TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE TERMOS INDEVIDOS OU INFORMAÇÕES INCOMPLETAS NOS LIVROS DIDÁTICO DE ENSINO MÉDIO

AUTORES: PASSOS, M.H. DA S. (IFPI PICOS) ; SANTOS, A.O. DOS (IFPI PICOS) ; ROCHA, T.V. DE S. (IFPI PICOS) ; GOMES, R. DE C (IFPI PICOS) ; SOUZA, J.M. DE (IFPI PICOS) ; SOUSA, N.M.S. (IFPI PICOS)

RESUMO: O livro didático como ferramenta para o ensino é e pode continuar sendo um recurso
importante tanto para o aluno quanto para o professor, pois tem cumprido a função de
apresentar o conjunto de conteúdos considerados importantes nas diferentes áreas e
disciplinas escolares. Ao apresentar esse conteúdo e propostas de sistematização sob a
forma de exercícios, em uma linguagem que as editoras se esforçam para tornar
acessível, o livro didático representa importante fonte de consulta. Mas todo livro
didático será sempre insuficiente e isso basta para caracterizá-lo como insuficiente.
Por isso deve (ou deveria) ser apenas um dos recursos didáticos do professor. Nesse
trabalho foram analisados seis livro de química destinados ao ensino médio de modo a
perceber informações incompletas ou indevidas

PALAVRAS CHAVES: livro didático, ensino, química

INTRODUÇÃO: O livro didático como ferramenta para o ensino é e pode continuar sendo um recurso
importante tanto para o aluno quanto para o professor, pois tem cumprido a função de
apresentar o conjunto de conteúdos considerados importantes nas diferentes áreas e
disciplinas escolares. Ao apresentar esse conteúdo e propostas de sistematização sob
a forma de exercícios, em uma linguagem que as editoras se esforçam para tornar
acessível (o que, em alguns casos, mas não em todos, pode ser considerado
simplificação), o livro didático representa importante fonte de consulta. Mas todo
livro didático será sempre insuficiente e isso basta para caracterizá-lo como
insuficiente. Por isso deve (ou deveria) ser apenas um dos recursos didáticos do
professor. Ao consideramos as propostas da nova LDB, o livro didático como recurso
pedagógico único mostra-se ainda mais insuficiente. Não será possível contemplar a
heterogeneidade, considerar a experiência cotidiana e os interesses do universo do
aluno, ou estabelecer uma visão mais ativa entre o aluno e o objeto de conhecimento
se o professor seguir apenas um único e mesmo material didático, não importando o
grupo com o qual trabalhe ou a região em que atue, para ficarmos apenas em alguns
exemplos de incompatibilidade entre o livro didático como recurso único e as
propostas da LDB. É fundamental que o livro didático apresente propostas que
valorizem menos a memorização, a mecanização de procedimentos e a aplicação de
fórmulas para abrir possibilidades mais estimulantes de trabalho, que desafiem o
aluno provocando seu raciocínio, sua capacidade de buscar soluções, sua curiosidade.
O fato de haver desenvolvimento da capacidade de interpretar os dados com a
finalidade de compreender o sentido químico e não apenas de “decorar”, nos leva a
investigação

MATERIAL E MÉTODOS: FORAM UTILIZADOS 6 LIVROS DESTINADOS AO ENSINO MÉDIO

LIVRO A: Química - Química Geral - Vol. 1, 7ª Edição, Editora Moderna
LIVRO B: FONSECA, Martha Reis Marques da. Química, vol 1, FTD, São Paulo, 2001
LIVRO C: Usberco, J.; Salvador, E.; Química: vol. 1 Físico-Química, Editora Saraiva,
São Paulo 2007
LIVRO D: Química - Volume 2 - Físico-química, 7ª Edição, Editora Moderna
LIVRO E: FONSECA, Martha Reis Marques da. Química, vol 2, FTD, São Paulo, 2001
LIVRO F: Usberco, J.; Salvador, E.; Química: vol. 2 Físico-Química, Editora Saraiva,
São Paulo 2007

