TÍTULO: USO DE BEBIDAS ALCOOLICAS: ENSINO DE QUIMICA E CIDADANIA

AUTORES: ALVES, RODRIGO DA SILVA (ISED/INESP) ; SILVA, ALEXANDRE FERNANDO DA (ISED/INESP) ; MELO, CAIO CÉSAR NOGUEIRA DE (ISED, INESP) ; CASSIMIRO, LUCAS PEREIRA (ISED/INESP) ; BARBIERI, ROBERTO SANTOS (UNEC/FAMINAS) ; VIEIRA, CARLOS ALEXANDRE (ISED/INESP)

RESUMO: Neste trabalho descreve-se a utilização de relevante tema social, as bebidas alcoólicas, o alcoolismo e os acidentes de trânsito, num contexto de sala de aula, para o ensino do conteúdo de estequiometria química, visando a complementação da formação cidadã. Na sua aplicação, forma de um projeto de extensão, os alunos do curso de licenciatura em Química do Instituto Superior de Ensino de Divinópolis – ISED/INESP/UEMG – trabalham com alunos do 2º ano do ensino médio de escolas públicas e privadas de Divinópolis-MG. Do ponto de vista de conteúdo, abordam-se todos os conceitos relacionados ao ensino do conteúdo da estequiometria, com a inclusão do conhecimento relativo aos processos metabólicos do álcool no organismo humano e as conseqüências de seu uso nos acidentes de trânsito.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química, bebidas alcoólicas, estequiometria.

INTRODUÇÃO: A química vai além do entendimento de fórmulas e equações e, cada vez mais, observa-se a necessidade de se reconhecê-la no cotidiano humano e como instrumento para melhoria da qualidade de vida.
A partir de uma abordagem reflexiva e aplicada sobre o conteúdo de Química, é possível transformar o aluno em um cidadão com melhores condições de analisar criticamente situações do dia-a-dia. Ele pode, de um conhecimento construído em aula, utilizá-la para benefício próprio tornando-se um adulto socialmente mais responsável, bem como torná-lo portador de informações que o levem a ser um cidadão capaz de interagir de forma mais intensa com o mundo que o cerca.
É relatado por autores de textos para o ensino médio, que o conteúdo estequiometria química possui certa complexidade, o que prejudica o processo ensino-aprendizagem. Várias são as razões explicações para justificar tal fato, como o conjunto de habilidades: raciocínio, aritmética, conceituação sobre mol e massas molares, além da falta de correlação entre o tema apresentado e o cotidiano dos jovens.
O objetivo deste trabalho é propor uma nova maneira de se ensinar o conteúdo de estequiometria, reconhecendo-o como parte da rotina dos jovens alunos e estimulando a capacidade critica e reflexiva dos mesmos, abordando como tema central o uso de bebidas alcoólicas e as consequências daí advindas.

