TÍTULO: uma nova metodologia do ensino de quimica para deficientes auditivos do ensino fundamental(8ª série)
AUTORES: COSTA, W.S (IFPA) ; PINHEIRO, C. R. A (IFPA) ; FREITAS, C. A. (IFPA) ; DUARTE, F.P (IFPA)
RESUMO: Nesse universo estão muitas crianças com deficiência, e a educação Inclusiva e/ou especial é atualmente um dos maiores desafios do sistema educacional, e isso marca o lugar da diferença, ao conviver com limitações humanas mais evidentes ou menos claras. Atuando em escolas comuns e especiais descobrimos um horizonte e as dificuldades que educadores enfrentam diante das diversidades com suas imagens e representações. A deficiência não deve ser tomada como obstáculo ou aquilo que impossibilita o desenvolvimento do potencial de uma pessoa. O trabalho presente englobará o ensino de química em escolas no ensino fundamental, enfatizando o ensino especial, ou seja, o ensino diferenciado para alunos diferenciados.
PALAVRAS CHAVES: deficiencia auditiva, ensino de quimica, educação especial
INTRODUÇÃO: Na deficiência auditiva existe uma linguagem, LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais), que por sua vez, é utilizada em todas as situações de comunicação. Quando alguém tem uma deficiência em algum órgão responsável pelos sentidos, os outros órgãos são colocados mais em uso ou ficam mais acentuados, e para pessoas com deficiência visual, o tato fica muito mais aguçado, por outro lado, o sentido mais utilizado no caso da deficiente auditiva é a visão, ou seja, para este tudo se diferencia com cores e sobressaltos como desenhos e muitas imagens. É somente de um efetivo viver criativo que o professor poderá realmente alcançar seus alunos, que se faz necessário quando o sujeito se inclina de maneira saudável para algo, ou realiza algo por mais simples que seja.
Sabendo de todas essas informações, é possível preparar uma aula dinâmica com linguagens acessíveis e métodos adequados a deficiência? Na 8ª série estuda-se química de forma introdutória e básica, mostrando a estrutura física do átomo e seu histórico falando de seus descobridores. Mas o objetivo aqui é atender a necessidade de aprendizado do aluno deficiente auditivo no ensino de química, além de LIBRAS,é necessária a utilização da língua majoritária através da escrita para a completa acessibilidade formativa e instrucional do aluno, conforme Hoffmeister (1999), “(...) há duas estratégias principais que são: usar uma língua para ensinar sobre outra língua;(...) usar uma língua para ensinar informações/conteúdos”. (p.118), e ainda utilizaremos a dinâmica de construção de átomo com materiais alternativos, utilizando cores e desenhos despertando interesses em alunos surdos-mudos de ensino fundamental (8ª série) colaborando com o aprendizado de química e a satisfação do professor em ensiná-los através de novas didáticas.
MATERIAL E MÉTODOS: A avaliação da proposta tem como base o registro de observações provenientes da difícil tarefa de tornar os componentes químicos em estruturas concretas, de simples entendimento e fácil aplicação. Os materiais utilizados devem ser isopor, cola, cola relevo, tinta guache, fio de lã, palitos maiores (utilizados como espeto), cartolina. Corta-se um isopor em formato de bola com diâmetro de mais ou menos 10 centímetros, o qual deve ser colorido de azul, em seguida utilizam-se a cola relevo fazendo os protons em forma de cruz indicando que nessa bolinha azul é o centro do átomo chamado de núcleo onde ficam os prótons (cola relevo em forma de cruz), ao redor das bolinhas azuis devem ser fixadas bolinhas de diâmetros menores de cor branca, indicando a presença de nêutrons, por fim, nas extremidades são fixadas outras bolinhas de cor vermelha, indicando a presença de elétrons, os quais se apresentam ao redor do núcleo. Tendo esta estrutura, exemplificando o átomo o professor poderá reger sua explanação sobre o assunto, uma vez que os alunos estarão visualizando, e assim absorvendo com maior facilidade o que o átomo representa para a química.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: O trabalho teve objetivo de facilitar o aprendizado de alunos com deficiência auditiva, e esse objetivo foi alcançado uma vez que o a aula se tornou mais dinâmica, o aprendizado foi adquirido em menos tempo, além de que os resultados da avaliação aplicada de acordo com o assunto ‘’estrutura do átomo’’ foi surpreendente, as notas obtidas dos alunos se elevaram e a sensação professor de ministrar essa aula foi e é sempre satisfatória.
Percebeu-se que o deficiente mesmo com suas dificuldades no seu sistema auditivo, demonstra interesses em adquirir conhecimentos usando aqueles órgãos dos sentidos que estão em mais ‘’uso’’, ou seja, estão mais ativos ou mais adaptados, com isso, a metodologia abordada em sala de aula de construir o átomo com uso de muitas cores , objetos, ajudou bastante ao deficiente auditivo, uma vez que as cores diferentes, os desenhos atribuídos na estrutura do átomo, chama a atenção nem que seja por ‘’curiosidade’’ em saber o q é aquilo, onde estar ou para que serve, além do mais não despertou curiosidades só em deficientes auditivos mas também em alunos ditos normais, pois só na teoria a imaginação do aluno em consolidar o assunto fica complicado, já demonstrando-o, o assunto fica mais fácil de assimilar.
CONCLUSÕES: Conclui-se que de certa forma o aprendizado dos alunos de deficiência auditiva tiveram bem mais produtividade e seus conhecimentos foram adquiridos de forma mais rápida e prática, a metodologia abordada facilitou o aprendizado de certa forma, os matérias utilizados para a construção do objeto de estudo foi de baixo custo, é fácil e pratico de fazer, pode ser reutilizado em outras aulas para outras turmas.
Com isto o estudo permitiu perceber a importância de uma abordagem simples e acessível dos conteúdos e diante disto este trabalho auxiliou na orientação do professor em sala de aula
AGRADECIMENTOS: agradeimentos aos professores
adjair Corrêa, Msc Glaucia Costa,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: HOFFMEISTER, Robert J. Famílias, crianças surdas, o mundo dos surdos e os profissionais da audiologia. In: SKLIAR, C. (org.). Atualidade da educação bilíngüe para surdos. Porto Alegre: Mediação, v. 2, 1999.
Vasconcelos, Flávia C.G.C de; Menezes, Marília G de. As transformações químicas a nível atômico-molecular nos livros didáticos da 8ª série (9º ano). UFRPE: 2008.