TÍTULO: ANALÍSES FITOQUÍMICA: METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DA ESPÉCIE Phyllanthus sp EM FOLHAS, CAULES E RAIZES NA CIDADE DE CAXIAS, MARANHÃO, BRASIL

AUTORES: MIRANDA (UEMA)

RESUMO: A fitoquímica tem por objetivos conhecer os constituintes químicos de espécies vegetais ou avaliar a sua presença. Para o desenvolvimento do trabalho foram realizadas coletas na zona urbana de Caxias, Maranhão. Sendo que uma parte do material coletado foi prensada e a outra parte foi exposta à secagem, à temperatura ambiente. Os testes fitoquímicos foram feitos depois do preparo do extrato etanólico (92,8%). Foram analisadas quatro espécies phyllanthus sp. Com objetivo identificar algumas metabólitos secundários, além de analisar e obter informações sobre a presença destes metabólitos secundários taninos e saponinas.De acordo com os testes químicos, foi possível observar a presença destes metabólitos secundários na espécie da planta medicinal utilizadas pela população para fins terapêutico

PALAVRAS CHAVES: fitoquímica; phyllanthus sp; metabólitos secundários.

INTRODUÇÃO: O potencial da fitodiversidade do Cerrado está em fase de desenvolvimento pela comunidade científica, na qual também estuda a fitoquímica que é a ciência responsável pelo estudo dos constituintes químicos encontrados nos vegetais, procurando assim identificar e isolar compostos ou substâncias (MIRANDA, 2006). Dos constituintes químicos destacam-se alguns metabólitos secundários que são de importante uso na alimentação ou até mesmo para fins terapêuticos, taninos, saponinas, flavonóides, dentre outras funções. Os taninos são substâncias de composição química variável, hidrossolúveis, com uma característica em comum: a capacidade de coagular albuminas, os metais pesados e os alcalóides, graças à sua natureza adstringente.As drogas à base de taninos são usadas contra inflamações de cavidades, pequenas hemorragias, queimaduras, sudorese excessiva, hemorróidas e frieiras, externamente. Internamente, são empregados em casos de esteatorréia, diarréia, colecistopatias, e como antídotos em envenenamento por alcalóides vegetais (BARRACA, 1999). As saponinas ou heterosídeos, caracterizados por suas propriedades de reduzir fortemente a tensão superficial da água, ser excessivamente espumosas, e constituir excelentes emulsificantes. Também promovem a lise das hemácias, libertando a hemoglobina, daí o efeito tóxico de alguns. Os saponinas irritam as mucosas e relaxam a musculatura lisa intestinal. Na medicina, são usados na produção de cortisona e de hormônios sexuais (BARRACA, 1999). O objetivo foi de realizar testes químicos qualitativos com avaliação quantitativa aproximada, dos metabólicos secundários taninos e saponinas da espécie. Contribuirá com os conhecimentos na área da química permitindo que se faça uma relação entre composição química e propriedades farmacológicas.

MATERIAL E MÉTODOS: O material botânico lenhoso encontrado fértil da espécie Phyllanthus sp, foi acondicionado em saco plástico no campo e posteriormente prensado e desidratado,outra parte, foram colocadas para secar a temperatura ambiente. Em seguida pulverizado em moinho artesanal, ficando reduzido a um pó fino. Cerca de 40g de cada amostra foram submetidos à extração por maceração com etanol a 92,8% (100 mL) por 48 horas e colocado em recipiente, posteriormente, foram feitas a segunda extração de 100 mL por mais 48 horas sem aquecimento. Quanto aos testes químicos foram realizados no Laboratório de Química do CESC/UEMA com adaptações das metodologias de Honda et al. (1990) e Matos (1997), por Miranda et al. (2006).
A presença de taninos foram determinadas colocando em um tubo de ensaio 3 gotas de uma solução alcoólica de cloreto férrico (FeCl3) num extrato etanólico 92,8%. A solução foi agitada e comparada ao extrato bruto da planta estudada.
Para as análises de saponinas foram colocados 2 mL do extrato bruto da espécie phyllanthus sp em um tubo de ensaio e adicionou-se 2 mL de clorofórmio mais 5 mL de água destilada com uma pequena agitação. Logo após, filtrou-se para um tubo de ensaio. Em seguida a solução foi agitada permanentemente por 2 minutos e comparada com o extrato da planta analisada.




RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com as análises fitoquímicas, foi possível identificar a presença dos metabólitos secundários conforme o uso medicinal de cada espécie utilizada pela população de Caxias, Maranhão. A tabela 1 mostra os resultados para taninos e saponinas.
Para as análises fitoquímicas, obtivemos à presença dos metabólitos secundários estudados, para testes químicos dos taninos, foram todos fortemente positivos, tanto na primeira extração como na segunda, em todas as partes da planta. Já as saponinas foram números significativos positivos em todas as regiões da planta, com exceção ao phyllanthus sp das folhas 4.1 e das folhas 4.2 da primeira e segunda extração, respectivamente, que foram negativos. A espécie do phyllanthus sp 4, referente a raiz 4.2 não foi analisada.



CONCLUSÕES: De acordo com os testes químicos realizados, foi possível observar a presença destes metabólitos secundários na espécie da planta medicinal utilizadas pela população para fins terapêuticos, apresentaram-se um grande percentual de taninos e saponinas em todas as partes da planta.

AGRADECIMENTOS: Ao CEC/UEMA e ao RBCEM

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BARRACA, Sérgio A. Manejo e produção de plantas medicinais e aromáticas. Relatório de Estágio Supervisionado apresentado ao Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura Luís Queiroz, USP, 1999.
FURLAM,M.R. Ervas medicinais: a cura pela natureza. São Paulo: Canaã, 2002, n.2,p.29.
HONDA, Neli Kika. et al. Estudos químico de plantas de Mato Grosso do Sul I: tipagem fitoquímica . Campo Grande – MS: EUFMS, 1990.
MATOS , F. J. Abreu. Introdução à fitoquímica experimental. 2. ed. Fortaleza: UFC, 1997.
MIRANDA, F. A. A. et al. Tipagem Fitoquímica de Espécies Nativas do Parque Estadual do Mirador, Maranhão. II Simpósio desenvolvimento do trópico Ecotonal do Nordeste: Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, PRODERMA/TROPEN/UFPI, ISSN 1806-1982, 2006.
SIMÕES, C.M.O. et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 3 ed. rev. Porto Alegre/Florianópolis: ED. Universidade/Ed. da UFSC, 2001.