TÍTULO: A Química e as dificuldades de aprendizagem: Estudo de caso na rede estadual do Município de Maracanaú-CE
AUTORES: DUARTE, R.A.S. (IFCE) ; FREITAS, M.Z.S. (IFCE) ; OLIVEIRA, M.R.M. (IFCE) ; SOUSA, A.A. (IFCE)
RESUMO: O Presente artigo tem como objetivo analisar os fatores que implicam nas dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelos alunos da E.E.E.M.P.M.F., localizada no Município de Maracanaú-CE. A metodologia adotada foi o Estudo de Caso. Os resultados da pesquisa mostram que, no universo de 91 participantes, 62,64% admitem possuir dificuldades na aprendizagem ao passo que 86,81% dizem que a metodologia utilizada pelo professor tem bastante influência no processo de aprendizagem. Esses resultados revelam que se devem fazer estudos mais aprofundados que apresentam soluções para esse grave problema, uma vez que cada vez mais temos jovens concluindo o Ensino Médio com uma visão deturpada da disciplina de Química.
PALAVRAS CHAVES: química, aprendizagem, aluno.
INTRODUÇÃO: As discussões atuais sobre o ensino de química são intensas, suas dificuldades de aprendizagem, e a formação dos professores desta área. Nesse contexto, uma vez alunos de Licenciatura em Química, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – Campus Maracanaú, nos vemos inquietos ao observarmos essa situação. Cada vez mais temos alunos concluindo o ensino médio sem ter aprendido a importância dessa disciplina e como a mesma está presente em nosso cotidiano. Assim, objetivamos com essa pesquisa conhecer por meio da visão dos alunos quais são as dificuldades presentes no processo de ensino-aprendizagem de química.
MATERIAL E MÉTODOS: Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada com 91 alunos do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio da E.E.E.M.P.M.F. de Maracanaú-Ce. O método da investigação foi um estudo de caso. Conforme Yin (2001, p.32), trata-se de “uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos”. Esse estudo de caso ocorreu em pesquisa qualitativa, desenvolvido em situação natural de ensino e aprendizagem, onde o instrumento utilizado foi o questionário, dos quais foi possível coletar importantes informações para tal concretização.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao indagarmos a seguinte pergunta: Você gosta de Química? A resposta obtida: 39,56% dos estudantes dizem que gostam da disciplina, 32,97% disseram não gostar e 27,47% afirmam gostar mais ou menos. Vale ressaltar que dentre os alunos questionados que afirmam possuir problemas para aprender essa disciplina, não estão apenas os que não gostam da matéria, existem também, aqueles que apreciam e estudam para obter melhores resultados na compreensão do assunto, porém, afirmam persistir com dificuldades. Trazemos uma opinião de um dos participantes da pesquisa que ilustra esse aspecto: “[...] Bom, eu gosto de Química, mas eu não sei por que tenho tanta dificuldade de aprender, mesmo eu praticando [...]” (Aluno do 1º ano do Ensino Médio). Esse quadro nos faz acreditar na importância da percepção do professor dentro da sala de aula, levando-o a analisar porque esses alunos mesmo querendo não conseguiram aprender. Sabemos que são vários os fatores que implicam numa boa aprendizagem das Ciências, porém um dos mais levantados, sem dúvidas foi a Metodologia usada pelos professores. Sabemos que a mesma tem influente papel nesse processo de ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva é importante ressaltar que durante a coleta de dados, o fator mais relevante de influência na aprendizagem, a maioria (86%) destaca a metodologia do professor. Aliada a essas informações ainda temos um ponto reconhecido como fundamental para uma aprendizagem real, que seria a prática laboratorial, as escolas precisam de recursos para que seus laboratórios funcionem, tornando assim as aulas de química mais experimental, logo, mais interessante. (CORREL & SCHWAZE, 1974).
CONCLUSÕES: A química é uma Ciência experimental, portanto, ela está totalmente presente em nossas vidas, seja nas funções mais essenciais aos seres humanos como respirar, pensar, quanto nas mais específicas de desenvolvimentos científicos e tecnológicos, a mesma está dentro dos laboratórios, e percebe-se mais que uma estratégia de ensino faz-se necessário que as escolas disponham desses e de outros recursos áudio- visuais, uma vez que trabalha-se muito a capacidade de abstração durante o ensino.
AGRADECIMENTOS: Agradecemos a E.E.E.M.P.M.F. por ser o nosso campo de pesquisa e a nossa orientadora Antonia de Abreu Sousa por nos ajudar a concluir esse estudo de caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CORREL, W & SCHWAZE, H. Distúrbios da Aprendizagem. São Paulo: Edusp, 1974.
YIN, Robert K. Estudo de Caso: Planejamento e Método. Porto Algre:Bookman, 2001.