TÍTULO: ENSINANDO CINÉTICA QUÍMICA ATRAVÉS DO ESTUDO DA VELOCIDADE DE OXIDAÇÃO DE FRUTAS POR IMAGENS DIGITAIS
AUTORES: HORA, P.H.A. (IFPB) ; TAVARES, M.R.S. (IFPB) ; SILVA, A.L. (IFPB) ; SÁ, A.M. (IFPB) ; SANTOS, S.R.B. (IFPB)
RESUMO: Este trabalho teve por objetivo a utilização de imagens digitais no ensino de cinética química através do processo de oxidação de frutas. Tendo o intuito de substituir práticas enfadonhas e dinamizar o ensino teoria-prática, criando, além de instrumentos facilitadores da aprendizagem, instrumentos motivadores.
PALAVRAS CHAVES: cinética química, imagens digitais, motivação
INTRODUÇÃO: Não é novidade para ninguém que a articulação teoria-prática melhora de forma bastante significativa o processo de ensino-aprendizagem se comparado ao ensino livresco e tradicional tantas vezes criticado pela sua ineficiência (Dalberio et al., 2010). Entretanto, tais práticas precisam ser elaboradas de forma que criem instrumentos que tanto facilitem o aprendizado, bem como seja despertada uma motivação no que diz respeito a uma disciplina considerada chata e difícil.
No ensino de cinética química, processo que estuda a velocidade dos processos químicos (Feltre, 2004), observa-se muitas vezes a utilização de práticas enfadonhas, como por exemplo, a reação entre Al e HCl, que ao invés de ajudar e contribuir para o crescimento do aluno, acarreta a sua desmotivação devido a mesmice e a falta de criatividade do professor em criar novas metodologias.
Nesse trabalho, o conteúdo “cinética química” é abordado através da utilização de imagens digitais que mostram o processo de oxidação de algumas frutas.
MATERIAL E MÉTODOS: Nesse trabalho, foi utilizada uma câmera fotográfica digital de 5.0MP, com a qual, através dos níveis RGB das imagens registradas, foram construídas as curvas cinéticas. Como aparato a luminosidade, foi utilizada uma caixa de sapatos comum, sendo que a mesma caixa foi utilizada em todos os procedimentos. Foram escolhidas frutas (maçã, banana, abacaxi, etc.) cujas cascas foram retiradas e imediatamente foram realizadas as primeiras fotografias. As demais fotografias para construção da curva cinética foram tiradas em intervalos de tempo de 10,20,30,40,50 e 60 minutos. Com a construção da curva cinética de cada fruta foram abordados os conceitos de cinética química para uma turma de 3° ano de Ensino médio integrado ao técnico do IFPB. Uma entrevista interpessoal foi realizada com os alunos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Mais que nota, mais que aprovação no vestibular, o saldo obtido na apresentação desta metodologia de ensino aos alunos foi bastante satisfatório. Os resultados das entrevistas interpessoais mostraram que os alunos absorveram os conhecimentos necessários, bem como foram satisfeitos os objetivos didáticos pré-estabelecidos para o conteúdo trabalhado, além de, com os resultados interpessoais, foi possível realizar a percepção do grau de motivação dos alunos frente a disciplina após a aplicação desta prática.
CONCLUSÕES: O interesse dos estudantes pela disciplina não se deve a mágica ou a coisas extraordinárias, mas ao interesse do próprio professor em desenvolver práticas de ensino eficazes que fujam do tradicionalismo das aulas meramente expositivas e que não sejam iguais a correlações enfadonhas de teoria e prática.
AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem a CAPES pelo apoio financeiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: DALBERIO, M.C.B.; DALBERIO, O. A Formação Docente: a mediação didática para um ensino de melhor qualidade. Revista Ibero Americana de Educación, 51: 1-11.
FELTRE, R. Fundamentos de Química. 3ª Edição. Editora Moderna: São Paulo, 2004.