TÍTULO: Experimentando o efeito de Oxi-Redução através da Esponja de Aço em amostras de Água.
AUTORES: GOMES-JÚNIOR, O (UFRN) ; MARIA, R P M (UFRN) ; SANTOS-JÚNIOR, M F DOS (UFRN)
RESUMO: A oxidação de metais, em especial o ferro, processo comumente conhecido como ferrujem, é um parâmetro no estudo do efeito das reações de óxido-redução. Objetiva-se através desta atividade experimental, identificar em amostras de água do cotidiano, a oxidação da palha de aço. Das amostras analisadas observou-se a disparidade na produção de Óxido de Ferro, especialmente naquelas que possuíam baixa concentração de oxigênio dissolvido.
PALAVRAS CHAVES: atividades experimentais – oxi-redução – água
INTRODUÇÃO: Estudos a respeito dos processos ensino-aprendizagem vêm sendo realizados, sobretudo sobre as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos estudantes em sala de aula.
A atenção passou a focalizar a importância da produção de “artifícios” que pudessem melhorar substancialmente o ensino e diminuir as barreiras para o processamento deste, especialmente o da ciência Química.
Atividades experimentais intituladas de “Baixo Custo” têm conseguido um espaço considerável nas discussões dos processos de ensino, se tornando um aliado na proposição de atividades acessíveis às escolas. Em paralelo, foi observado o crescimento das discussões das questões ambientais e da inserção da Educação Ambiental (Ed A) na educação formal, de forma que os profissionais da educação têm atualmente tentado contextualizar o ensino e a formação do sujeito ecológico.
A proposta da atividade experimental ora apresentada, permite a verificação do efeito das reações de Óxido-Redução em compostos de Ferro e Aço, usualmente conhecido como ferrujem, incluído o conceito da quantidade de oxigênio dissolvido, que caracteriza-se como indicador das condições de poluição por matéria orgânica, na análise de amostragens de água rotineiramente utilizadas pelos estudantes; bem como melhorar a capacidade de observação de fenômenos químicos e da evidência de uma reação química, de pensar e investigar, estimular a curiosidade, despertar o interesse social, científico, cultural, econômico e ecológico a respeito da água, suas propriedades e seus critérios de pureza, paralelamente aos conceitos químicos, como o fenômeno de oxidação da palha de aço, a formação de óxido no estado sólido e a verificação do conceito de água pura via observação de amostras de fontes distintas de água.
MATERIAL E MÉTODOS: 6 Garrafas do tipo PET, capacidade 600 ml;
6 partes, de igual tamanho, de palha de aço usada em limpeza doméstica;
Amostras de água (500 ml): do mar, torneira, com gás, mineral, destilada e de lago/rio;
Papel de filtro (usado para coar café);
Bandeja pequena de alumínio, usado em forno doméstico;
Fogão de uso doméstico;
Balança.
Propor a organização da turma em grupos menores e apresentar as etapas do experimento que se segue: 1) Colocar nas garrafas anteriormente higienizadas, 500 mL das amostras de água coletadas (água do mar, torneira, mineral, destilada e gaseificada) separadamente, tendo o cuidado de diminuir ao máximo o fluxo de água, inclinando as garrafas em ângulo de 30º e deixando-a escoar através das paredes do recipiente, de forma a evitar a oxigenação das amostras. 2) Enumerar as garrafas e produzir uma legenda com as amostras e as respectivas numerações. 3) Dividir a palha de aço em partes iguais e em seguida adicionar cada parte aos sistemas garrafa + água. 4) Tampar as garrafas e observar possíveis modificações dos sistemas, no espaço de 5 (cinco) dias. 5) Após essa etapa, filtrar o precipitado com papel de filtro. 6) Levar o sistema papel de filtro + precipitado para secagem (evaporação da água do sistema) em forno convencional. 7) Observar as possíveis diferenças de medida dos precipitados e registrá-las.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: A priori, a distinção entre as amostras de água pode não ser visível, no entanto, como pode ser observado através das gravuras em anexo, após o processo e no decorrer deste, observa-se a diferença no que tange as reações de óxido-redução ocorridas, nas amostras de água utilizadas: água do mar, água mineral, água da torneira, água destilada, água do Rio Potengi – Natal/RN e água gaseificada.
As questões ambientais podem também ser abordadas através dos critérios de pureza, assim como conceitos químicos como, por exemplo, reações de óxido-redução, cálculos estequiométricos e, por conseguinte, das massas envolvidas nas reações, da avaliação da quantidade de oxigênio dissolvido e por fim da investigação, por parte dos estudantes, de quais variáveis poderão ser incluídas na observação do experimento e nas possíveis explicações.
Esta atividade experimental poderá ser adaptada, conforme necessidade da turma e das questões ambientais, podendo ser adicionada avaliação de outras amostras de água, como por exemplo, água de chuva, sendo inclusive pertinente a exploração do tema Chuva Ácida.
CONCLUSÕES: As aspirações para o desenvolvimento da atividade partiu dos conceitos dos fenômenos de Óxido-Redução e da Educação Ambiental.
É portanto, uma proposta para um trabalho interdisciplinar através de atividades experimentais com materiais e reagentes facilmente encontráveis no cotidiano das escolas e dos estudantes.
Discutindo em sala de aula:
Como você explicaria e/ou diferenciaria as amostras de água do experimento?
Qual a composição do aço e qual foi o elemento mais importante na formação do precipitado?
Qual a composição do precipitado?
Analise a oxidação do ferro ocorrida nos pregos.
AGRADECIMENTOS: A todos que contribuíram direta e indiretamente na confecção deste plano de aula.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ABREU, D. G.; ANDRADE, J. F.; FERREIRA, L. H.; IAMAMOTO, Y. Determinação Simples de Oxigênio Dissolvido em água. Química Nova na Escola. N. 19, Maio de 2004, p 32-35.
FERNANDES, N. S.; PEREIRA, F. C. Química Analítica Qualitativa. Versão 2006.2. p. 3.
AZEVEDO, E. B. Poluição vs Tratamento de Água: duas faces da mesma moeda. Química Nova na Escola. Nº. 10. Novembro de 1999, p.p 21-25.
QUADROS, A. L. A Água como tema gerador do Conhecimento Químico. Química Nova na Escola. Nº. 20. Novembro de 2004, p.p 26-31.
SILVA, J. T. Porque alguns objetos enferrujam? Revista CHC 166 de Março de 2006. Disponível http://ich.unito.com.br/4302.
