TÍTULO: ENSINO DE QUÍMICA E A PRODUÇÃO DE REFRIGERANTES
AUTORES: VIEIRA, CARLOS ALEXANDRE (ISED/INESP ) ; FERREIRA, MARCELO SEVERINO (ISED/INESP) ; GOMES, MARIANA CRUVINEL (ISED/INESP) ; ROCHA, MARÍLIA (ISED/INESP) ; ALVES, SILMARA LÚCIA GREGO (ISED/INESP) ; NEVES, ALESSANDRA MIRTES MARQUES (ISED/INESP) ; BARBIERI, ROBERTO SANTOS (UNEC/FAMINAS) ; ALVES, RODRIGO DA SILVA (ISED/INESP) ; AMARAL, PATRÍCIA NASCIMENTO (ISED/INESP)
RESUMO: Neste trabalho descreve-se como uma aula de química relativamente simples, envolvendo a preparação de refrigerantes, pode motivar os alunos, levando-os a compreender situações do cotidiano, associado à realidade do dia-a-dia. A atividade prática envolveu alunos do ensino médio de uma escola Estadual de Divinópolis-MG e discentes do curso de licenciatura em Química da FUNEDI/UEMG do mesmo município. Na execução dos experimentos utilizou-se água gaseificada artificialmente; sucos em pó; açúcar para o xarope simples; materiais alternativos (vasilhame) para produção do refresco; fogareiros e colheres para preparo das misturas. Para mensurar o nível de aprendizado e interesse para com o experimento, questionários apresentados antes e depois do experimento, foram aplicados aos alunos.
PALAVRAS CHAVES: educação em química, refrigerantes, ensino médio
INTRODUÇÃO: O ensino tem sofrido diversas mudanças nos últimos anos, pois muitos educadores estão incorporando a necessidade de mudar a forma de ensinar Ciências e, principalmente, a disciplina de Química. Grande parte dos alunos demonstra dificuldade de entender e assimilar os conteúdos vistos em sala de aula e correlacioná-los com o cotidiano. Desta forma, sempre que possível, deve-se abordar a Química do dia-a-dia com os discentes, instigando-lhes a curiosidade e despertando nos mesmos o desejo de aprender. O conhecimento da Química propicia um maio entendimento do mundo, ajudando o cidadão a melhorar sua qualidade de vida. Como educadores, é preciso mostrar que a Química está presente em tudo que se observa, como na fermentação do pão, nas reações químicas que acontecem no organismo, no cozimento dos alimentos, na manipulação de produtos de limpeza, dentre outros. Uma mistura bem presente na vida de quase todos é o refrigerante, que pode, certamente, ser utilizado como alvo de estudo em uma aula expositiva em sala de aula, tendo em vista as diversas abordagens que podem ser feitas com este sistema: solubilidade de gases e sólidos; sistemas dispersos e concentração de soluções, entre outras. Um refrigerante é composto por substâncias e produtos de reações químicas que permitem que se torne agradável e refrescante (LIMA, 2009). Analisando a produção de refrigerantes, é possível explicar diversos fenômenos que acontecem durante e após sua fabricação. Estes fenômenos, muitas vezes desconhecidos pelos alunos, permitem a exemplificação de diversos conteúdos que são apresentados em uma sala de aula. Neste contexto, visando uma aproximação dos alunos com a Química do cotidiano, propõe-se o presente trabalho para estimular os alunos a desenvolver e buscar novos conhecimentos.
MATERIAL E MÉTODOS: Neste trabalho utilizou-se reagentes (ingredientes), equipamentos e métodos alternativos de fácil aquisição, tendo baixo custo de execução e que permitisse aos alunos realizar a produção de refrigerantes, associando-a ao ensino de Química. O experimento, devidamente testado, foi realizado no Laboratório de Química da FUNEDI/UEMG, em Divinópolis MG pelos discentes do Curso de licenciatura em Química (sob orientação de professor responsável). Selecionou-se a Escola Estadual Martin Cyprien e seus alunos foram convidados a participar do experimento. Foram feitas visitas a escola para divulgação do projeto e inscrição dos alunos interessados. A eles foi repassada uma autorização, que foi devidamente assinada pelos pais ou responsáveis, e devolvida no dia da realização do experimento. Para mensurar o nível de aprendizado e interesse para com o experimento, foi repassado aos alunos um questionário (antes e depois da realização do experimento). Para a execução dos experimentos utilizou-se água gaseificada (artificialmente); sucos em pó; açúcar para produção do xarope simples; materiais alternativos (vasilhame) para produção do refresco; fogareiros e colheres para preparo das misturas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através das atividades descritas neste trabalho, observou-se que os alunos do ensino médio foram bastante atraídos e estimulados a conhecer novos métodos de se aprender a química e o fato de poder preparar refrigerantes permitiu o entendimento de processos industriais na realidade dos mesmos. O nível de conhecimento após a realização do experimento foi notado nas primeiras questões, pois assuntos referentes a solubilidade, variação de temperatura para formação de solução, cálculos de concentração e sistemas dispersos foram devidamente respondidos no questionário final. Os alunos envolvidos tiveram oportunidade de preparar seus próprios refrigerantes, variando sabores e, principalmente, sendo despertados para o aprendizado da química.
CONCLUSÕES: Através das atividades descritas neste trabalho, observou-se que os alunos do ensino médio foram bastante atraídos e estimulados a conhecer novos métodos de se aprender a química e o fato de poder preparar refrigerantes permitiu o entendimento de processos envolvidos na realidade dos mesmos. O nível de conhecimento após a realização do experimento foi notado nas primeiras questões, pois assuntos referentes a solubilidade, variação de temperatura para formação de solução, cálculos de concentração e sistemas dispersos foram devidamente respondidos no questionário final. Os alunos envolvidos tiveram oportunidade de preparar seus próprios refrigerantes, variando sabores e, principalmente, sendo despertados para o aprendizado da química.
AGRADECIMENTOS: Ao Instituto Superior de Ensino de Divinópolis/ISED/UEMG, ao Centro Universitário de Caratinga/UNEC e a Faculdade de Minas/FAMINAS.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LIMA, Ana Carla da Silva; AFONSO, Júlio Carlos. A química do refrigerante. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 210-215, ago. 2009.