RESULTADOS E DISCUSSÃO: PRIMEIRAMENTE, PARA OS LIVROS DE VOLUME1, FORAM ANALISADOS OS CONCEITOS OU EMPREGO
DOS TERMOS SUBSTÂNCIA, MISTURA, DISSOCIAÇÃO, IONIZAÇÃO, GEOMETRIA E INTERAÇÕES ENTRE
ESPÉCIES. PARA O LIVRO DE VOLUME 2 FORAM ANALISADOS APENAS OS CONCEITOS OU EMPREGOS
DOS TERMOS SOLUÇÃO E PROPRIEDADES COLIGATIVAS.
EM TODOS OS LIVRO DE VOLUME 1 APARECE O TERMO SUBSTÂNCIA PURA, O QUE LEVA A CRER QUE
EXISTE SUBSTÂNCIA IMPURA. NO LIVRO A VEM A INFORMAÇÃO DE QUE ÁGUA E ÓLEO NÃO SE
MISTURAM E NA VERDADE O AUTOR ESTÁ CONFUNDINDO MISTURAR COM DISSOLVER. O LIVRO A
APRESENTA DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS ENTRE DISSOCIAÇÃO E IONIZAÇÃO, PORÉM O MESMO
COMETE EQUÍVOCOS AO CONFUNDIAR DISSOCIAÇÃO MOLECULAR(SEPARAÇÃO DE MOLÉCULAR) COM
IONIZAÇÃO (FORMAÇÃO DE ÍONS ATRAVÉS DE CISÃO HETEROLÍTICA). OS LIVROS A, B, e C
TRAZEM A GEOMETRIA MOLECULAR E INTERAÇÕES INTERMOLECULARES, MAS NÃO DIFERENCIAM OU
DEFINEM GEOMETRIA DE ESPÉCIES CARREGADAS OU INTERAÇÕES DO TIPO ÍON-DIPOLO. NOS LIVROS
D, E e F APARECE O TERMO "SOLUÇÃO SATURADA COM CORPO DE FUNDO". SOLUÇÕES SÃO MISTURAS
HOMOGÊNEAS. SE UM SISTEMA POSSUI CORPO DE FUNDO SÃO VERIFICADAS NO MÍNIMO 2 FASES,
LOGO É UMA MISTURA HETEROGÊNEA. O LIVRO D DEFINE PROPRIEDADES COLIGATIVAS COMO
PROPRIEDADES QUE DEPENDEM EXCLUSIVAMENTE DO NÚMERO DE PARTÍCULAS DISPERSAS NO
SOLVENTE, PORÉM TIVERMOS DOIS RECIPIENTES CONTENDO 2l E 4 l DE ÁGUA RESPECTIVAMENTE E
AOS MESMOS ADICIONAR 20 g DE SACAROSE. O NÚMERO DE PARTÍCULAS DISPERSAS É O MESMO,
MAS OS EFEITOS COLIGATIVOS SÃO DIFERENTES.

CONCLUSÕES: DOS LIVROS ANALISADOS APRESENTARAM MAIS IRREGULARIDADES O LIVRO A E O LIVRO D. É
NECESSÁRIO QUE SE TENHA MUITO CUIDADO AO DEFINAR OU UTILIZAR ALGUM TERMO EM QUÍMICA,
POIS A TENTATIVA DE FACILITAR O ENTENDIMENTO PODE ACABAR DISTORCENDO O SENTIDO QUÍMICO

AGRADECIMENTOS: AOS ALUNOS DO MÓDULO III DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
AO COORDENADOR MARON STANLEY, QUE FORNECEU TODOS OS SUBSÍDIOS PARA UMA BOA PESQUISA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: • FURTH, Hans G. Piaget na sala de aula. 6ed São Paulo: Forense Universitária, 1997.
• MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro.3 ed, São Paulo: Cortez, 2001.
• Parâmetros Curriculares Nacionais, PCNens. médio. Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias, 3 ministérios da educação. Secretaria de Educação média e tecnológica: Brasília, 1999.
• PARECER CNE/CES 1.303/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Química.
• SANTOS, Wildson Luiz P. dos. Educação em Química: Compromisso com a cidadania. 2 ed, Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2000.
• SANTOS, Wildson Luiz P. dos. Função Social: o que significa o ensino de química para formar o cidadão?. Química Nova na Escola, nº 4, p.28-34, novembro de 1996.
• SCHNETZLER, Roseli Pacheco ,ARAGÃO, Rosália Maria Ribeiro. Importância, sentido e contribuições de Pesquisas para o Ensino de Química. Química Nova na Escola, nº 1, p.27-31, maio de 1995.
• Série Documentos. Os Quatro Pilares da Educação in Referências para uma nova Práxis educacional. 2 ed, Brasília: Edição Sebrae, 2001, p.79-96.