MATERIAL E MÉTODOS: O tema deste trabalho torna-se instrumento no combate ao consumo de bebidas alcoólicas por jovens e adolescentes e, ao mesmo tempo, aguça-lhes a curiosidade e atrai a atenção. Aulas expositivas e práticas são desenvolvidas e aplicadas a turmas de 2º ano do ensino médio de escolas públicas e privadas de Divinópolis-MG. São verificados conceitos empíricos sobre unidades de volumes, massas, soluções, concentrações, e relação entre consumo e metabolismo, para se estabelecer um perfil do público que se pretende trabalhar. A partir do observado, introduz-se conceitos em estequiometria: quantidade de matéria, mol e concentrações de soluções, correlacionando-os com o uso de bebida alcoólica. Elucidam-se as fórmulas químicas do etanol, bem como desenvolve-se a relação estequiométrica com seus metabólitos. Trata-se, ainda, da relação absorção e excreção, uma vez que cerca de 90% do álcool é metabolizado e 10% é excretado sem qualquer processo metabólico, o que permite a inserção de cálculos estequiométricos. No decorrer das aulas são exibidos vídeos sobre o efeito do álcool no organismo humano e as consequências do seu uso. Numa segunda etapa, levam-se à sala de aula garrafas vazias de bebidas conhecidas e, a partir de um teatro, desenvolve-se um “diálogo químico”, com falas em termos químicos, como mol L-1 e concentrações de etanol nas bebidas, levando-os a conclusões sobre o volume de bebida ingerida e a percepção do estado alcoólico do consumidor. Propõe-se, também, uma pesquisa sobre o funcionamento do bafômetro e curiosidades sobre o tema. Ao final, as informações adquiridas são reunidas e cria-se um panfleto educativo, para distribuição em locais públicos. A atividade é concluída com a elaboração de um relatório sobre as experiências dos alunos no decorrer das aulas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O tema deste trabalho torna-se instrumento no combate ao consumo de bebidas alcoólicas por jovens e adolescentes e, ao mesmo tempo, aguça-lhes a curiosidade e atrai a atenção. Aulas expositivas e práticas são desenvolvidas e aplicadas a turmas de 2º ano do ensino médio de escolas públicas e privadas de Divinópolis-MG. São verificados conceitos empíricos sobre unidades de volumes, massas, soluções, concentrações, e relação entre consumo e metabolismo, para se estabelecer um perfil do público que se pretende trabalhar. A partir do observado, introduz-se conceitos em estequiometria: quantidade de matéria, mol e concentrações de soluções, correlacionando-os com o uso de bebida alcoólica. Elucidam-se as fórmulas químicas do etanol, bem como desenvolve-se a relação estequiométrica com seus metabólitos. Trata-se, ainda, da relação absorção e excreção, uma vez que cerca de 90% do álcool é metabolizado e 10% é excretado sem qualquer processo metabólico, o que permite a inserção de cálculos estequiométricos. No decorrer das aulas são exibidos vídeos sobre o efeito do álcool no organismo humano e as consequências do seu uso. Numa segunda etapa, levam-se à sala de aula garrafas vazias de bebidas conhecidas e, a partir de um teatro, desenvolve-se um “diálogo químico”, com falas em termos químicos, como mol L-1 e concentrações de etanol nas bebidas, levando-os a conclusões sobre o volume de bebida ingerida e a percepção do estado alcoólico do consumidor. Propõe-se, também, uma pesquisa sobre o funcionamento do bafômetro e curiosidades sobre o tema. Ao final, as informações adquiridas são reunidas e cria-se um panfleto educativo, para distribuição em locais públicos. A atividade é concluída com a elaboração de um relatório sobre as experiências dos alunos no decorrer das aulas.

CONCLUSÕES: Com a proposição das atividades relacionadas ao projeto “Uso de bebidas alcoólicas: ensino de química e cidadania” do ISED/INESP de Divinópolis-MG, espera-se promover o desenvolvimento cognitivo sobre a unidade de estequiometria no ensino de química na 2ª série do ensino médio, bem como despertar o interesse dos jovens com relação às conseqüências oriundas do uso abusivo, irresponsável e indiscriminado de bebidas alcoólicas, conscientizando-os de suas responsabilidades cidadãs.

AGRADECIMENTOS: Ao ISED/INESP, de Divinópolis-MG; ao UNEC, de Caratinga-MG; e à FAMINAS, de Muriaé-MG,

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: FURIÓ, C.; AZCONA, R., GUIASOLA, J. Revisión de investigaciones sobre la enseñanza-aprendizaje de los conceptos cantidad de sustancia y mol. Enseñanza de las Ciências, v. 20, n. 2, p. 229-242, 2002.
RODRIGUES, J. R.; AGUIAR, M. R. M. P.; SANTA MARIA, L. C.; SANTOS, Z. A. M. Uma abordagem alternativa para o ensino da função álcool. Química Nova na Escola, v. 12, p. 20-23, 2000.