade, ponto de fusão e ebulição.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O resultado da sondagem realizada com os alunos, antes da aplicação dos jogos, revelou completo desconhecimento dos elementos mais essenciais presentes no nosso dia-a-dia. Com a utilização dos “jogos pedagógicos”, os alunos além de memorizarem mais elementos do que eram do seu conhecimento, descobriram as diversas aplicações no cotidiano dos elementos químicos e sua importância econômica.
A competição entre as equipes foi um agente motivador, possibilitando uma prática saudável e significativa. Isto foi verificado quando os alunos fizeram associações e levantamento de questões a respeito das contaminações dos rios, lagos e alimentos por elementos químicos considerados tóxicos, como resíduos industriais. Segundo Neto (1992), “se o ensino for lúdico e desafiador, a aprendizagem prolonga-se fora de sala de aula, fora da escola e pelo cotidiano”. Num crescimento muito mais rico do que algumas informações que o aluno precisa decorar para as provas. Estas atividades têm como objetivo contribuir para que os alunos se tornem familiarizados com a tabela periódica, além de desenvolver uma relação entre os nomes e os símbolos dos elementos da tabela periódica. (SANTANA, 2006)
CONCLUSÕES: A avaliação foi muito positiva quanto à utilização dos jogos pedagógicos no ensino de química, como facilitador para a aprendizagem, despertando uma nova consciência de valor, bem como o interesse para a questão da toxidade de alguns elementos químicos e da poluição ambiental. Os jogos pedagógicos mostraram-se bastante úteis como recursos didáticos alternativos, demonstrando para professores e alunos que existem diferentes maneiras de se efetivar um aprendizado significativo, dinâmico e principalmente com bases concretas, sem fugir das matrizes curriculares.
AGRADECIMENTOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: GARDNER, H. Frames of Mind: The Theory of Multiple Intelligences. New York: Basic Books, 1985.
NETO, E. R. Laboratório de matemática. In: Didática da Matemática. São Paulo: Ática, 1992. 200p. p. 44-84.
SANTANA, E. M. O Ensino de Química através de Jogos e atividades lúdicas baseados na teoria motivacional de Maslow. Ilhéus (Bahia), 2006, 62p. Monografia de Conclusão de Curso (graduação) – Área de concentração: Ensino de Química, Colegiado do Curso de Licenciatura em Química, Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas –Universidade Estadual de Santa Cruz.