TÍTULO: O ENSINO DE QUÍMICA E A INCLUSÃO DO DEFICIENTE VISUAL
AUTORES: CORREA, A.M.C1.; ORNELLES, A. 2; SILVA, M.L. 3; ELIAS, M. 4; MAGALHÃES

RESUMO: A educação brasileira tem por finalidade atender a todos indistintamente (LDB 9394/96). Baseado neste princípio, o Colégio Estadual João Alfredo, através do Núcleo de Atendimento ao Aluno Deficiente Visual,desenvolve a integração da comunidade escolar com alunos especiais. O presente trabalho mostra um breve relato sobre as atividades realizadas para apresentar o conteúdo de funções orgânicas com apoio deste núcleo, através de uma reflexão sobre a importância da Escola como agência propiciadora da construção da cidadania.

PALAVRAS CHAVES: ensino de química, portadores de necessidades educativas especiais, deficiência visual

INTRODUÇÃO: Embora o ser humano seja único, capaz de construir o seu próprio pensamento, a escola age mediando esse processo capacitando-o a perceber que é integrante de uma coletividade. Se essa concepção socializadora for bem alicerçada dentro da escola, provavelmente, ela desenvolverá com eficiência sua missão de preparar seus alunos para o exercício da cidadania. Isso implica numa escola que compreende a sua função, não se limitando apenas ao processo ensino-aprendizagem, mas, é extensiva estímulo da cooperação, respeito e da igualdade na diversidade.
Diante disso, surge com urgência e certo atraso uma nova práxis no contexto escolar: a inclusão. Aceitar o “diferente” é compreender que “este” apesar de alguma limitação aparente é capaz de desenvolver habilidades para criar, compor e resolver problemas. De acordo com Cavalcanti (2005), a inclusão cresce a cada ano e, com ela, o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. Na escola inclusiva, os alunos aprendem a respeitar (Mantoan, 2005) e conviver com a diferença e se tornam cidadãos solidários.

MATERIAL E MÉTODOS: A metodologia utilizada para desenvolver as atividades do Núcleo é: cadastramento dos alunos e usuários possibilitando o registro numérico e qualitativo de suas necessidades específicas; formação de grupos de estudo de acordo com as dificuldades, incidência e grau das deficiências; orientação aos profissionais de educação quanto às adaptações necessárias relacionadas à currículo, objetivos, conteúdos, avaliação, métodos didáticos e atividades no processo ensino- aprendizagem; ampliação de textos para a utilização de alunos com visão reduzida; transcrição para a escrita Braille de todo material de estudos direcionado ao aluno com deficiência visual total; representação de gráficos, desenhos e esquemas através dos recursos confeccionados em alto relevo; leitura e gravação em fitas cassetes de textos para pesquisas e estudos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O NAADV, foi criado no CEJA, Rio de Janeiro, em 1992. Os objetivos são: promover a integração entre alunos portadores de deficiência visual e a comunidade, diminuindo as barreiras de natureza cultural, social, afetiva e educacional, favorecendo a inclusão e, propor discussões sobre a formação profissional do jovem e adulto portador de deficiência visual e as possibilidades de inserção no mercado de trabalho. A metodologia utilizada para desenvolver as atividades do Núcleo é: cadastramento dos alunos e usuários possibilitando o registro numérico e qualitativo de suas necessidades específicas; formação de grupos de estudo de acordo com as dificuldades, incidência e grau das deficiências; orientação aos profissionais de educação quanto às adaptações necessárias relacionadas à currículo, objetivos, conteúdos, avaliação, métodos didáticos e atividades no processo ensino- aprendizagem; ampliação de textos para a utilização de alunos com visão reduzida; transcrição para a escrita Braille de todo material de estudos direcionado ao aluno com deficiência visual total; representação de gráficos, desenhos e esquemas através dos recursos confeccionados em alto relevo; leitura e gravação em fitas cassetes de textos para pesquisas e estudos. Para as aulas de química foram realizadas gravações, transcrição para o Braille e recursos em alto relevo de algumas substâncias orgânicas, com boa receptividade pelos alunos especiais.



CONCLUSÕES: O Brasil é formado por milhões de pessoas de etnias e culturas diferenciadas. Isso resulta em acentuada desigualdade social e econômica, a qual necessita de um aparelho ideológico que atenue as diferenças e reforce a visão democrática. Embora se reconheça a escola como fator indispensável à socialização, neste contexto, um núcleo serviu como pressuposto para efetivar essa prática. Ensinar química a um portador de necessidades educativas especiais – deficiente visual é uma experiência gratificante.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:MANTOAN, M.T.E. Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril, 182, maio 2005, p.20 – 26.
CAVALCANTI, M. “A escola que é de todas as crianças”. Revista Nova Escola. São Paulo: Editora Abril, 182, maio 2005, p. 40 – 45.
MEC – Ministério de Educação. disponível em: portal.mec.gov.br/seesp. acesso em 29.ab.2006.
MELCA, F.M.A.; FERREIRA, F.F. Um laboratório de educação a distância para pessoas com necessidades especiais (IBC – LED). Revista Benjamin Constant, Rio de Janeiro: n° 32, p.3 – 12, 2005.
NISKIER, A. LDB a nova lei da educação. 4ª ed. Rio de Janeiro: Consultor, 1997. 305 p.
NÚCLEO DE APOIO À DEFICIÊNCIA VISUAL. O ensino da física e química a alunos com deficiência visual. Disponível em: http//www.drec.min – edu.pt/nadv/txt – ensinofisicaquimica.htm. acesso em 20.maio.2006